Eleições 2.0 não devem premiar falsos políticos 2.0

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Segundo o Ibope/Nielsen, em dezembro de 2009 possuímos 67,5 milhões de internautas no Brasil. Em ano de eleição presenciamos inúmeros candidatos pedindo para que os incluam nas redes sociais – e assim são criados sites, blogs e perfis novinhos em folha com uma tonelada de posts, tweets, scraps, etc por hora.

Até que ponto as redes sociais irão ajudar estes candidatos a obter o maior número de seguidores ou melhor número de votos ?

Diferente de outras eleições e de outros governos, o povo está cada vez mais próximo do poder. Antes, candidatos tinham suas campanhas baseadas em comícios, rádio e televisão; logo após a eleição a campanha de TV e rádio terminava e raros candidatos voltavam aos bairros em que pediram votos.

Nesta eleição os candidatos deixarão muito mais que propostas no seu programa de TV, radio e comícios – deixarão seu Twitter, perfil de Orkut, Facebook, Ning, etc. Ou excluirão seu perfil logo após a eleição, ou os manterão ativos publicando e ouvindo o que seus seguidores, vulgo eleitores, dizem podendo criar leis ou vetar alguma proposta que vai de desencontro com seus seguidores.

Acontece que nós, eleitores 2.0 ainda imaturos nesse jogo, temos que tomar cuidado para não cair em armadilhas de candidatos 1.0, que certamente criaram perfis e contrataram inúmeros assessores para postar informações que nem sempre são opiniões ou ações que este candidato tem. Por isso, avaliar o histórico do candidato é muito importante, de modo a verificar se ele realmente vai criar leis e projetos que beneficiam sua comunidade ou vai apenas criar batismo de ruas.

O melhor é que logo após as eleições teremos um canal direto com nossos governantes (se eles não excluírem o perfil, claro), permitindo a estes governantes expressarem suas opiniões, deixar processos transparentes, obter apoio popular e receber solicitações de melhorias, entre outras ações que as redes sociais permitem; desta forma estarão governando junto com o povo.

Já nós, como usuários destas redes, que em inúmeras vezes utilizamos para buscar referências, indicar melhorias em serviços e até mesmo modificar produtos, cabe a nós monitorar, expressar nossos sentimento e poderemos, assim como no #calabocagalvao, inserir tags em nossos políticos, como #corrupto ou #honesto, avaliando suas ações e respostas aos pedidos que receberão de seus eleitores. Desta forma estaremos definitivamente melhorando a política brasileira deixando população e governantes mais próximos.

As redes sociais vão ajudar candidatos a se elegerem? Acredito que sim, porém estarão mais expostos e talvez não tenham uma oportunidade de um mandato 2.0. Que não vença o que possui o maior número de seguidores e sim os que usam estas ferramentas para ouvir os eleitores e construir uma nova democracia, uma democracia online na raiz de seu sentido! [Webinsider]

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Armando Ferraz Santos (armando@targetdigital.com.br) é especialista em vendas online e soluções para mobile marketing e desenvolve projetos para a Target Digital. No Twitter é @Armanrulla.

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6 respostas

  1. Muito boa matéria, espero que os candidatos aprendam, pois ando fazendo um apanhado para um post sobre estas “fraudes” nas midias sociais.

    Por exemplo, ao analisarmos a curva de seguidores do Hugo Leal no TwitterCounter da para ver que ele tinha 784 seguidores em 11/07 e hoje ja estava com mais de 7900! http://twittercounter.com/compare/depHugoLeal/all/followers

    Se olhar a lista de seguidores do candidato não restarão dúvidas.

    Outro caso foi o do Senador Arthur Virgilio que usou de perfis falsos para disparar a frase : o @senadorarthur que vale a pena seguir…

    Estamos de olho!

  2. E o que fazer com o “novo” político que usa o mailing de sua casa noturna para tentar angariar votos? Por mim tomara que ele tenha 3 votos. O que vocês acham?

  3. Diariamente, vejo que diversos “políticos” (ou o bando de assessores) começam a seguir e colocar posts que de cara da pra perceber que o político em questão nem mesmo sabe o que está sendo postado. Recentemente, fiz um teste: Li um post de um candidato – sobre uma atividade que disse estar desenvolvendo na hr. Seu telefone estava disponível em seu blog. Liguei na mesma hora, e comentei do assunto do twitter… ele nem sabia do que se tratava e meio q foi trocando de assunto. Se na campanha está assim, imagina se for eleito!

    2010 é o ano em que poderemos ver um boa mudança na política, se ficarmos mais atentos ao que for postado em campanha.

    ótimo post. Parabéns.

  4. “Que não vença o que possui o maior número de seguidores e sim os que usam estas ferramentas para ouvir os eleitores e construir uma nova democracia, uma democracia online na raiz de seu sentido!” (sic)

    É perceptível o avanço “tecnológico” – se assim podemos dizer que é a internet – em um submundo que é o Brasil. Graças a ações de “popularização” das mídias estamos conseguindo poder e voz ativa perante a WEB mundial. Isto é perceptível pelas inúmeras TT’s Worldwide definidas pelos brasileiros no Twitter (por exemplo).
    Graças a isto – não se é bom ou não – os senhores deputados, senadores, sonhadores e candidatos à Presidência da República começam a explorar este meio, no qual ainda é virgem e quem chegar primeiro bebe água fresca – assim eles acham (rs).
    É evidente que muita gente – lê-se a maioria – está vendo a internet como um canal de comunicação de massa igual a TV, que você joga informações e os alienados do sofá da sala aceitam, não questionam e ainda agradecem.
    Pois é meus caros candidatos, sinto muito lhes falar mas não é bem assim que as coisas funcionam aqui na web. Aqui não tem regras, não tem papas na língua, não temos – eleitores – que aceitar calados. Já viu o que fizemos com o Galvão Bueno? Já viram os deboches e insultos que criamos contra o Sarney – lê-se “Fora Sarney”? Já viram o que fazemos com pessoas más que matam, roubam e se escondem?

    A massa ainda – em sua maioria – está fora (da web), e a que entra no mundo virtual continua – não sei até quando – em seus Orkuts jogando Colheita Feliz e olhando fotinhas dos outros – lê-se alienação. Por isso, para conquistar os eleitores de opinião que estão on-line, candidatos precisam rebolar; dar a cara pra bater; conversar e ouvir (principalmente); estar sujeitos a tags #fail;

    Não vou generalizar, pois os candidatos que estão fazendo a diferença já começaram a “campanha” desde o ano passado. A internet é como o processo de branding de uma marca, leva tempo pra gerar credibilidade e valor para alguém. Não é com 3 meses de trabalho – como é feito na TV e rádio – que conseguirão fazer a diferença para 67,5 milhões de brasileiros on-line.

    #EricsonSobrinho

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