Benchmark é aprender com os outros e melhorar o nosso

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Recapitulando nosso cotidiano virtual, uma série de informações circula diariamente via web. O volume é tamanho que os profissionais de desenvolvimento web, em todas as etapas do projeto, busca encontrar obrigatoriamente o caminho mais facilitado para posicionar as informações: uma elaborada AI, testes de UX, uma série de elementos gráficos simpáticos e agradáveis e códigos enxutos e modernos que facilitem tanto a indexação pelos buscadores (sim, mais uma vez estou falando do Google) quanto à navegação dos usuários.

Desta necessidade, muitos sites institucionais, portais e sistemas muito bem projetados publicados na web são considerados objetos de estudos (os famosos “sites referências”), onde são mapeados os padrões de AI e usabilidade. E como resultado desta análise, estes “pedaços” interessantes são agregados a novos projetos que surgem após estas pesquisas.

É o benchmark incorporado também na web de uma forma muito produtiva e ainda muito mal interpretada pela comunidade de designers de interface.

Conceituando, benchmark é uma metodologia de nivelamento de performance já muito usada em diversos segmentos de organizações reais que consiste em estudo de melhores resultados dentro do nicho de mercado, permitindo assim um reconhecimento dos pontos fortes, padrões, comportamento e processos.

Com esta análise em mãos começam a ser implantadas as melhores práticas à empresa que solicitou a metodologia. Sempre visando a excelência de seu projeto.

Em termos de internet, esta pesquisa sendo feita em ambiente virtual, nos permite ter e ser autores de novas excelentes práticas para desenvolvimento soluções para internet.

E como tudo na web é muito ágil, o padrão de excelência que o benchmark procura reconhecer é constantemente modificado com a mesma rapidez que surgem novos tipos de soluções em qualquer segmento web.

Resolvi escrever sobre benchmark, pois este mês estive bem envolvida em alguns projetos que me fizeram olhar com mais respeito para esta prática. É uma forma rápida de aprender e entender a necessidade do público em questão e corrigir o problema, observando coisas muito boas que já estão no mercado.

“Mas Iris… você está falando de copiar coisa alheia e isto é coisa do capeta” – Sim… É verdade… Copiar é feio, mas benchmark não é copiar o site alheio… Ou pelo menos não deve ser.

Ao contrário, ele é medidor de desempenho. Eu pesquiso entre os nichos, descubro o que existe de melhor, estudo este melhor e a partir do resultado crio o meu projeto usando um padrão mais adequado para a absorção das informações do site pelo meu futuro usuário. Isto sim é um benchmark bacana!

“Então Iris… eu quero criar coisas que ninguém nunca criou… Quero viajar na concepção do meu website. Não estudei tanto para copiar coisas dos outros!” – super legal a iniciativa de ser a vanguarda da classe, porém devo alertar para o seguinte: caso suas manobras radicais não estejam bem embasadas, elas podem, na hora dos testes com usuários, se mostrar uma tremenda decepção. E digo mais: infelizmente isto é algo bem comum de acontecer em alguns projetos ditos “geniais”.

Não se irrite meu caro leitor com minha aparente ortodoxia, com certeza se você criar uma solução inovadora no AI e nos testes for um sucesso, perfeito! Parabéns!

Mas se não tiver esta centelha divina ainda dentro de você não faça muxoxo quando encontrar em suas navegações diárias um menu comportando um banner institucional ou promocional. Abra sua mente, analise o procedimento e se achar viável, insira este padrão na sua caixinha de possibilidades da boa arquitetura.

Para fechar este assunto de forma compilada, abaixo vou destacar alguns conceitos de benchmarking para web:

Conceito

Benchmark aplicado à web é a pesquisa dos melhores padrões utilizados nos diferentes websites com ênfase naqueles que apresentam características de Ai e UX eficientes e comprovadas.

No benchmark a pesquisa, avaliação e comparação não representam um fim, mas um meio para apoiar um processo de melhoria.

É uma forma de aprendizagem, pois procura as melhores práticas para determinados segmentos de web, seguido de uma cuidadosa análise para encontrar o melhor meio de implementar aquele “padrão” encontrado dentro do seu projeto. Sem esquecer um aspecto extremamente importante neste processo: a ética.

Processos

  • Planejamento. Desenho e concepção visando a solução dos fatores críticos para o sucesso do site;
  • Pesquisa. Identificar as melhores práticas e adquirir dados;
  • Análise. Comparar o desempenho e identificar áreas de melhoria;
  • Adaptação. Implementar as melhores práticas encontradas e fazer testes para confirmar se estes padrões atendem aquilo que o site se propôs diante de seu público alvo.

Benefícios

  • Introdução de novos conceitos de avaliação e novos padrões;
  • Melhora o conhecimento sobre seu cliente e sobre o projeto;
  • Identificação clara das áreas que precisam de melhorias (áreas críticas);
  • Estabelecimento de objetivos viáveis e realistas (sem viagens mirabolantes em busca do projeto perfeito);
  • Melhorar o conhecimento da própria organização;
  • Melhora o conhecimento dos concorrentes de mercado dentro da web;
  • Aprendizado focado no que há de melhor no mercado.

Enfim, benchmark é uma metodologia bem orientada e séria que só tem a acrescentar em qualquer projeto de sites institucionais, portais ou mesmo sistemas. Utilize, comprove e depois me conte. [Webinsider]

…………………………

Conheça os serviços de conteúdo da Rock Content..

Acompanhe o Webinsider no Twitter.

Íris Ferrera (iris.ferrera@gmail.com) escritora, estudante, arquiteta de informação e consultora de user experience nas horas vagas. Twitter @irisferrera.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

8 respostas

  1. Gostei do conceito o qual ajudar definir pontos para novas tendencias e melhorias na Web, e não ao plágio de conteúdo!

    😉

  2. Obrigada a todos pelos comentários e pelos acréscimos que inseriram neste artigo!

    Com relação a pergunta do Eduardo Baldan: sim, é uma excelente prática inserir também o benchmark no documento entregue ao cliente e inclusive eu faço isto.

    Falando em termos de documentação interna é legal ter um arquivo com algumas das patterns que durante as pesquisas para os projetos, acabam sendo adquiridas.

    Isto também é uma prática que costumo utilizar, além de dar uma garimpada em sites específicos de patterns como o patterntap.com

    Abs!

  3. Muito bom, parabens pela abordagem, sempre pesquisei em outros sites, buscando idéias novas para melhorar meus projetos, tanto no aspecto visual quanto funcional, e muita gente sem conhecer o assunto pode considerar que internet é CTRL + C CTRL + V, mas não é nada disso, muito longe disso na verdade. Porque nao usar as coisas que funcionam bem em outros sites/projetos, acho que vc realmente foi feliz nesse artigo.

    Abraçao!

  4. Bem bacana teu post, Íris.

    Considero o Benchmark uma etapa muito importante no desenvolvimento de novos projetos, ou mesmo na reconstrução de um em andamento, e tento utilizá-la sempre que possível.
    Normalmente, produzo um documento detalhado para ser entregue ao cliente. O que você pensa dessa prática?

    Fico pensando se não é melhor tê-lo apenas como um documento interno que auxiliará nas decisões dos processos posteriores…

  5. Eu subscrevo!
    Você foi muito feliz nas suas colocações.
    Muitas, senão todas, das maiores e melhores invenções da humanidade foram pensadas ao analisar trabalhos de terceiros.
    Visualizar os pontos fortes é importante, mais importante é enxergar os pontos fracos. Depois disso é trabalhar numa mudança de paradigma e criar a mais nova grande ideia, ou apenas uma boa ideia que já está bom!
    Pode parecer simples, mas não é.
    Como não acredito em sorte, desejo competência, sabedoria e muita inspiração divina a todos.

  6. ótima definição. Sou estudante de administração e esse conceito é muito utilizado como método de controle do processo administrativo dentro das instituições. Realmente ele não significa cópia, até porque nenhuma organização, ou site, nesse caso, é exatamente igual a outro.Esse porcedimento visa identificar um modelo de sucesso e compará-lo com o modelo de outra organização adaptando-o à realidade desta última.Interessante que ele também ser usado no desenvolvimento de sites. Abraços.

  7. Olá Iris!

    Gostei de sua explicação sobre benchmarking de uma forma didatica.
    Pessoas que trabalham com a web, inconscientemente ou não, sempre buscam referencias e inspirações para seus trabalhos.

    Abraços!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *