Fraude em links patrocinados: como fugir dela

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Os links patrocinados, nova modalidade de publicidade online onde o anunciante paga apenas quando uma pessoa clica em seu anúncio, tem na fraude uma séria ameaça.

A disseminação de fraude nos links patrocinados colocaria em risco toda a indústria que está se formando ao redor desta nova forma de anunciar. O Google e o Yahoo! declaram que lidam com a fraude com a máxima seriedade possível e tentam exterminá-la.

A fraude nessa modalidade ocorre quando alguém clica no seu anúncio sem ter interesse real no seu produto. As situações mais comuns de fraude são:

a) Quando seu anúncio é exposto e clicado pelo seu concorrente com o objetivo de fazer com que você gaste todo seu orçamento sem ter no entanto nenhum retorno.

b) Quando seu anúncio é exposto na rede de parceiros do Google ou do Yahoo e o próprio parceiro clica nos anúncios que são apresentados no seu site com o objetivo de receber parte da receita proveniente da sua campanha.

No primeiro caso, os únicos possíveis interessados em cometer a fraude são seus concorrentes, ou seja, uma lista definida e limitada de empresas. Porém como seus próprios concorrentes também veiculam campanhas de links patrocinados, o medo de ser descoberto e banido do sistema deve inibir as ações menos éticas.

Já no caso da rede de parceiros, o problema da fraude é bem mais sério. Qualquer empresa ou indivíduo que possua um site ou blog pode participar da rede de parceiros do Google (Adsense) ou do Yahoo. Caso você nem possua um site e possua apenas o registro de um domínio, poderá utilizar serviços de páginas estacionadas (exemplo: http://www.TrafficClub.com) que apresentam um site dinâmico com anúncios destes instrumentos de pesquisa. Vale lembrar que não há um critério rigoroso de análise de cadastro para participar da rede de parceiros, qualquer um pode se filiar. A rede de parceiros é vasta e cresce a cada dia.

O objetivo da criação da rede de parceiros foi clara: Google e Yahoo ampliaram sua capacidade de distribuir anúncios e sua abrangência.

O parceiro se torna “sócio” do instrumento de pesquisa nessa empreitada porque recebe parte da receita proveniente dos cliques realizados nos anúncios que são apresentados no seu site.

O problema reside no fato de que o interesse do parceiro é maximir seus ganhos, e basta que alguém ou algum software visite seu site e clique em um anúncio para que uma pequena parte desta receita seja destinada ao parceiro? Como a rede de parceiros é ampla e abrangente ela certamente contém diversos tipos de parceiros.

Preocupação para quem anuncia em grande volume

Existem na internet sistemas chamados de Clickbots, softwares que simulam a visita a um site e cliques em um ou mais anúncios. Este tipo de sistema torna quase impossível a detecção deste tipo de fraude e ela pode ser realizada de forma automatizada.

Caso o parceiro tenha menos conhecimento tecnológico, poderá contratar uma empresa PTR (Pay-to-Read Companys). Essas empresas pagam para que seus usuários visitem sites na internet, porém funcionam na verdade como grandes redes de usuários dispostos a ler a clicar em anúncios. Esse caso em especial torna quase impossível a detecção da fraude visto que ela é executada de forma não automatizada e portanto de forma não regular.

Como combater

Existem algumas precauções para minimizar a fraude nas campanhas de links patrocinados:

Focalize sua campanha. Procure cadastrar frases com pelo menos duas palavras-chave. Palavras-chave com apenas uma palavra são mais suscetíveis à fraude.

Evite palavras-chave muito óbvias.

Utilize um sistema anti-fraude, o mais conhecido é o ClickAuditor.

Desligue a opção de apresentação dos seus anúncios na rede de conteúdo do Google ou Yahoo.

Analise seu log de visitas. Caso seu site possua um sistema de análise estatística dos logs de visitas, olhe a sessão “Principais visitantes”. Essa sessão lista por endereço IP os principais visitantes. Em seguida passe os endereços IP com mais de 50 visitas por mês para o Adwords para que eles verifiquem se os cliques provenientes destes endereços não são fraudulentos. O sistema mais conhecido e difundido de análise estatística dos logs é o Webtrends. Verifique se sua empresa de hospedagem disponibiliza este sistema para você.

Sob nenhuma hipótese clique nos anúncios de seus concorrentes. A fraude deve ser combatida em todas as frentes. Caso o Yahoo/Google perceba que você tentou fraudar a campanha de seus concorrentes você pode sofrer consequências legais e ser banido do sistema. Não caia nessa! [Webinsider]

.

Ricardo Vaz Monteiro (ricardo@siter.com) é é ICANN Fellow e autor dos livros "Escolha seu.com" e "Google Adwords: a arte da guerra".

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6 respostas

  1. Caro Ricardo,

    Primeiramente, grato pelo artigo, acho que pode servir de respostas para um grande numero de pessoas que se perguntam a cada dia sobre os retornos do ADsense.

    Sobre as redes de conteúdo eu seguirei seu conselho de elimina-las porque parto do proncipio que não quero volume de cliques e sim qualidade de pessoas clicando.

    Quero limitar meus cliques apenas a pessoas que buscam pelo meu produto, minimizando assim o numero de curiosos no site e conseuquentemente o numero de fraudes.

  2. Caro Ricardo, obrigado por sua réplica, mas insisto que desligar a rede é uma medida a ser tomada em casos extremos apenas (sim, já desligamos para alguns clientes nossos).

    Porém, vale lembrar que o Google oferece a opção site targeting, onde você escolhe os sites aonde será exibida sua campanha. Com isso, você pode eliminar muito lixo.

    Além disso, você deve estar ciente que na nova versão do sistema Adwords será possível visualizar de quais sites estão vindo os cliques da rede de conteúdo, o que facilita muito negativar sites.

    Abs
    MS

  3. Caro Marcelo:

    Com relação a desligar a veiculação na rede, realmente aconselhamos essa medida já que ligar a veiculação na rede de parceiros e negativar sites, é um trabalho sem fim já que existem zilhões de pequenos sites que não interessam.

    A nota sobre clickbots e PTR ocorreu apenas para mostrar que é fácil fraudar o modelo de Links Patrocinados e é exatamente por isso que não recomendamos a veiculação na rede de conteúdo. Fizemos um teste em conjunto com um dos nossos clientes de Links Patrocinados e o resultado realmente foi assustador…

    Atenciosamente,

    Ricardo Vaz Monteiro
    Nomer.com

  4. 1. Clicar no anúncio do concorrente na página de resultados do Google é uma grande bobagem. Você irá criar relevância ao aumentar o CTR e com isso você ajuda a melhorar o posicionamento dele ( seu concorrente).

    2. Desabilitar a Rede de Conteúdo é uma medida recomendada apenas em casos extremos. A Rede oferece muitas impressões a um CPC (ou CPM) muito baixo. Há sites ruins, porém se vc desabilitar estará deixando de aparecer (inclusive com banners) em sites importantes como Vírgula, Valor Online, InvestNews, JB Online, YouTube, entre outros no caso do Google. No caso de Yahoo, você terá excluído sua campanha dos sites da ed.Abril, Globo.com e MSN, entre outros.

    3. Em vez de pura e simplesmente desabilitar a rede de conteúdo do Google, a melhor solução é negativar sites, ou seja, excluir domínios que você não quer que exibam seus anúncios.

    5. Em vez do Webtrends, use o Google Analytics que é gratuito e pode ser facilmente integrado à sua conta do AdWords.

    5. Mais que o log de visitas, analise as conversões geradas por suas palavras. Se elas geram muito clique e pouca conversão, exclua da campanha.

    6. Não vejo benefício em incluir em um artigo quais as opções disponíveis para se fraudar os buscadores.

    7. Sun Tzu disse Se você conhece o inimigo e a si mesmo, não há porque temer uma batalha.

  5. Eu estou com problemas junto ao Buscapé… mesmo com a minha loja fora do ar, tenho gente clicando em anuncio fantasma que nem existe… estranho neh?

  6. Eu também já cai nessa. Coloquei o AdSense há pouco mais de um mês no meu blog. Só que quando eu já estava para receber o primeiro cheque (que por sinal soube que atrasou), o Google me informou que estavam tendo cliques inválidos e minha conta foi desabilitada. Não adiantou nem recorrer. O Google não teve nem a mínima consideração de dizer o motivo, ou quem que poderia estar gerando tais cliques.

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