Com Jefferson Campos Silva *
O objetivo principal deste texto é explanar a necessidade efetiva do profissional da educação de tornar o processo de entendimento do aluno algo sucinto num sentido essencial e enraizado na definição de fixo ou permanente, pois os dois estão de forma indissociável ligados, levando em consideração e respeitando a realidade do aluno, suas experiências e o meio transformador sempre em constante mudança que vivemos.
A contemporaneidade das práticas metodológicas que são constantemente revisadas e reestruturadas positivamente exige do professor cada vez mais rebolado e criatividade para desenvolver seu papel de educador na sociedade.
A cada dia, os meios para desenvolver sua finalidade estão sendo expandidos, devido ao fato do desenvolvimento e o uso em sala de novas tecnologias ou adição de elementos pertinentes ao mundo em que está inserido o aluno.
Libâneo (1998, p.29) afirma que o educador não tem somente a função de depositar conhecimento; ele deve se envolver no universo dos educandos para poder pinçar temas que fazem parte dos seus saberes, para então situar novos assuntos no grupo de informações que já estavam preestabelecidas.
Ainda segundo Libâneo, há práticas pedagógicas nos jornais, nas rádios, na produção de material informativo como livros didáticos, guias de turismo, mapas, vídeos, revistas, jogos, brinquedos e nos museus e bibliotecas. Tudo isso faz parte das criações do mundo moderno, dos saberes de quem pretende ensinar e deve ser levado em conta, como uma base de partida para outros tópicos.
Ensinar não é apenas a prática de repetir, repassar ou revisar conteúdos — a forma como se dão essas três ações tem sempre que ser renovada por meio de criatividade com o uso de elementos novos e que inclinem o aluno a pensamentos críticos.
Cury (2003, p.127) afirma que:
A exposição interrogada gera a dúvida, a dúvida gera o estresse positivo e este estresse abre as janelas da inteligência. Assim formamos pensadores e não repetidores de informações.
Na própria LDB, mais precisamente no artigo 13 mencionado nos PCNs (Ensino Médio, p.42), o professor não tem apenas o papel de transmissor de informação.
Com um título “Da Organização da Educação Nacional”, as funções são:
- I. Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
- II. Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
- III. Zelar pela aprendizagem dos alunos;
- IV. estabelecer estratégias de recuperação dos alunos de menor rendimento;
- V. Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
- VI. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
Nota-se que é preciso elaborar uma proposta pedagógica, ter um objetivo e visualizar como formará o seu aluno.
Portanto, as afirmações de que o docente é a alma da escola e responsável pela difusão de pensamento crítico em seus discentes, no instante em que ele perpetua a associação de conteúdos e gera uma compreensão mais elaborada de assuntos básicos ou incita outros derivados, ele está imortalizando um instinto de pesquisa que perdurará.
Mesmo que ele não disponha de recursos, a criatividade e a vontade de mostrar a beleza e o poder da força das ideias para seus alunos se encarregará do que for preciso para que a metodologia tenha êxito.
Bibliografia
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora: novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 1998.
CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília, 1999.
Zagury, Tânia. Fala mestre. In: NOVA ESCOLA, nº 192, p.20-22, maio, 2006.
* Jefferson Campos Silva é aluno do 2º semestre do curso de Pedagogia da Faculdade Fecaf.
[Webinsider]
…………………………
Leia também:
- O papel da escola através dos séculos
- A boa comunicação e a falta dela
- O perfil do educador e as exigências do mercado contemporâneo
- A publicidade tem que se conter diante das crianças
http://br74.teste.website/~webins22/2016/07/09/educacao-distancia-reforca-bases-do-conhecimento/
http://br74.teste.website/~webins22/2016/10/26/educacao-e-o-efeito-borboleta-transformador/
Cíntia Oliveira Pires Galego
Cíntia Oliveira de Souza Pires é coordenadora pedagógica e Docente Universitária .
4 respostas
Grato pelos elogios!
Não foi preciso ir longe para a criação do texto, pois logo se fez e ainda é possível encontrar as provas incontestáveis de que os bons profissionais da educação não se limitam nem definem a boa prática pedagógica em função de dispor ou não da modernidade tecnológica, do material mais adequado ou das condições que o ambiente escolar oferece.
O caminho é árduo, e poucas vezes avistaremos flores…
Grande Jeff, texto esclarecedor sobre o papel do professor em sala de aula, que é muito mais além do que ensinar e repetir o que foi ensinado. O papel do professor deve ser explanado a sociedade de forma clara e precisa, porque poucos conhecem. Adorei a visão sobre práticas pedagógicas que existem em outras formas e muito além da sala de aula. Meu amigo, você descobriu ai a sua vocação, que não é só ensinar, mas transmitir a mensagem a sociedade tudo o que engloba a pedagogia.
Gostei muito da parte do artigo que você escreveu sobre : Ensinar não é apenas a prática de repetir.
O Ensinar vai muito além da repetição, temos a prática viva e eficaz que a prática se dá através da interação entre aluno e professor.
Muito bem escrito esse artigo.
Me fez pensar sobre vários aspectos educacionais.
Parabéns pela ótima análise! Texto bem esclarecedor.