Urna eletrônica blindada? O caveirão também era…

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Esperei o término dos testes de tentativas de quebra da segurança do sistema de votação eletrônica brasileiro, referente às urnas informatizadas, para escrever este artigo.

Tentou-se de tudo nesta primeira vez que a Justiça Eleitoral possibilitou que o público em geral verificasse a confiabilidade do sistema, ou seja, se ele estaria sujeito a eventuais violações ou fraudes.

Apesar de nenhum teste ter conseguido violar a urna e os programas, as idéias apresentadas pelos especialistas podem contribuir para o aperfeiçoamento tecnológico da votação.

A ISSA Brasil (Information System Security Association) participou dos testes tentando provar que seria possível um eleitor votar mais de uma vez por eleição. Além de não ter conseguido seu intuito, declarou ser o sistema ?bastante robusto?.

O problema é que ?bastante robusto? também são considerados os carros blindados da Polícia Militar do Rio de Janeiro, mais conhecidos por nós como caveirões do Bope. Também eram resistentes a tiros de fuzis calibre 5,56 mm (AR15) e 7,62 mm (FAL).

Até que os traficantes descobriram que ele é vulnerável a tiros de calibre .50 ou algo semelhante.

Acho que o problema dos testes com as urnas eletrônicas é que na sua grande maioria foram focados no software. Não vi nenhuma referência ao hardware.

Quando o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começou a divulgar este concurso, lembrei-me de uma das minhas primeiras aulas na faculdade de informática lá nos anos 90. Um professor visionário fez a seguinte pergunta para a turma:

– Vocês imaginam o que poderia acontecer se um hacker ou pessoa mal intencionada adentrasse um CPD com um dispositivo de pulso magnético ou até mesmo um imã?  E plantasse este imã perto de algum ativo de rede ou até mesmo sob um servidor de missão crítica?

Vamos adaptar esta pergunta para a realidade das urnas:

– O que aconteceria na urna eletrônica se uma pessoa, durante o seu momento reservado e único de votação, plantasse sob a urna tal dispositivo?

Participei de todas as votações eletrônicas realizadas no Brasil como simples eleitor e jamais vi qualquer tipo de verificação, por parte da equipe compulsoriamente convocada ao trabalho de secretário, mesário e presidente de zona eleitoral.

Querem mais é que o dia passe rápido para poder curtir o que ainda resta dele após ter trabalhado de graça para o governo.

Já fui mesário na época das eleições em papel e falo por mim somente. Também nunca vi nenhum equipamento detector de metais.

Se em um país como os EUA foi possível derrubar as torres gêmeas, o que poderia ocorrer por aqui?

O que aconteceria na urna eletrônica se logo abaixo de seu chassi fosse grudado um dispositivo de pulso magnético programado para entrar em funcionamento logo após o fim do pleito?

Qual seria o plano de contingência? Tem plano B? Ou o povo teria que ser convocado novamente para uma nova eleição?

Esta reflexão serve apenas para exemplificar que segurança em tecnologia da nformação e comunicação não versa apenas sobre software. É um conjunto de fatores físicos e lógicos que devem ser levados em consideração.

Será que a urna eletrônica é suficientemente blindada? O caveirão do Bope também era. [Webinsider]
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Avatar de Leonardo Cardoso de Moraes

Leonardo Cardoso de Moraes (leonardo@cardosodemoraes.com.br) é diretor comercial da TI Safe e perito forense.

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16 respostas

  1. e uma das linhas do texto voçe falar algo desse jeito nformação, e isso mesmo ou seria informação?! se entendie errado desculpas.
    E realmente voçe tem razão acho, que eles apenas olharam para o softwere mais esqueceram que existe varias formas de burla o hardware,acasionando assim o software.

  2. Fraude Eletrônico e outras & AGUAPÉ

    Prezado Cidadãos Brasileiros,

    FRAUDE é possível em, praticamente, tudo ! ! ! ! ! ! !

    Por essa razão a Equipe BR do AGUAPÉ apresenta um importante ALERTA, em nome da ÉTICA quando apresenta seus Propósitos para a Sociedade Brasileira. Na Manipulação do AGUAPÉ envolve Riscos SÉRIOS que pode levar os indivíduos INEXPERIENTES à sua MORTE. Todo AGUAPÉ pode conter Microorganismos Patogênicos causadores de Infecções GRAVES, muitas vezes FATAIS. Portanto seja Extremamente Cuidadoso ! ! ! ! ! ! !

    A Equipe BR do AGUAPÉ, acredita que só, através da ÉTICA é possível estabelecer o Desenvolvimento SOCIAL & Econômico do Brasil, de FATO, SUSTENTÁVEL. – qualquer outro caminho é SUICÍDO, pois mais cedo ou mais tarde se PAGA pela Opção ERRADA.

    Certamente O QUE MAIS IMPORTA é que a Sociedade Brasileira aprenda a COBRAR com todo o RIGOR as PROMESSAS apresentadas durante a Campanha Eleitoral – é a mais Importante Obrigação / Dever de cada Cidadão Brasileiro.

    NOTA: fica aberto o Seu Espaço para apresentação das suas manifestações (Comentários & Sugestões) – elas serão sempre Bem Vindas e a Sociedade Brasileira em breve AGRADECERÁ por isso.

    ALERTA: NÃO VOTE em POLÍTICOS NÃO-ÉTICOS que PROMETEM e NÃO CUMPREM.

    Um Abraço Fraterno aos Interessados pelo AGUAPÉ,

    MISSAO TANIZAKI
    Fiscal Federal Agropecuário
    Bacharel em Química
    missao.tanizaki@agricultura.gov.br (Com Problemas)
    missao.tanizaki@gmail.com (NOVO)
    Equipe BR do AGUAPÉ
    TUDO POR UM BRASIL & MUNDO MELHOR

  3. Como disse o Fernando, nada é 100% seguro, mas acredito que estão no caminho certo. Com a biometria tenderá a ser mais seguro, ou pelo menos, menos inseguro. Mas contra a corrupção, ai fica difícil argumentar, se algum poderoso quiser interferir… só Deus sabe o que pode acontecer (talvez nem ele).

  4. A regra de segurança no geral é NADA é completamente seguro…
    o que nos leva a duas coisas:
    1 – Quem diz q é infalivel esta COMPLETAMENTE ERRADO.(demonstração do Divino Leitao)
    2 – Quem reclama do estado da urna hj se soubesse disso não reclamaria uma vez que nao ha segurança total.

    Resumindo, pra tudo se da um jeito… seja usando dispositivo magnetico, filmando a votacao….

    Nao eh infalivel, mas é um bom começo

  5. Caro Divino Leitão,

    O problema que apontou não tem nada a ver com a segurança da urna, pode ter a ver com caráter ou qualquer outro tipo de coisa, mas o que a urna eletrônica tem a ver com isso?

    Existiria um forma de votação que elimasse esse problema? Acredita que se voltarmos ao papel esse problemas seria solucionado?

    Abraço,

    Mauro

  6. Não tive nem tempo nem saquinho para participar do processo, enviei um email para os responsáveis e foi solenemente ignorado.

    No email eu esclarecia que existe uma forma muito simples de burlar a urna eletronica, o uso de voto por cabresto, conhecido desde tempos imemoriais e que o TSE afirma ser impossível de acontecer.

    Mentira, pode acontecer sim e é muito fácil o processo.

    No sistema antigo o primeiro eleitor entrava e saia sem votar, com um formulario de votação em branco.

    Os golpistas colocavam o nome do candidato e davam para o segundo eleitor, que deveria colocar na urna e sair com o seu em branco e iam repetindo o processo.

    Os eleitores comprados ou recebiam em dinheiro ou favores.

    O TSE afirma que com a urna eletrônica isso é impossível, pois eu provo que é possível.

    Apesar da proibição de celulares e cameras nos locais de votação, nunca vi impedirem a pessoa de entrar com um celular, sem contar que atualmente existem dispositivos óticos que podem ser escondidos em óculos ou canetas, seria virtualmente impossível revistar as pessoas atrás destes dispositivos e mesmo que sejam encontrados seria complicado enquadra-las em crime.

    Pois bem, se uma pessoa entra com um dispositivo destes pode filmar ou fotografar seu voto e neste caso teria a prova de que votou em quem foi mandado votar.

    Sairia com o dispositivo, passaria no local de checagem, para descarrega-lo e passaria para outra pessoa.

    E pronto… a infalibilidade da Urna foi para as cucuias.

    E tem mais situações escabrosas que prefiro nem citar, porque não tenho como provar, mas esta aí eu queria ver um dos defensores da infalibilidade da urna defender.

    Queria mesmo…

  7. Corromper um programador deve ser fácil… corromper uma equipe toda de TI, seus engenheiros, gerentes e demais acredito que não.

    O desenvolvimento do software não está ligado a um programador… Claro esse pode até tentar burlar o sistema, mas rígidos controles de qualidade de software, mudancas de codigo-fonte, devem estar presentes.

    Sobre o ima e dispositivo de pulso… basta os dados estarem na mesa e não na urna para serem mais dificeis de danificar.

  8. Você não deve gerneralizar seu comentário sobre os mesários, pois são pessoas que não ganham NADA para estar lá, porém cumprem o DEVER cívico e TODOS tem essa mesma obrigação, porém se no seu local de votação as pessoa não executam suas funções de forma correta você poderia trabalhar como voluntário e ajudar o melhorar o processo eleitoral.
    Eu trabalhei nos ultimos 10 anos como mesário e posso afirmar que para alguém entrar no local de votação e invadir uma urna é quase impossível, não daria tempo e mesmo assim na dúvida a urna seria impugnada, agora entrar e quebrar a urna isso é possível e já foi feito algumas vezes, porém o processo e restabelecido com outra urna ou votação por papel.
    Os mesário e os ficais do partido estão nos locais de votação fiscalizando e garantindo a transparência do processo, além disso os votos são impressos no fim do dia e enviados para a apuração em papel e digital.

  9. Não há nenhum tipo de sistema eletrônico confiável ou seguro, principalmente, quando na construção do software pode de deixar brexas pra qualquer tipo de manipulação, eu mesmo consigo criar um programinha que a mesma pessoa pode votar duas vezes e o voto será considerado valido, também, dá pra mascarar o voto aparece na imagem de tela quem você quer mais o voto pode ser direcionado pra quem interessa para o programador, ou seja se o programador for corrompido qualquer coisa pode acontecer, ou seja não é seguro de jeito nenhum

  10. Caro Leonardo,

    A urna não seria a prova de explosivos com certeza, se alguém entrar na sala de votação com explosivos poderosos, poderiam sim explodir e liquidar os dados não só das urnas, como também, mandar a cidade inteira para os ares!

    Mas, voltando à REALIDADE, com as urnas de papel não seria até mais fácil destruir os dados? nem precisaria de tantos equipamentos, somente de uma caixa de fósforos. Não é verdade?

    O Sistema de voto eletrônico do Brasil é exemplo para vários países de 1º mundo e é uma das poucas coisas que o brasileiro hoje pode se orgulhar do seu País.

    Acredito que não participou dos testes que estavam completamente abertos ao público que se cadastrou.

    O sistema é seguro, nunca houve um caso de fraude sequer comprovado, e além de tudo a urna além de imprimir todo seu conteúdo antes(zerézima) e depois da votação e esse comprovante assinado por todos fiscais de partidos, presidente da mesa, mesários e secretários, ainda conta com sua memória interna, além é claro, do bom e velho disco de 3,5mm.

    Já fui mesário, onde uma urna quebrou no meio da votação. Ela foi substituída por outra sem ter ocorrido a perda de um só voto sequer.

    Sou testemunha de que o sistema de votação eletrônica do Brasil funciona e será ainda melhor com o uso da biometria. Quando a votação era no papel, já não tenho tanta certeza de que era SEGURO.

  11. Imprimir os votos e depois fazer conferencia aleatória entre o eletrônico e o papel.

    É a melhor forma de auditar um processo eleitoral. Isto, infelizmente, ainda não vi acontecer.

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