O Oppo UDP-203 é um reprodutor de mesa para mídia que atende o público entusiasta. Eu tive a chance de instalar e testar um e deixo aqui as minhas observações.
Em abril deste ano a Oppo Digital desistiu da fabricação dos reprodutores de mesa para mídia rotativa. Esta pancada nos fãs da marca, junto com a ausência de fabricação de discos Blu-Ray UHD no mercado brasileiro, me desestimulou de perseguir a ideia de fazer um upgrade na minha instalação doméstica.
Eu uso aparelhos Oppo desde antes do modelo BDP-93, o qual pifou nas minhas mãos e com conserto na época proibitivo. Depois, passei para modelo BDP-103, este dura e toca bem até hoje, e lá se vão cerca de 4 anos desde a sua instalação.
A opção do upgrade para o UDP-203 me surgiu agora e eu resolvi fazê-lo. Como o aparelho anda escasso no mercado eu recorri ao representante da marca no Brasil (Logical Design) para alcançar um fim de estoque. Muita coisa mudou, algumas para pior, mas no conjunto da obra o UDP-203 é um aparelho excepcional, desde que o usuário tome conhecimento de alguns ajustes importantes:
É preciso destacar que, na ânsia de “facilitar” a vida do usuário, cada fabricante implementa um ajuste “AUTO” em alguns comandos. O problema é que nem sempre a negociação de protocolo nas saídas HDMI é bem sucedida para um determinado ajuste, e isso obriga o usuário a saber qual ajuste ele deve usar. E aí, ao invés de “facilitar” a vida do usuário, esta escolha pode acabar em uma sonora dor de cabeça!
As mudanças no UDP-203
A Oppo descartou a possibilidade de que houvesse acesso a aplicativos de serviços de streaming, e isso claramente foi feito para que a empresa se livrasse do problema crônico de atualização dos aplicativos, cujo uso nunca foi prerrogativa deste tipo de aparelho.
Levando-se em conta de que existem aparelhos dedicados para isso, como o Apple TV e similares, e que já são de maior aplicação nas instalações, nada mais justo do que sacar fora este tipo de recurso.
No entanto, o UDP-203 tem pleno acesso à Internet e à rede local, porque tal recurso é obrigatório em aparelhos com BD-Live. Alguns fabricantes recomendam desligar este recurso, de modo a carregar os discos Blu-Ray mais rapidamente, mas eu particularmente acho isso uma bobagem.
É preferível que o usuário tenha certeza de que ele ou ela estarão bem servidos com uma rede local sem fio eficiente, coisa que nem todo mundo tem. Ao contrário dos modelos anteriores, o 203 tem um adaptador de rede sem fio dentro do aparelho e assim não é preciso instalar um dongle.
Media Info Lookup
Por outro lado, a consulta ao serviço Gracenote foi eliminada, o que foi uma pena e um desserviço àqueles que rodam CD ou SACD no aparelho. Existe um recurso chamado “Media Info Lookup”, que supostamente daria acesso a um banco de dados on-line, mas que banco seria este? Eu questionei isso do suporte e eles me informaram que o aparelho usa o serviço MusicBrainz, que substituiu o do Gracenote.
A diferença entre os dois serviços é marcante, no que toca aos respectivos bancos de dados: o MusicBrainz é uma plataforma livre de custos, porém o seu banco de dados é muito limitado, constantemente não encontrando ou errando a leitura do CD sendo reproduzido. Por isso, a função de busca pode ser desabilitada, e isto, segundo o suporte, foi requisitado por usuários que não gostaram da mudança.
Eu acho pouco provável que o Gracenote volte. Neste interregno, eu noto que todos os tags incluídos nos metadados dos CDs são lidos corretamente, caso disponíveis. Em mídias editadas em casa, o funcionamento é irrepreensível. Como eu edito tags em casa, eu sei que informações o 203 vai buscar e quais serão informadas.
Aliás, sobre informações, um recurso dos mais úteis agora é a possibilidade de pressionar o comando INFO no controle remoto por alguns segundos e ver a coleta de dados sobre o material de vídeo em reprodução e o sinal que efetivamente está passando pela saída HDMI.
Estas informações são muito úteis quando da instalação e ajuste do equipamento. Com elas pode-se saber se a negociação de conexão HDMI está correta ou precisa ser ajustada manualmente.
Os ajustes
Embora o UDP-203 acerte na maioria dos ajustes automáticos, deixando o usuário livre para aceitar os controles padronizados para o aparelho, vários deles precisam da atenção do usuário, caso ele ou ela se interessem em otimizar a reprodução de vídeo.
Usando arquivos 4K HDR de referência e acionando o comando INFO no remoto foi fácil descobrir os efeitos de cada ajuste. Especificamente em um deles, o da resolução da saída de vídeo (“Output Resolution”), o default é “Auto”. Deve-se, quando for o caso, mudar para “Custom”, quando então aparecem as várias opções de resolução, permitindo um ajuste mais fino.
A opção padrão para “Custom” é “1080p Auto”. Com este ajuste, arquivos ou discos com sinal UHD serão reproduzidos em 4K, mas não há tratamento de upscaling algum para sinal de vídeo com resolução inferior. Para tal é preciso mudar o ajuste para “UHD Auto”. Esta mudança trará a reprodução de discos Blu-Ray ao seu melhor valor, resultado da mudança de 1080p para 2160p (4K).
Se a tela for capaz de receber sinal em 2160p a 60 Hz, e para isso é preciso antes mudar a configuração do display (TV ou projetor), então o indicado é alterar a mudança de resolução para “UHD 60 Hz”. Se o usuário tentar este ajuste em uma tela incapaz de aceitar sinal deste tipo, a imagem provavelmente não aparecerá. Para sair desta enrascada, existe uma solução ao nível do remoto, com o comando “RESOLUTION”, que deverá ser pressionado até a opção “AUTO” aparecer de novo no display do aparelho.
Na minha instalação, “UHD 60 Hz” apresentou alguns artefatos de movimento, na reprodução de material de vídeo 1080p. Por causa disso, eu reajustei a resolução de saída para “UHD Auto”. O que muda? Em “UHD 60 Hz” todos os sinais de vídeo serão transmitidos a 60 Hz, enquanto que em “UHD Auto” a cadência original não é alterada, ou seja, 24 Hz para filmes e 60 Hz para vídeo. No geral, a qualidade da resolução é a mesma.
O controle remoto do 203 possui um sensor de movimento, que ilumina as teclas automaticamente por alguns segundos. Isto facilita a vida daqueles que mantém a sala em obscuridade. Embora o sensor possa ser desabilitado, a economia de pilhas eu acho que não compensa. Nos Oppos anteriores a iluminação era acionada por um botão.
As saídas HDMI do 203 mudaram de arquitetura. Anteriormente a saída HDMI 1 era a única que aproveitava o processamento do chipset Marvell QDEO, que tem capacidade para aumentar a resolução para 4K. Entretanto, tanto HDMI 1 quanto HDM2 poderiam ser usados para conexões com vídeo. Caso desejável, HDMI 1 seria ligado diretamente a um display e HDMI 2 a um pré ou receiver.
No modelo 203 as saídas HDMI são marcadas como “Main” (indicando vídeo + áudio) e “Audio Only” (Somente Áudio). Esta última saída só passa áudio mesmo, e é oferecida para a ligação do 203 ser feita com receivers e assemelhados mais antigos, incapazes de aceitar sinais UHD ou 3D.
A qualidade
Em uma primeira passada, eu rapidamente detectei uma melhora sensível na reprodução de CDs, com relação ao modelo 103. Como eu uso a saída HDMI, a decodificação fica a cargo do meu A/V receiver, o qual, aliás, tem um processador de áudio muito avançado.
Eu fiz esta observação com um amigo meu, que é um audiófilo experiente, e que instalou um 203 dias após o meu, e ele me declara que notou a mesma coisa. Então, é bastante provável que exista de fato um aperfeiçoamento tanto ao nível do drive ótico (incluindo a eletrônica pertinente) quanto ao nível do transmissor HDMI, que precisa ser robusto para este tipo de conexão.
Na minha instalação eu usei as opções “Audio Only”, direcionada ao receiver e “Main” para a TV, neste caso um modelo OLED, com entrada ajustada para 2160p @60 Hz. Fazendo assim, a negociação de protocolo com a TV é significativamente simplificada, com um único handshaking de protocolo envolvido.
Além disso, a TV suporta sinal pleno 4K, em qualquer varredura, até 12 bits de resolução, evitando restrição ou impedimento de qualidade de imagem na passagem do sinal da fonte por qualquer tipo de equipamento intermediário, como um receiver ou pré de vídeo cujas especificações HDMI estejam defasadas.
O Oppo 203 tem uma entrada HDMI no painel traseiro, mas eu não a usaria nem recomendaria a ninguém, principalmente no que se trata de imagem HDR de qualquer tipo. Com a ligação direta na TV, o aparelho identificou e reproduziu com qualidade os clipes de vídeo que eu tenho em Dolby Vision e HDR 10. Em alguns desses clipes foi possível ler Dolby Vision em vez de HDR, por força de metadados inclusos nos arquivos.
Na minha opinião, o Oppo UDP-203 é um bom aparelho, apesar de terem sido retirados recursos como streaming de aplicativos. Existe um acesso à rede, mas restrito ao uso de um servidor qualquer ou computador. A parte de recepção de rede é moderna, e se adaptou muito bem na minha instalação.
O 203 tem um concorrente no mercado, que é Cambridge Audio modelo CXUHD, com topografia similar, mas com um processador de vídeo Mediatek MTK8591. O 203 usa um processor Mediatek OP8591, desenvolvido em parceria. Se há diferença ou não, só mesmo comparando.
O aparelho da Cambridge Audio omite a saída analógica multicanal, mas nem por isso custa mais barato. Com a saída do Oppo deste segmento de mercado, passa a ser a provável única opção para esta classe de reprodutor de mesa.
Para quem já comprou, há uma garantia que será honrada, o que, diante do alto custo, nos deixa mais ou menos tranquilizados. O meu BDP-103 durou, como já comentei, e ainda apresenta, depois de muitos anos, uma reprodução impecável, e eu espero que o 203 também. _Outrolado_
. . .
Leia também:
Paulo Roberto Elias
Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.
0 resposta
Olá Paulo,
Tudo bem? O texto foi escrito em 2018 por você, mas ainda hoje continua um textão! Paulo gostei muito das informações que você colocou no texto. E hoje há quase dois anos se passaram, eu te pergunto, vale a pena ainda compra um Oppo 203? Hoje ele custa na faixa de 7000 mil reais. Te pergunto porque sou cinéfilo e tenho muitos DVDs, Blu-Rays, SACDs entre outros. Hoje pelo que eu vejo, se eu não ter um aparelho pra rodar os discos, eles vão ficar so de enfeite. Pra você ter uma ideia Paulo, eu tenho VHS (fitas originais) e videocassete até hoje. Só que eu não tenho um aparelho bom pra rodar meus discos. Já tive aparelho da Pioneer Elite de Blu_ray. Porém nunca tive um Oppo. Dizem que é uma marca espetacular. Pesquisando na internet sobre esse aparelho, eu encontrei suas informações sobre o mesmo. Não sei se você vai vê este comentário meu. Mas fica ai uma pergunta sincera, vale ou não vale ainda investir em um aparelho Oppo ou em outro aparelho TOP de Blu_ray?
Desde já te agradeço!
Gustavo Miziara
Oi, Gustavo.
Eu consegui comprar o meu 203 através de uma gentileza do pessoal da Logical Design, que ainda tinha estoque apesar do encerramento de fabricação do aparelho. E não me arrependi até hoje, pelos mesmos motivos que você deu, referentes aos discos. O preço que eu paguei não está muito longe daquele que te ofereceram, só não se esqueça de verificar se o fornecedor é confiável.
A única coisa que me desapontou no 203 foi o abandono do banco de dados do Gracenote, acessado toda vez que sew insere um CD. Eles passaram a usar o MusicBrainz, se não me engano, que é muito ruim.
De resto, o 203 é excelente, na minha opinião, e vale cada centavo que você paga por ele, principalmente por aqueles que gostam de áudio.
Fora este player da Oppo, existe um modelo da Cambridge Audio (https://www.cambridgeaudio.com/row/en/products/cx/cxuhd), que é cópia do 203. Não sei se desbloqueia DVD como os Oppos, mas é o mesmo circuito.
Se você decidir investir, boa sorte! E obrigado pela leitura e elogio.
Olá Paulo,
Tudo bem? O texto foi escrito em 2018 por você, mas ainda hoje continua um textão! Paulo gostei muito das informações que você colocou no texto. E hoje há quase dois anos se passaram, eu te pergunto, vale a pena ainda compra um Oppo 203? Hoje ele custa na faixa de 7000 mil reais. Te pergunto porque sou cinéfilo e tenho muitos DVDs, Blu-Rays, SACDs entre outros. Hoje pelo que eu vejo, se eu não ter um aparelho pra rodar os discos, eles vão ficar so de enfeite. Pra você ter uma ideia Paulo, eu tenho VHS (fitas originais) e videocassete até hoje. Só que eu não tenho um aparelho bom pra rodar meus discos. Já tive aparelho da Pioneer Elite de Blu_ray. Porém nunca tive um Oppo. Dizem que é uma marca espetacular. Pesquisando na internet sobre esse aparelho, eu encontrei suas informações sobre o mesmo. Não sei se você vai vê este comentário meu. Mas fica ai uma pergunta sincera, vale ou não vale ainda investir em um aparelho Oppo ou em outro aparelho TOP de Blu_ray?
Desde já te agradeço!
Gustavo Miziara
Oi, Gustavo.
Eu consegui comprar o meu 203 através de uma gentileza do pessoal da Logical Design, que ainda tinha estoque apesar do encerramento de fabricação do aparelho. E não me arrependi até hoje, pelos mesmos motivos que você deu, referentes aos discos. O preço que eu paguei não está muito longe daquele que te ofereceram, só não se esqueça de verificar se o fornecedor é confiável.
A única coisa que me desapontou no 203 foi o abandono do banco de dados do Gracenote, acessado toda vez que sew insere um CD. Eles passaram a usar o MusicBrainz, se não me engano, que é muito ruim.
De resto, o 203 é excelente, na minha opinião, e vale cada centavo que você paga por ele, principalmente por aqueles que gostam de áudio.
Fora este player da Oppo, existe um modelo da Cambridge Audio (https://www.cambridgeaudio.com/row/en/products/cx/cxuhd), que é cópia do 203. Não sei se desbloqueia DVD como os Oppos, mas é o mesmo circuito.
Se você decidir investir, boa sorte! E obrigado pela leitura e elogio.
Boa tarde, Paulo
Eu estava pesquisando sobre o Oppo 203 e por sorte, caí nesse maravilhoso texto.
Sigo em peregrinação, atrás de um aparelho, e vi que na Logical Design ainda está disponível. Poderia, por gentileza, dizer como é a negociação com o distribuidor, se é confiável e tranquilo?
Muito obrigado
Oi, Thiago, obrigado pelo elogio.
Eu conheço o pessoal da Logical Design já faz tempo, e posso lhe afirmar que confio totalmente neles. No meu caso, eu tive que fazer um arranjo de pagamento, porque estava sem grana para pagar à vista. Isso você pode tratar direto com a Anna Paula (anna@logicaldesign.com.br), que é uma pessoa super gentil. Você pode inclusive citar a coluna e dizer que é meu leitor. A Logical Design sabe que eu escrevi este texto, eu pedi permissão a eles para citar a representatividade da Oppo, até por questões de ética.
Se você usa DVDs de mais de uma região, peça a eles para desbloquear o seu aparelho. Eles fazem isso de cortesia. O meu aparelho já veio com o firmware atualizado e devidamente testado. Eles pedem para o cliente não atualizar o firmware e sim pedir a eles para fazer isso durante o período de garantia, que é de um ano.
Boa tarde, Paulo
Eu estava pesquisando sobre o Oppo 203 e por sorte, caí nesse maravilhoso texto.
Sigo em peregrinação, atrás de um aparelho, e vi que na Logical Design ainda está disponível. Poderia, por gentileza, dizer como é a negociação com o distribuidor, se é confiável e tranquilo?
Muito obrigado
Oi, Thiago, obrigado pelo elogio.
Eu conheço o pessoal da Logical Design já faz tempo, e posso lhe afirmar que confio totalmente neles. No meu caso, eu tive que fazer um arranjo de pagamento, porque estava sem grana para pagar à vista. Isso você pode tratar direto com a Anna Paula (anna@logicaldesign.com.br), que é uma pessoa super gentil. Você pode inclusive citar a coluna e dizer que é meu leitor. A Logical Design sabe que eu escrevi este texto, eu pedi permissão a eles para citar a representatividade da Oppo, até por questões de ética.
Se você usa DVDs de mais de uma região, peça a eles para desbloquear o seu aparelho. Eles fazem isso de cortesia. O meu aparelho já veio com o firmware atualizado e devidamente testado. Eles pedem para o cliente não atualizar o firmware e sim pedir a eles para fazer isso durante o período de garantia, que é de um ano.
Paulo é uma grata satisfação poder ler uma matéria de cunho tão interessante. Eu vi, li e reli sua reportagem, e fiquei aqui com um misto de entusiasmo e frustração. As “poucas” empresas que restam fabricantes de players, estão entrando do jogo das distribuidoras de filmes. A cada dia os lançamentos em mídia estão minguando, e sumindo do mercado, e por conta disso os fabricantes de player seguem a mesmo caminho (esquecendo dos cinéfilos). Teria tanto para comentar, mas a decepção com essa situação só me faz saber e sentir, que terei os meus filmes em Blu-ray e DVD’s para assistir, enquanto meu bravo player continuar a funcionar. Só resta aqui parabenizar os estúdios, que estão querendo enfiar goela abaixo de quem queira ver seus filmes em casa, o serviço de streaming (sem possibilidade de armazenamento). O jeito é se conformar, afinal quem “pode mais, chora menos”
Olá, Rogério,
Eu concordo com tudo que você tão bem colocou no seu comentário. Eu tive bons comentaristas na minha passagem pelo Webinsider, e fiquei com pena que eles não tivessem conhecimento da mudança dos meus textos para o Outro Lado, acompanhando o Vicente Tardin, que é meu editor. Você está naquele rol de pessoas que leram e fizeram críticas construtivas, e eu só posso lhe agradecer por isso.
Eu também lamento a saída de fabricantes como o Oppo deste mercado. É lamentável para o colecionador de discos, que tende a ficar sem respaldo. O Netflix me oferece download, mas eu prefiro continuar a ter discos em casa, ao invés de entupir o disco rígido ou servidor com filmes. Além disso, a diferença de qualidade é o fator preponderante para continuar a preferir discos, e neste ponto eu fiquei agradavelmente surpreso em ver que o Oppo 203 reproduz DVD’s com a melhor qualidade de imagem que eu já vi até hoje, porque eu ainda tenho filmes em DVD sem contrapartida em alta definição e são de filmes que historicamente tiveram presença na minha vida de cinéfilo.
Paulo é uma grata satisfação poder ler uma matéria de cunho tão interessante. Eu vi, li e reli sua reportagem, e fiquei aqui com um misto de entusiasmo e frustração. As “poucas” empresas que restam fabricantes de players, estão entrando do jogo das distribuidoras de filmes. A cada dia os lançamentos em mídia estão minguando, e sumindo do mercado, e por conta disso os fabricantes de player seguem a mesmo caminho (esquecendo dos cinéfilos). Teria tanto para comentar, mas a decepção com essa situação só me faz saber e sentir, que terei os meus filmes em Blu-ray e DVD’s para assistir, enquanto meu bravo player continuar a funcionar. Só resta aqui parabenizar os estúdios, que estão querendo enfiar goela abaixo de quem queira ver seus filmes em casa, o serviço de streaming (sem possibilidade de armazenamento). O jeito é se conformar, afinal quem “pode mais, chora menos”
Olá, Rogério,
Eu concordo com tudo que você tão bem colocou no seu comentário. Eu tive bons comentaristas na minha passagem pelo Webinsider, e fiquei com pena que eles não tivessem conhecimento da mudança dos meus textos para o Outro Lado, acompanhando o Vicente Tardin, que é meu editor. Você está naquele rol de pessoas que leram e fizeram críticas construtivas, e eu só posso lhe agradecer por isso.
Eu também lamento a saída de fabricantes como o Oppo deste mercado. É lamentável para o colecionador de discos, que tende a ficar sem respaldo. O Netflix me oferece download, mas eu prefiro continuar a ter discos em casa, ao invés de entupir o disco rígido ou servidor com filmes. Além disso, a diferença de qualidade é o fator preponderante para continuar a preferir discos, e neste ponto eu fiquei agradavelmente surpreso em ver que o Oppo 203 reproduz DVD’s com a melhor qualidade de imagem que eu já vi até hoje, porque eu ainda tenho filmes em DVD sem contrapartida em alta definição e são de filmes que historicamente tiveram presença na minha vida de cinéfilo.