Resumo do livro Sprint, de Jake Knapp: grandes aprendizados!

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resumo do livro sprint

Baseado em cocriação, prototipação e teste, o Design Sprint determina um passo a passo de cinco dias, com atividades especificadas e possíveis de completar sem “virar noites” Conheça o livro.

 

Não seria um sonho construir um produto em tempo recorde? Poder testar e colocar no mercado sem nem precisar trabalhar no fim de semana? Jake Knapp, parceiro de design da Google Ventures, tinha esse sonho e criou um modelo que possibilita o acesso a qualquer um. Chamada de Design Sprint, a metodologia foi descrita em seu livro “Sprint” e já foi a forma como milhares de empresas pelo mundo e pessoas criaram produtos e fizeram melhorias nos que já existiam. Dica: o livro está disponível na plataforma do 12Min em forma de microbook, não deixe de conferir.

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Jake já colocou em prática centenas de sprints para negócios junto da Google Ventures, dentre elas About.me, Nest, Blue Bottle Coffee e Foundation Medicine. Ele ainda foi responsável pela estratégia de design do Google, incluindo produtos como Gmail, Chrome e Hangouts. Hoje, ele dá workshops sobre Sprint, além de continuar o trabalho na Ventures.

Baseado em cocriação, prototipação e teste, o Design Sprint determina um passo a passo de cinco dias, com atividades especificadas e possíveis de completar sem “virar noites”. Além disso, algumas referências de metodologias de inovação da IDEO e Stanford d.school ajudaram a desenvolver o método.

Você quer aprender a utilizar esse método tão famoso e efetivo? Confira este resumo do livro Sprint e descubra o passo a passo que pode transformar seus projetos e resolver problemas rapidamente!

resumo livro sprint

 

Por que e quando utilizar sprints

Antes de começar um, procure compreender melhor o problema que você precisa resolver e entenda se ele precisa mesmo de um sprint. Veja algumas situações em que a metodologia se aplica bem:

  • Quando você não pode investir rios de dinheiro em um novo produto para chegar lá e ver que não funcionou, o sprint é ideal. Você garante que algo mais assertivo frente ao mercado, sem necessariamente lançar.
  • Quando você não tem tempo para desenvolver um produto de forma aprofundada, o sprint é a salvação. Na verdade, ele surgiu por causa da falta de tempo. Jake e sua equipe, afundados nos prazos, resolveram tentar uma nova abordagem, que entregasse soluções de forma eficiente em tempo recorde.
  • Quando você tem um projeto complexo e desafiador pela frente, mas não sabe por onde começar. Apesar de ter início, meio e fim com a promessa de um produto no final, você pode utilizar o sprint para dar um “start” que está só no papel há muito tempo.

A mentalidade do sprint pode trazer agilidade para o seu dia a dia, no entanto, você deve utilizá-lo apenas quando se encaixar em uma das situações acima. Ou seja, utilize a metodologia para projetos específicos e não como uma melhoria dos processos gerais da empresa. Você pode utilizar a técnica de daily scrums para isso.

Jake Knapp ainda explica no livro Sprint que essa não é uma forma de criar um MVP (Mínimo Produto Viável). No MVP, a intenção é criar um produto com o mínimo de funcionalidades possíveis, como você pode aprender no livro Lean Startup, disponível no 12’ – confira também este post do Lucas sobre a obra. No sprint, cria-se um protótipo do produto real, que deve ter as funcionalidades para que sejam testadas.

Assim, a aplicação é mais abrangente. Pode servir para muitos tipos de projeto, da criação de um aplicativo até uma página do site.

Segundo o livro Sprint, o processo dura cinco dias. Mas é preciso se preparar um pouco antes, a fim de alcançar resultados mais satisfatórios. Confira, a seguir, como funciona essa preparação.

A preparação para o sprint

Para ter cinco dias bem produtivos no seu sprint, é preciso antes se preparar. Primeiro, vamos ao time: tem que ser pequeno. O recomendado é sete ou menos pessoas, cada uma com habilidades diferentes e necessárias para a entrega do projeto.

Encontre uma pessoa para cumprir cada um dos papéis:

  • Decisor: líder que conheça o problema a fundo.
  • Expert em finanças: pessoa que entende custos e implicações do projeto para o orçamento disponível.
  • Expert em marketing: é a pessoa que sabe fazer com que o produto chegue às mãos do público de interesse.
  • Expert no cliente: alguém que entenda os desafios do cliente de forma profunda.
  • Expert em logística: para criar e entregar o produto, é preciso ter alguém no time com experiência em logística.
  • Criador de problemas: é o “advogado do diabo”, pessoa antagônica que traz críticas construtivas.
  • Facilitador: gerente de projetos que mantém o trabalho rodando e toma decisões de forma ágil para evitar que tudo trave.

Pronto. Agora você tem uma base para criar o seu time. Claro, isso pode ser modificado de acordo com as suas necessidades, o importante é cobrir todas as fases do projeto, a fim de ter como resultado algo que seja viável em todos os sentidos.

Além disso, é preciso preparar o time. Todos devem se conhecer e ter alguns momentos de descontração e conversa para que o processo flua da melhor maneira.

Por fim, todos devem conhecer a metodologia e o problema a ser resolvido. De preferência, tendo lido o livro Sprint ou o microbook disponível no 12’. O espaço onde o sprint acontece deve ter quadros, post-its, água, café e uma temperatura confortável. O ambiente faz muita diferença na criatividade de todos. Ligações, reuniões e outras tarefas não devem acontecer durante o processo.

livro sprint

Muito bem! Vamos ao cronograma.

Segunda-feira – definir o objetivo

O primeiro dia é dedicado a pautar o restante da semana. O time conversa sobre o desafio, objetivos esperados, etc. Todos tiram dúvidas que existirem sobre o problema e o produto a ser estruturado. Em seguida, cada um divide sua expertise com o time e como pretende auxiliar na construção. Aqui vale também conversar com pessoas que não estão no sprint, mas têm algo a acrescentar.

A segunda-feira é a base das discussões que virão em seguida. Procure não entrar nas soluções agora, a intenção é criar uma base para que elas sejam pensadas nos outros dias. Pense que, sem ter o alinhamento adequado entre todos, fica difícil seguir na mesma direção de forma efetiva até o final.

Na segunda, também é legal mapear o plano do sprint. Coloque o objetivo, os passos para chegar até lá, os problemas que podem surgir, os diferentes cenários, ou seja, todas as informações que podem facilitar o processo. Fatores externos que possam interferir também precisam estar na lista.

O primeiro dia é também quase uma preparação. No entanto, dessa vez, em grupo, onde o time define os desafios e finaliza o dia conhecendo o propósito do sprint.

Terça-feira – soluções

A terça é o início da “mão na massa”. O time começa a traçar ideias para solucionar o problema e documenta tudo, colocando em um quadro, com post-its. Um dos integrantes, o líder, por exemplo, dá um tour rápido de todas as ideias para melhor entendimento.

Assim, todos podem visualizar os pensamentos de cada um de forma rápida e clara. É importante incentivar todos a criarem soluções que sejam diferentes de suas próprias habilidades profissionais. Ou seja, é hora de sair da caixa!). No entanto, não é necessário que todas as ideias sejam geniais e transformem o mundo. Não deixe que ninguém se trave por isso. Estimule a criação soluções que podem ser ideais, sem necessariamente serem mirabolantes.

O segundo passo é, em três minutos, cada um escolhe suas soluções favoritas. As três que tiverem mais votos serão transformadas em rascunhos potenciais, também no quadro, para todos verem. Esses três caminhos possíveis serão trabalhados no dia seguinte.

Em alguns formatos de sprint, é interessante utilizar esse dia para definir o escopo de consumidores que testarão o produto na sexta-feira, a fim de evitar atrasos.

Quarta-feira – decisão

Muito bem. Chegamos ao meio da semana e você tem três possíveis soluções. Segundo o livro Sprint, vocês precisam escolher apenas uma para seguir em frente. O líder coloca as três na parede, com alguns detalhes, mas sem indicar autores. É hora de criticar cada uma e discutir durante alguns minutos sobre qual é a melhor.

Assim, cada participante vota em sua favorita e a mais votada continua no jogo para ser prototipada e testada. As ideias que perderam não precisam ser totalmente descartadas, podendo ser tema para um próximo sprint.

Em seguida, comece a rascunhar cada ideia como se fosse um filme, no qual o cliente é o protagonista e cada passo desenhado ilustra uma interação do cliente ou usuário com a solução. Um dos ensinamentos do livro Sprint é que esses momentos servem para testar ideias com alto potencial, assim, não é ideal focar em detalhes, mas nos desafios maiores.

Foque em deixar tudo pronto para criar o protótipo no dia seguinte.

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Quinta-feira – protótipo

Esse é um dia intenso de sprint, no qual a solução será apresentada aos clientes e/ou usuários a fim de ser validada. Com a melhor ideia definida, o time vai criar um protótipo, que deve realmente se parecer com a solução, mas não precisa ser perfeito (afinal, o livro Sprint é sobre um cronograma de cinco dias, que não envolve virar noites, por exemplo).

Na verdade, muito do livro é sobre como as pessoas também ganham com o processo de sprint, como podem aprender e colocar suas habilidades em prática. A metodologia não foi feita para sugar a energia das pessoas ou deixá-las frustradas.

Dessa forma, comece com um desenho no papel e softwares simples, como Power Point. Evite programas muito complexos, que podem travar os testes. É interessante utilizar também ferramentas que já fazem parte do dia a dia da equipe, o que acelera o processo, já que todos saberão utilizar.

Para que tudo funcione bem, dê uma tarefa diferente para cada um. O profissional de marketing, por exemplo, pode ser responsável por coletar as imagens de banco que eventualmente forem necessárias.

No fim do dia, o próprio time testa o protótipo e garante que ele estará pronto para o usuário experimentar. Deixe um tempinho no final para corrigir eventuais erros. Além disso, confirme o cronograma do dia seguinte e revise o modelo de entrevista que será aplicado em usuários no teste.

Sexta-feira – entrevistas

Muito bem, vocês chegaram ao último dia! A sexta-feira é feita para testar de fato o produto, com pessoas reais que são potenciais compradores ou usuários. No livro Sprint, Jake Knapp sugere entrevistar cinco clientes – é provável que 80% dos problemas serão apresentados nessa quantidade de testes.

As conversas devem ser honestas entre as duas partes, com uma explicação e perguntas que deixem a pessoa confortável para ser o mais sincera possível. Uma dica é não dizer para o entrevistado que foi você quem fez aquilo, para que não tenha medo de magoar seus sentimentos. Grave e anote tudo para que o time analise os resultados e possa fazer alterações e tomar decisões baseadas nas experiências.

Conclusões do livro Sprint

Pronto! O sprint chegou ao fim. Ao chegar no final, você e seu time terão uma ideia clara sobre a possibilidade de realmente desenvolver a solução e lançá-la. Se a resposta for negativa, não se frustre. Isso acontece com frequência e é muito melhor descobrir em uma semana do que meses depois que o produto já estiver no mercado e seu dinheiro tiver ido embora. O risco é muito menor com a metodologia.E aí, gostou de aprender com o resumo do livro Sprint, de Jake Knapp? No 12Min, você encontra várias outras obras que estão dentre as mais lidas no mundo e podem trazer ensinamentos para toda a vida. Não deixe de conferir! [Webinsider]

 

Avatar de Íris Marinelli Pedini

Jornalista e produtora freelancer de conteúdo digital especializada em inbound marketing. Sempre em busca de coisas novas para ler e fascinada por aprender cada vez mais.

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