Cliente não entende nada de design. Fazer o quê?

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Acredito que a grande maioria dos designers ou webdesigners já tenham passado por essa situação: um cliente importante insiste numa ideia impraticável, que irá literalmente arruinar o projeto inteiro.

E por mais que se tenta convencê-lo, ele é firme na própria decisão. E agora?

Aqui é quando a gente encontra dois tipos de profissionais: os que só fazem o que querem e os que só querem fazer.

O primeiro grupo é teimoso, bate o pé e não tem medo de dizer não. Merecem em até certo ponto elogios, pois não são todos com tamanha coragem. Porém, talvez abram mão de ganhar confiança de clientes grandes e de conquistar oportunidades únicas.

O segundo grupo é subdividido em outros dois: os que não sabem dizer não e os que pensam muito bem antes de negar um projeto.

Os que excluíram o “não” do vocabulário terão que reaprender o modo de fazer negócios e tratar clientes. Ser bonzinho demais não funciona. Simples assim.

O aconselhável é analisar a situação antes de negar ou aceitar um projeto que vá contra seu modo de pensar.

Muitas vezes a conclusão que se chega é que um “não” simplesmente não é conveniente no momento. A importância do cliente é posta à frente da opinião do profissional.

É claro que isso não significa que o profissional nunca deva defender seu ponto de vista e tentar convencer o cliente da melhor forma de se fazer um trabalho ou projeto.

Estamos analisando, aqui, casos de clientes que insistem numa ideia e que não estão nem um pouco interessados em mudar de opinião.

Saber ceder é mais do que uma qualidade. Chega a ser um dom. Não só no mundo dos negócios, mas em todas as facetas da vida, os que só fazem o que querem acabam por irritar alguns, que lhe dão nomes como “mesquinho”, “egoísta” e outros piores.

Mesmo para aqueles que tiveram a sorte de trabalhar no que realmente amam, pelo menos uma vez na vida terão de fazer algo contra sua vontade, seja um projeto, um relatório, ou mesmo um cafézinho para os colegas.

O melhor a se fazer é analisar a situação. É sábio perder um cliente importante por discordar de seu modo de pensar, ou mesmo por orgulho? Está disposto a abrir mão de oportunidades vindouras por insistir em fazer as coisas apenas do seu jeito?

Portanto, saiba ceder. Não em todas as situações, mas nas que realmente valham à pena. [Webinsider]

…………………………

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Guilherme Dantas (guilherme@designerd.com.br) é webdesigner e atua em multimídia digital. Mantém o blog Designerd e o Twitter @gdantaz.

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14 respostas

  1. “o Webdesign” deve executar o que foi…. – parei de ler aqui. Só pra constar, você não é “design”, nem cursou Designer, ok? Não confunda Médico e Medicina 🙂

  2. Pingback: Quando o cliente não entende de design... | Felipe Falcão
  3. Lembra-se da sua dificuldade na faculdade? Eu não consigo transformar minhas idéias professor!
    É isso que sofre todo cliente, dizer que não entende nada de Design é argumento de EMO, que chora tanto e esquece que os problemas existem para ser resolvidos e as regras para ser quebradas.

    Esse problema pode ser combatido de diversas formas. Mas quando o cliente que começa a ter idéias fora do que é “normal” para você, a culpa não é dele e sim sua, e geralmente o processo todo já está comprometido, a não ser que o designer tenha muita competência e jogo de cintura para reverter a situação, por isso que tem empresas que vendem soluções e não pacotes prontos de design;

    Cliente é igual criança em frente a uma vitrine de doces o desejo sempre vai falar mais alto, mas cabe você conduzi-lo e dizer: “Doce de feijão não Joãozinho…”

    Robson Chagas
    http://www.vislumbre.org

  4. Mesmo que o cliente não entenda nada de design, sua vontade é uma prioridade, o Webdesign deve executar o que for solicitado com profissionalismo. É claro que as vontades do cliente devem estar de acordo com padrões estéticos e de design que o profissional de internet tem conhecimento, mais tudo, até mesmo as coisas mais bizarras podem ser feitas dentro dos padrões é claro.

  5. Cara… muito bom a matéria… passei por um problema desses recentemente onde a pessoa que fazia assessoria para uma cantora cismou que é designer e entende tudo de marketing… literalmente falou isso na minha cara… daí, na primeira vez que fiz um site pra eles, eu fiz da forma como ela queria… ficou uma M… e quando terminou, eu pedi que pelo amor de Deus ela não dissesse pra ninguém que fui eu ou minha empresa que realizamos o serviço.

    Bem, ganhei um bom dinheiro com o site, mesmo não gostando da situação e desta forma mantive o profissionalismo sem perder o projeto… somente não assinei.

    Na segunda vez, como experiência, perguntei se ocorreria a mesma situação da anterior, eles disseram que sim e então eu neguei.

    Pensem em uma coisa… o projeto que você desenvolve também leva o seu nome ou o nome de sua empresa. Como todos sabemos, propaganda negativa acontece mais rápido que as positivas e não há valor algum investido que vá valer a pena referente ao prejuízo que sua imagem terá !!

  6. Nos negócios temos que separar o emocional do intelectual.
    Entenda-se, intelectual como “comercial” neste caso.
    Como disse o Thiago Araújo: “Se o cliente sabe ou acha que sabe e ponto, tudo bem, deposite na conta e vamos a próximo job”

  7. Alguns clientes não sabem o que querem. Parto do pré-suposto que se contrato alguém é por que não sei fazer o seu serviço, se sei oriento-o. Penso que nossos clientes nos contratam, por que buscam algo que não sabem fazer. Porem alguns conhecem ou acham que conhecem o que fazemos, e é aí que temos problemas. Design não é só algo bonito e funcional, é um objeto adaptativo, se não é bom para todos e falho, mesmo que o cliente não entenda, a sua opinião é necessária, afinal é ele que estamos servindo, agora cabe a nós defendermos e oferecermos alternativas. Se o cliente sabe ou acha que sabe e ponto, tudo bem, deposite na conta e vamos a próximo job.

  8. Cliente não é obrigado a entender de design. Pra isso eles contrataram uma agência. Não sei nem se é o caso de educar o cliente pra isso… é questão de oferecer pra ele a melhor solução, e se ele discordar, dizer exatamente isso: estamos aqui oferecendo a melhor solução pra vc, esse é o nosso negócio.

  9. O design é só um dos componentes de qualquer ação criativa…

    Aceitar ou recusar o job, não creio que seja solução. Se vc recusa, outra agência ou freela vai fazer, e em nada vc colaborou para a melhoria do mercado de mktg digital ou para o resultado do cliente.

    O planejamento estratégico, se consistente, nos dá argumentos para realinhar o ponto de vista do cliente com a sua realidade de negócios, ou com a realidade do seu público – online ou offline.

    O cliente não tem sempre razão, mas talvez, pela falta de conhecimento em comunicação e marketing – se ele fosse expert, não nos contrataria – pode levá-lo a não entender determinadas sugestões. Aí, vale também um esforço educativo, um seminário ou algo parecido, com cases de sucesso e justificativas conceituais e práticas para a orientação que ele teima em seguir. Mas, ele ainda é o que mais conhece o próprio negócio, e suas opiniões não devem ser negligenciadas…

    Em 18 anos, nunca tive uma situação que não fosse revertida, usando-se os argumentos e os recuros corretos. Muitas vezes o problema é a linguagem usada, ou o contexto – profissional e cliente em contextos diferentes…

    Abraços!

  10. Recentemente escrevi um artigo em meu blog que faz referência a isso:
    O cliente tem sempre razão?.

    Me julgo quase como o primeiro caso, mas não por questões de princípios de o que fazer ou não, penso que devemos instruir o cliente e fazermos nosso trabalho de profissional, pois um trabalho mal feito mesmo que a pedido do cliente pode prejudicá-lo e nós como profissionais não podemos simplesmente pensar em ganhar dinheiro.

    Desde que saibamos a maneira correta de abordar o cliente não é impossível mostrar-lhe a melhor maneira de fazermos com que o projeto em questão dê os resultados esperados.

    ps.: Esta semana mesmo um cliente me pediu para fazer um site com música de fundo, uma chamada em vermelho mostrando a data atual e também uma pop-up com um relógio, mostrando a hora certa. Claro que não poderia faltar aquele velho banner em que é exibida a previsão do tempo. Acham que deveria concordar com ele e inserir tudo isso, simplesmente por que ele pediu?

  11. Sem dúvidas, esse tipo de situação é comum quando falamos de relação entre cliente e empresa diante de um projeto. Ainda mais em regiões pequenas, pelo fato de não existir a importância com um padrão na identidade visual de uma marca.

    up 4 webinsider!

  12. Realmente, isso acontece bastante!
    Eu procuro explicar ao máximo para meu cliente as desvantagens de se fazer o que ele está pedindo… Nunca deixo de explicar detalhadamente e calmamente (mesmo sendo muito difícil).

    Mas a casos em que o cliente quer e ponto final, nesse caso as vezes vale a pena fazer por fazer do que perder um cliente…

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