Houve um tempo em que o máximo que conseguíamos saber sobre o tráfego do site era o total de “pageviews” apontado por contadores em formato de odômetros que mediam a “quilometragem” dele. De lá pra cá, muita pedra já rolou.
Hoje já temos disponíveis ferramentas espetaculares de Web Analytics, algumas até gratuitas, que coletam dados sobre de onde vem os seus usuários, o que fazem e como fazem. Entretanto, como usar essas pequenas montanhas de dados?
A primeira coisa a ser feita é separar alhos de bugalhos e priorizar o que realmente importa: Qual a razão da existência de seu site ou negócio na internet?
Com essa premissa, precisamos definir os objetivos em termos práticos, tangíveis. Se você tem um site de vendas na internet, um e-commerce, não há dúvidas que sua principal meta é o fechamento de pedidos. Já se você tem um blog ou um site de relacionamento pode chegar à conclusão que a meta é alcançar o maior número de interações ou comentários para cada um de seus conteúdos.
Chamamos isso de KPIs, do inglês “Key Performance Indicators”, ou seja, indicadores-chave que dizem tudo sobre a performance do seu site.
Definido isso, o próximo passo é a implementação desses indicadores nas ferramentas de Web Analytics. Algumas empresas chamam de “eventos de sucesso”, outras de “metas”, outras de “tags de conversão”, mas todos significam a mesma coisa: um recurso que sinaliza que o usuário do seu site atingiu o objetivo que você tinha para ele.
Agora você já pode olhar para o horizonte de dados e apontar qual número tem o potencial de lhe tirar o sono ou te levar para merecidas férias no Caribe! Mas, peraí, não criamos um número mágico, imprevisível e irrefutável, é apenas um indicador de que algumas pessoas foram convertidas em seu cliente, usuário ou amigo. Isso vale muito! Mas o que você faz agora? É hora de identificar melhorias! Se os números não forem usados para otimizar, são apenas enfeites.
Precisamos então descobrir quem são as pessoas que converteram, por que elas converteram e o que elas têm em comum. Se chegarmos a essas respostas, podemos direcionar nossa oferta para o público certo, no momento certo e com a mensagem certa.
Chegou, então, a hora de dividir para conquistar! Segmentação é a palavra para começar uma boa análise. As pessoas são diferentes, mas alguns usuários ou clientes têm coisas em comum. Seja como chegaram ao site (por um banner ou por um buscador) ou pelo seu comportamento durante a navegação.
Entre as inúmeras opções de segmentações, separei três classificações bem importantes que nos ajudarão a definir qual a melhor para cada caso:
- Segmentação demográfica. Definida por dados como idade, sexo, estado civil, região, profissão, etc;
- Segmentação comportamental. Definida por dados sobre o que e como as pessoas fazem. Por exemplo: frequência de visita, recência de conversão (há quanto tempo foi sua última compra), uso de recursos do site (busca, comentários, etc), entre outros;
- Segmentação atitudinal. Definida pelo posicionamento das pessoas ou atitudes para certos assuntos ou temas. Por exemplo: usuários que gostam de se atualizar sobre tecnologia, quem gostam de animais, que valorizam a família, etc.
Para definir os principais segmentos e implementar na análise, você precisará unir negócios e tecnologia para saber onde e como coletar ou definir estes dados.
Segmentações demográficas podem ser facilmente obtidas em áreas logadas de um site com um banco de dados de seus usuários. Já as segmentações comportamentais podem ser definidas pelo histórico de uso do próprio site.
Segmentações definidas, implementações feitas, agora análise! Veja como cada grupo interage com seu site e como eles respondem aos principais objetivos. Você descobrirá que alguns grupos de pessoas são mais propensos a serem seus melhores clientes e é neles que você pode focar sua primeira otimização. [Webinsider]
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6 respostas
Como dito no artigo e nos comentários, dados sem análise não servem de nada, entretanto alguns dados são irrelevantes mas para se ter uma boa otimização de sua página é necessário analisar com bastante atenção cada um dos dados, e preferencialmente por alguém especializado na área.
O cenário só vai mudar quando as empresas abrirem mãos de estagiários para o cargo, e contratarem pessoas especialistas para fazerem tal função, ou seja, investir R$ na área.
Concordo plenamente! Números sem análise, são apenas números.
O problema é termos este tipo de mentalidade junto as empresas. Ter um site e não proporcionar um ambiente mínimo para que se realize tais análise é o que mais vejo no mercado.
Acredito que grande parte destas empresas, trabalham apenas demarcando territórios no meio digital, não tendo idéia do quanto esta atitude é ruim para suas respectivas “presenças digitais”.
Parabéns pelo artigo!
Web Analytics bem feito ainda deve permitir a criação do MediaKit, onde você vende a publicidade direta do seu blog/site aos anunciantes.
Explico como fazer isso no meu livro Blogs Lucrativos – http://bit.ly/livroblogs
Web Analytics é sem dúvida indispensável para àqueles que militam na área. Porém, existem dois tipos de análise que devem ser levadas em consideração, e que são usadas em fases distintas do atendimento ao seu cliente. A primeira, é a que o faz raciocinar sobre a eficácia de veículo, do espaço oferecido e do formato a ser utilizado. A segunda é o resultado propriamente dito. Sem o primeiro ser convincente, não há venda do espaço; sem o segundo ser eficaz não há a permanência de quem utilizou. Portanto, um não vive sem o outro.
Realmente dados sem analise e processamento corretos de nada servem.O google analytics é uma otima ferramenta mas é preciso aproveitar os dados fornecidos para tentar “conhecer” seu publico e o que ele esta buscando.
http://www.rdctech.com.br