DRM pode complicar a TV Digital no Brasil

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A poucos passos de ser testada oficialmente, a TV Digital Brasileira, chamada agora de ISDTV, deixou no ar, literalmente e sem trocadilho, modificações de padrões sem um futuro definido.

Anos atrás, conversando com pessoas ligadas a grupos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, que estavam envolvidas com a implantação da televisão digital brasileira, soube que o Brasil havia decidido adotar o sistema japonês de DTV e HDTV, chamado de ISDB-T, com pequenas modificações. Note-se que, até aquela data, nada havia de concreto para que as transmissões oficiais começassem de imediato.

Mas o tempo passou, e o sistema, depois chamado de SBDTV (Sistema Brasileiro de Televisão Digital), sofreria ainda mais modificações, recebendo então o nome de batismo de ISDTV (International System for Digital Television), que é como vai ficar. O problema é que, com as novas proposições de padrões adotadas, nada mais foi feito, para se assegurar que o ISDTV vá funcionar sem nenhum percalço operacional.

A modificação de padrões em relação ao modelo original japonês é compreensível, por causa da evolução da tecnologia de vídeo e áudio digitais. Até recentemente, o MPEG-2 era o padrão oficial de codec de vídeo para HDTV, sendo inclusive usado para masters que estão hoje presentes em discos Blu-ray, por exemplo.

Mas o MPEG-2 sofre de excesso de ineficiência de compressão e de artefatos na imagem, tendo sido eventualmente substituído por novos codecs, bem mais eficientes e mais livres de artefatos, como o VC-1 e o H-264 (MPEG-4).

O Brasil resolveu adotar o H-264 como parte do padrão do ISDTV, mas não há confirmação que o codec tenha sido devidamente licenciado. Comentários de bastidores falam, com razão, que a implementação do codec sem este licenciamento é uma manobra arriscada e desnecessariamente precipitada, com o quê sinceramente eu concordo, porque não há indícios de que esta negociação possa ser feita depois de implementado o sistema.

Da mesma forma, houve um erro de escolha, a meu ver, no sistema de áudio adotado. Já faz algum tempo que a maioria das transmissões por satélite e por cabo vem adotando o AC-3, conhecido como Dolby Digital, por causa da sua alta taxa de compressão e da sua qualidade.

Além disso, o Dolby Digital tem o seu decoder implementado em grande número de A/V receivers e TVs no mundo todo. O Dolby Digital tem a enorme vantagem de ser projetado com total retrocompatibilidade com qualquer formato anterior, como por exemplo, o estéreo convencional ou o estéreo surround. Por causa disso, programas podem ser gerados nas emissoras e estúdios e recebidos na maioria das instalações domésticas sem problemas.

Mas no sistema brasileiro, o padrão de áudio proposto é o AAC (Advanced Áudio Coding), que é aquele formato popularizado pelo iPod da Apple. E aí a gente se pergunta como é que isto fica implementado, já que a maioria dos decoders não é prevista para o AAC, ou seja, se você tem um home theater completo, e quiser ver HDTV com a sua instalação atual, o som multicanal não vai ser aproveitado totalmente.

DRM na televisão digital

Se isso não bastasse, resta a questão do DRM (Digital Rights Management). O DRM é uma estratégia de proteção do conteúdo digital, com implicações e conseqüências que penalizam o consumidor. Por causa do DRM, a Apple recentemente se queixou de algumas gravadoras que as vendas de fonogramas tem caído em função do obstáculo de cópia imposto pela DRM das mesmas.

O DRM está presente na vida do usuário, muitas vezes sem que ele perceba. O anúncio, via logotipo, de proteção contra cópia, é impresso num cantinho da embalagem do disco que é comprado nas lojas, como mostra esta ilustração de um DVD na figura.

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O DRM é mandatório pelos estúdios, na distribuição de conteúdo digital, por causa das alterações paranóides de legislação, em função dos lobbies poderosos dos provedores norte-americanos.

O sistema é imposto em países alheios, sem que se respeite o direito do consumidor de copiar conteúdo para uso próprio. E se alguém pensa que o problema não é grave, basta lembrar a quantidade enorme de dispositivos de gravação que podem, perante o DRM, se tornarem inúteis da noite para o dia.

É como se o consumidor deixasse o seu gravador de vídeo programado para registrar um programa, porque ele não tempo para vê-lo naquele momento, e que depois descobre que a proteção contra cópia o impediu de assisti-lo.

A televisão digital (DTV) representa um avanço considerável nos padrões de transmissão (broadcasting) e é a única maneira de se conseguir passar pelo ar o sinal de imagens de alta definição (HDTV). Sem esses pontos devidamente amarrados, e sem ter notícias recentes sobre isso, pelo menos que eu tenha visto, presume-se que o ISDTV vá bater com os burros n’água, depois de inaugurado.

A gente fica também sem entender como e por quê o sistema digital de televisão no Brasil sofreu tantos atrasos, ao longo desses anos, e se, por outro lado, em algum momento, este avanço vai de fato trazer benefícios concretos para as camadas da população que são economicamente desprivilegiadas.

Isto porque o grande apelo da televisão digital a alta definição (HDTV), impossível de ser percebida sem que uma soma substancial possa ser gasta para adquirir o necessário equipamento.

Fala-se muito na tal “inclusão digital”, mas como tudo que é político neste país, se deixa de fora a educação de base e a melhoria financeira das pessoas que poderiam ser afetadas por ela. Sem educação e sem dinheiro, “inclusão digital” é, salvo melhor juízo, pura demagogia. [Webinsider]

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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22 respostas

  1. Oi, Bruno,

    Não há até agora, até onde eu saiba, qualquer restrição de passagem ao sinal digital da nossa DTV, tanto áudio quanto vídeo, que pudesse justificar um bloqueio deste tipo.

    Como você já deve saber, a saída digital coaxial ou ótica consegue passar apenas PCM estéreo ou codecs comprimidos.

    Eu já comentei aqui algumas vezes que o sinal de áudio usado no padrão brasileiro, o AAC, não encontra decodificador adequado na grande maioria dos processadores externos.

    E é por causa disto que fabricantes de TV como a Samsung, por exemplo, incorporam um conversor AAC-Dolby Digital na saída digital da TV.

    No seu caso eu me arrisco a afirmar que a saída da sua TV é AAC (sem nenhum tipo de conversão para outro codec) e o seu soundbar não tem provisão para decodificá-lo.

    Muitos dos set-top boxes anteriormente fabricados (eu ainda tenho um aqui em casa) tinham o mesmo problema: saída digital com AAC sem conversão, e eu nunca consegui ver uso para elas.

    Neste tipo de saída o som da TV analógica é normalmente convertido a PCM estéreo, motivo pelo qual você conseguia áudio anteriormente.

  2. Prezado Sr. Paulo, visto todo o seu conhecimento, gostaria de compartilhar um caso que me ocorreu.

    Peguei uma tv full hd com saida de Audio APENAS Coaxial Digital.

    E tenho um soundbar com entrada Otica S/PDIF e RCA, sem o COAXIAL. O soundbar é um mini Home Theater.

    PAra resolver, peguei um conversor COAXIAL para OTICA, e funcionou o audio da TV no SOUNDBAR quando o sinal da TV era Analogico.

    Quando o canal é HDTV, o soundbar não sai som da TV.

    Ja viu algo assim ocorrer ?

    Não sei se hpa um padrão que a TV espera receber em retorno ao envio do sinal de áudio….

    Abraços.

  3. Eu espero que ainda haja gente lendo este artigo, que eu escrevi faz tempo!

    Domingo, em meio a autoridades que parecem desconhecer completamente o significado da palavra digital, a TV digital brasileira foi oficialmente inaugurada, como todos vimos.

    O que muda é o escopo comercial, creio eu, a longo prazo. Mas, pela notória falta de planejamento adequado, esqueceram-se de avisar os homens do governo de que o set-top box não iria custar os tais 150 reais que eles imaginaram (e divulgaram, quando eu estive em São Paulo conversando com uma pessoa do meio de radiodifusão).

    Agora, o que se observa é que 150,00 é um valor para lá de otimista, principalmente porque o padrão brasileiro sofreu um monte de modificações em relação ao original. Não é preciso ir muito longe: para tornar um conversor usável é preciso adaptar os diversos codecs (H.264, AAC, etc.) para a realidade dos aparelhos em uso, e é claro que isso tem um custo! Se este custo é ganancioso, como querem crer os homens do governo, ninguém até agora sabe, porque nenhuma planilha de custos, que eu tenha visto por aí, foi apresentada às autoridades ou ao público consumidor. E notem que nós estamos num país com as maiores taxas de importação do mundo, com tecnologia de ponta importada!

    O problema, creio eu, é que neste momento, não existem perspectivas que apontem para uma adoção não compulsória do sinal digital pela massa, e isso não é só devido ao preço do conversor, porque passa também pela péssima (na minha opinião) qualidade da programação, e pela ausência de prioridade no orçamento doméstico de muita gente, na aquisição deste tipo de equipamento. A relação custo/benefício, no caso, não é das melhores.

    Aqui deveriam entrar os analistas de mercado, para verificar em que prazos estas coisas são exeqüíveis. Não sendo do ramo, eu me arriscaria a dizer, nem a médio prazo!

  4. Professor, Desculpe a Inalda, é que ela fez o triste comentário sem ter pesquisado a seu respeito como conhecedor do assunto.
    Obrigado pelo seu conhecimento e por passa-lo para todos nós.

    Sicero abraço.
    Airton Barros

  5. Paulinho,

    Espero que você concorde que, botando os dois pés no chão, o verdadeiro apelo da TV digital é a HDTV, e isso pouca gente vai ter acesso pleno.

    O outro apelo, o de massa, é o de aumentar o escopo de recepção da TV sem compra de assinatura. No papel, é uma proposta fascinante, liberadora, e até muito necessária.

    Ao longo dos anos, esta mudança vai acontecer, compulsoriamente ao interesse das classes de audiência, isto para mim não resta dúvida. O problema maior é agora, e manda o bom senso começar isso tudo com o pé direito.

    Não me parece que isto esteja acontecendo. Tem gente aí pela Internet, que não quer divulgar o nome, reclamando que de inovações brasileiras, o ISDTV não tem nada, nem o middleware estaria tendo consenso. Eu só sei que em 2003 eu conversei com pessoas ligadas à pesquisa nesta área, e que estavam (não sei se ainda estão) profundamente desgostosas e pessimistas.

    Mas, é fácil compreender isso. Na história da tecnologia de informática, por exemplo, houve momentos de grande hesitação e não fosse a cabeça dos pioneiros, no enfrentamento de problemas técnicos, teria havido mais retrocesso do que progresso.

    A diferença, naquele caso, foi (e devia ser agora) que os planejamentos de desenvolvimento devem prever com antecedência erros e falhas potenciais, e a solução para os mesmos, caso eles aparecem.

    Devo lembrar aqui que o primeiro computador eletrônico construído na Universidade da Pennsylvania, se não me falha a memória, tinha 18 mil válvulas, todas elas com grandes chances de queimar nos próximos cinco minutos!

  6. Leonardo,

    Eu acredito que seja o motivo também, mas você há de convir que a maior parte dos seriados e filmes usa AC-3, que, bem ou mal, mantém uma grande parte da integridade da trilha sonora, a despeito da compressão, e é decodificável por quase qualquer receiver. Eu sinceramente não saberia lhe dizer se o AAC é de fato melhor do que o MP3, como muitos afirmam. Para mim, o MP3 é muito limitado, mesmo a 192 kbps, mas isso sou eu, tem muita gente por aí que não reclama.

    Eu também espero que os set top boxes respeitem essas transcodificações, mas até agora eu não sei como é que se vai vender set top boxes sem codecs devidamente licenciados.

    A última vez que eu estive em São Paulo, um engenheiro da área me disse que já havia até previsão de preço para set top boxes (cerca de 150 reais, se não me engano). Mas vem com quê? Se alguém souber, por favor nos avise.

  7. Ótimo texto Prof. Paulo,

    Complementando o comentário do Leonardo Nascimento, acredito que a escolha AAC foi baseada em necessidades do consumidor que assistirá a televisão pelo celular, que segundo pesquisas será o grande usuário da HDTV no mundo, se isso procede ou não eu não sei, o que sei é que a grande maioria (cerca de 90%) dos brasileiros ainda assistem a TV com som mono ainda, a grande população nem vai reparar na qualidade do som (infelizmente), e no celular todos já conhecem a limitação do som nos aparelhos atuais.

    A impressão que eu tenho é que estamos trocando a transmissão analógica para digital e só isso. Os benefícios de interatividade e programação diferenciada e melhorias reais sobre os sistemas que já estão disponíveis (como o som por ex.), ficarão para a próxima década, sem muita pressa. Como tudo no Brasil.

  8. Mestre,

    Quando à escolha do AAC, acredito que tenha sido em função da menor necessidade de banda por conta da maior eficiência da compressão. Da mesma forma que foi escolhido o H.264.

    Uma necessidade menor de banda indica uma menor necessidade de qualidade/robustez na transmissão, pois mesmo que tenhamos algum problema geográfico, como uma montanha, ou meteorológico como as águas de março, um fallback da transmissão para um bitrate mais baixo não impediria a imagem continuaria a vir.

    Quanto à adaptação dos sistemas legados ao AAC, espero que os fabricantes das boxes sejam espertos e incluam os 2 ou 3 chips extras necessários para gerar saída AC3 em adição ao AAC.

  9. Acho que seria importante complementar o seguinte: o DRM no caso das transmissões de HDTV não é somente o bloqueio contra cópia, ele é também uma opção de redução da resolução nativa (o chamado downrezzing), para qualquer outra resolução abaixo dela.

    Na prática, isto pode significar o seguinte: se a imposição de DRM existir para um programa, e o acordo com o sistema brasileiro não for feito, não há sinal de alta definição disponível.

    Eu posso estar enganado, mas isso me parece uma tática que pode levar o consumidor a se queixar na defensoria do consumidor por quebra de contrato, no caso do referido programa fazer parte de um pacote para sinais HDTV por assinatura.

    Notem que este downrezzing está previsto para os discos Blu-Ray e HD-DVD, em sinais na saída de vídeo componente, à discrição dos estúdios. Existe uma flag chamada de ICT (Image Constraint Token), que pode acionar isso dentro de qualquer disco. Por enquanto, há um acordo que o ICT não seja usado nos dois formatos, mas nunca se sabe como vai ser o dia de amanhã.

    Se o leitor tiver curiosidade, faça uma pesquisa na Internet sobre downrezzing, para descobrir o número de pessoas afetadas por isso. O problema atinge primariamente usuários com TVs de alta definição sem HDMI,

  10. Não é bem assim.

    Confiem em nós…

    O que é programado por um ser humano, pode ser quebrado por outro ser humano.

  11. Prof. Paulo Roberto, releve os tristes comentários da Sra. Inalda e continue nos brindando com seus ótimos artigos.
    Pelas considerações dela o ser humano só pode fazer uma única coisa na vida,o que convenhamos, é muito pouco para o nosso potencial; por exemplo ,eu não poderia fazer astronomia nem astrofotografia, que é o meu Hobby ,para faze-lo precisava abdicar da minha condição profissional. O que se faz com paixão, Sra Inalda, dá bons frutos e compartilhar conhecimentos dá prazer e é próprio dos seres humanos elevados.

  12. Não sei por que toda essa preucupação com a implementação da DRM por parte das redes televisivas.
    Qualquer pessoa hoje em dia por ir em uma loja e comprar um gravador de DVD e gravar o que quiser da TV e ninguem fica preucupado com isso!

    Ótima matéria!
    As pessoas deveriam tentar entender isso para não sofrerem com as consequencias depois!

  13. A todos, o meu muito obrigado pela compreensão e pelo apoio. Na minha vida toda, eu conheci e respeitei pessoas que vieram de um determinado background e isso nunca as impediu de ter hobbies ou de serem profundas conhecedoras de outros assuntos. Além disso, eu sempre acreditei que o conhecimento é a porta de emancipação das pessoas, e é exatamente por isso que se procura ler e estudar tudo a que se tem alcance, para se conseguir ser bem informado e evoluir como ser humano.

    Eu venho de um ambiente acadêmico, onde por várias vezes eu vi artigos de periódicos arrancados das revistas, por pessoas que freqüentavam a biblioteca central do nosso centro, e houve uma época, cedo na minha vida profissional, onde eu jurei para mim mesmo, que se dependesse de mim, ninguém iria ficar sem ter acesso ao conhecimento da minha disciplina, ou de qualquer outra coisa que eu soubesse mais do que os meus interlocutores.

    Por outro lado, eu tenho plena consciência de que eu não sou infalível, e aceito ser corrigido por alguém que saiba mais do que eu em algum assunto. Apenas peço que se alguém fizer isso, o faça dentro do respeito com que eu trato todos os leitores e a todos aqueles que a mim se dirigem.

  14. Boa Tarde a todos.

    Professor, em primeiro lugar quero elogiar este ótimo trabalho de pesquisa e opinião, todo consumidor DEVE se preocupar com o que compra ou com o que vai comprar.

    Minha opinião é: Assim como tudo que conheço hoje como bloqueado a sempre uma saida infeliz para o consumidor brasileiro e quem ganha com isso é o tráfico e contrabando.

    é muito fácil pagar mais de R$1.000 em um aparelho como por exemplo o PSP da Sony bloqueado e ver um amigo meu com 1 de R$500,00 desbloqueado onde eu gasto R$200,00 com cada jogo e ele baixa da internet.

    Assim, tudo que é bloqueado logo vira desbloqueio ou eles criam o mesmo aparelho desbloqueado e vendem no mercado negro.

    Se vierem aparelhos bloqueados, logo o Sr. corre para o centro de SP e encontra aparelhos até melhores desbloqueados, isso para o Brasil é uma VERGONHA….

    Eu não vejo ninguem vendendo jogo do Brasil ou COPA do mundo em DVDS piratas e sabe porque?
    Porque é liberado, agora na proxima copa ou na COPA no Brasil, (pode escrever), vão anunciar assim (Blue Ray ou DVD da copa no brasil leva 2 paga R$10,00).

    Obrigado

  15. Professor Paulo,

    não leve em consideração este comentário no mínimo imbecil.
    Era somente ela ler os outros textos que perceberia o nível de conhecimento que o sr. possui sobre A/V. Sem falar de outros lugares onde o sr. participa, como o HTF.

    Mas releve este comentário e continue nos brindando com vosso conhecimento.

    Um grande abraço,

    Thiago.

  16. Li há algum tempo atra´s que o presidente da RIAA (entidade que representa os estúdio americanos e a indústria fonográfia de lá) veio ao Brasil e disse que se o DRM não fosse implantado, os estúdios retirariam o conteúdo do Brasil. Pergunto: vale a pena ter uma TV em alta definição e não ter o que assistir? []s

  17. É professor,

    Se tratando em tecnologia, as coisas se agravam muito, como se já não bastasse os pesados impostos sobre importação de hardware e software, criando assim um ciclo vicioso:

    Se os fabricantes criam códigos de região, os hackers disponibilizam Firmwares do tipo dark RPC(Controle de regiões) ou RPCs alterados, que via de regra quebram todas as proteções no próprio chip, e são encontrados aos montes na internet…

    Se lançam um Windows Vista com Windows Genuine Advantage (WGA), os crackers disponibilizam um Crack de aproximandamente 591K (menos que 1 disquete) e o Windows passa a funcionar como original… então quem poderia ter comprado por um preço justo (na faixa de 500 reais no caso do Windows Vista Ultimate) não paga nem os impostos e nem o valor real/justo do software….

    Sem falar nas trocas de chips de hardware (como no caso dos Videogames)…

    Por último, lançam uma proteção DRM… será que conseguirá funcionar por dois meses sem ser burlada? O Windows Vista conseguiu mirabolantes dois meses…

    Vale aqui uma mudança de mentalidade, uma mudança de atitude, até mesmo uma mudança tratamento em relação a sociedade, e quem sabe assim o Brasil começe a mudar realmente…

    O que se planta, se colhe…

  18. Perfeito, não tem o que tirar nem por!

    Quanto ao codec de video utilizado, creio que tenha sido um ponto positivo, trabalho com edição de vídeo e o h.264 é algo realmente incrível quando comparado a outros codecs mais conhecidos e usados até então.

    Mas usar AAC como áudio? É um tremendo murro em uma ponta de faca. Eu até hoje tenho problemas para rodar discos com formato AAC no meu Decoder 7.1 AC-3. Confesso que fiquei até chateado ao ler essa parte do texto, porque já dava como certo o uso da tecnologia da Dolby.

    Ainda temos o DRM, que esse sim vai causar transtornos. Infelizmente 90% das pessoas não entende absolutamente NADA do que se trata um codec de video ou audio ou ainda DRM, e é aí que mora o perigo.

    Infelizmente essa maioria só vai perceber os problemas, quando sentirem na pele o que foi dito: Problemas com som e impossibilidade de gravação.

    Mas, esse é o Brasil e já começo a crer que a TV Digital brasileira será um tremendo tiro no pé.

    Paulo Roberto Elias, obrigado pelo ótimo material oferecido e parabéns pelo excelente texto, muito informativo e de fácil leitura.

  19. Olá a todos

    Leonardo da Vinci era pintor, engenheiro, cientista, estudava anatomia e tantas outros assuntos variados.

    Usar profissão ou posição social como argumentação para discordar é de pessimo mal gosto, preconceito e falta de conteúdo.

    Sempre acompanho a coluna do Sr. Paulo Roberto Elias. Há sempre grandes informações.

    Concordar ninguem é obrigado, mas respeito é bom.

    Paulo continue assim e não se abale por comentários menores.

    JK, esse sim era médico.

    Lembrando que o nosso presidente não tem MBA.

    ——–

    A grande preocupação das emissoras é controlar como a conteudo por ela veiculado possa ser usado depois, já que o mercado de DVDs de series é bem explorado.

    O termo TV digital, que pessoalmente considero errado, pois leva a confusão, no seu lugar deveria ser TV Aberta Digital, já existe a TV Paga Digital (SKY, NetDigital).

  20. Avaliando o sistema digital adotado pelo Brasil, creio que este reuniu tudo de bom que hoje a tecnologia de transmissão possa oferecer aos consumidores, porem, existem as complementações e diversas tecnologias que iram implementar todo esse conteúdo universal de tecnológicas existentes. É nessa parte deve haver critérios para as implementações tecnológicas de transmissão e recepção, para que não haja uma censura de gravação de programas, e tantos outros serviços que venham ser implementadas. O Brasil, a equipe de técnicos envolvidos no resultado final do sistema, devem ouvir a sociedade como um todo, no aspecto amostral que a tecnologia nos apresenta hoje (que é uma verdadeira salada)para que possamos henriquecer ainda mais o nosso sistema digital. Averiguar o melhor e o mais usável no conteúdo industrial nos equipamentos hoje em dia e o o que vem por ai no futuro próximo e que não permita que o sistema venha a cair no obosoleto tecnológico.
    Está de parabens o Paulo Roberto Elias no que este relatou em seu comentário. Com certeza tanto ele como a minha pessoa não somos contra a defesa dos direitos autorais, mas privar uma sociedade de ter o direito de gravar um programa isso é censura. Com a experiência já vividas por vários países quanto ao chamado direitos autorais, o Brasil tem todo uma gama de situações que este possa implementar no seu sistema que venha agradar todas as alas da sociedade.

  21. Inalda,

    Com todo o respeito, em primeiro lugar eu não sou médico, eu sou bioquímico, mas mesmo que fosse, você não acha sinceramente que é muita censura da sua parte dizer que eu não devia falar neste assunto, sem sequer saber se eu tenho alguma experiência nisso?

    Eu tenho um artigo completo sobre DRM e bloqueio de cópias, escrito no meu site: http://www.miragem.bravehost.com/hometheater/drm.htm.

    Além disso, eu tenho feito comentários, por sinal um deles num artigo recente (http://www.miragem.bravehost.com/hometheater/HDMI13.htm), onde eu mostro evidências de que o HDCP não só não contribui como atrapalha.

    O receio de que o DRM vai influenciar no repassamento de sinais de (HD)TV no Brasil é, até onde eu pude constatar, muito bem fundamentado, e ingênuos seríamos nós se acreditássemos que os provedores de conteúdo não irão tomar as suas precauções a este respeito.

    Num país onde a cultura local faz as pessoas que assumem compromissos chegarem pontualmente atrasadas, e com aquela eterna mania de deixar como está para ver como é que fica, mais uma vez se mostra que problemas que deveriam já terem sido resolvidos anos atrás não foram, às vésperas de um avanço tecnológico significativo no broadcasting do mundo todo, e por isso mesmo esperado com grande expectativa.

    Acredite se quiser, mas eu fui uma das primeiras pessoas neste país a reclamar dos códigos de região que foram empurrados para os discos de DVD. Eu tive chance de trocar mensagens sobre isso, bem antes do DVD entrar no Brasil, e houve momentos desta história onde muitas empresas e estúdios balançaram sobre isso. Pouca gente soube, por exemplo, que muitos DVDs americanos saíram sem código de região, porque eles sabiam que os discos eram vendidos no Brasil e em outros países. E eu ainda preciso fazer justiça e dar crédito à Gradiente, que foi a primeira montadora de reprodutores que resolveu acabar com esta hipocrisia, dando ao consumidor um DVD player codefree, seguida logo depois por Philips e outras.

    Apesar de não ser do ramo, como você reclama, ainda assim eu sou um usuário e hobbyista de longa data, e creio, por isso mesmo, que isto me dá o direito de expressar o meu ponto de vista, colocar a minha pesquisa e o meu trabalho literário nas páginas para onde eu escrevo.

    E quanto a pessoas como você, a única coisa que eu espero é possa ver o meu esforço com bons olhos, mais nada! A não ser que você concorde com esta droga de DRM, porque aí então eu jogo a toalha!

  22. Professor, acho que o senhor não é a melhor pessoa para tratar desse assunto, afinal de contas, é médico. Está falando sem conhecimento de causa. O DRM impede cópias em séries. Leia melhor

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