Editor na web? Pra quê?

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Quer mexer com os brios da web? Levante a bola da utilidade. Nos dias que correm, da Web 2.0 e a suspeitíssima enxurrada de conteúdo gerado pelo usuário, a questão é delicada.

Fato é que ninguém sabe se o que paira sobre a Rede irá mexer realmente com o dia-a-dia de todos. Com grande parte dos leitores deste Webinsider, é óbvio que mexe, e já há algum tempo. E na rotina da minha irmã, do seu sobrinho e do filho do vizinho? Ninguém sabe se será um furacão ou uma brisa, apenas. E como nem sempre novidade rima com utilidade (pasmem!), o fiel da balança acaba sendo o tempo.

Não só o que é novo passa por esse “moedor de carne” – algumas tradições também são postas a xeque na web. O papel do editor, por exemplo. Bastião de outras mídias, ele agora é questionado. Afinal, se qualquer um pode publicar qualquer coisa na maior tranqüilidade e sem filtro, por que é preciso alguém para arrumar e polir o que foi produzido?

Há quem esteja indo contra a corrente. Este mês foi lançado nos EUA o livro The Cult of the Amateur: How Today’s Internet is Killing Our Culture (em português, O Culto ao Amador: Como a Internet de Hoje está Matando Nossa Cultura). O autor, o americano Andrew Keen, pergunta aos leitores: “você deseja uma mídia sem editores?”

Keen é bastante xiita em seus argumentos, mas vale como voz dissonante em meio a um mar de convicções mal embasadas, e que tem produzido o que eu chamo de “conteúdo jogado pelo Usuário” e ele de “user-generated nonsense” (algo como “tolices geradas pelo usuário”).

O editor – seja de um veículo jornalístico ou não – é aquele que tem a palavra final da experiência para amarrar pontas, cortar sobras e corrigir imprecisões. Na web, em que a informação vai além do texto e multiplica-se em vídeos, músicas, podcasts, imagens e por aí vai, o editor é aquele que arruma a “bagunça” para que os usuários encontrem o que é realmente relevante, interessante e – voltamos ao início – útil.

Em entrevista à edição de junho da revista Bloggers & Podcasters, Andrew Keen explica porque defende a figura do editor. “O motivo pelo qual eu não publicaria meu livro direto em meu blog”, diz ele, “é porque eu preciso da figura de um editor, é ele que faz meu amadorismo funcionar, e me faz escrever textos mais densos e coerentes”.

Eu fecho com o autor, já que arregaço as mangas sempre que necessário ? afinal, alguém já viu um quarto de adolescente que não precise de uma “mãozinha” dos pais de vez em quando? 😉

E você, acredita mesmo que o editor está em extinção? [Webinsider]

Bruno Rodrigues (bruno-rodrigues@uol.com.br) é autor do livro 'Webwriting' e de 'Cartilha de Redação Web', padrão brasileiro de redação online'.

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23 respostas

  1. Eu defendo a manutenção do Editor, seja para lançar um livro ou para coordenar e direcionar o foco de um veículo de imprensa, mesmo na WEB.
    É necessário o olhar crítico desse profissional gabaritado para ver pequenos detalhes que passaram despercebidos no calor da redação ou para podar textos para que fiquem mais atraentes e dinâmicos.
    Imagine uma cidade sem prefeito, delegacia sem delegado, time de futebol sem técnico, empresa sem gerente…
    Para o bem ou para o mal, precisa existir a figura do supervisor, coordenador, seja lá qual for a denominação daquele que comanda tarefas e equipes.

  2. Com a vida da minha irmã, do sobrinho e dos vizinhos?
    Ontem na mesa para janta minha irmã me arrancou um sorriso, ela falou: TV não tá com nada… não assisti 1 minuto de TV hoje… mas vi YouTube pra cara***.

    TV não está com nada, simplismente porque na frente da TV agente não tem a mesma liberdade que nem na frente do YouTube.

    Da mesma forma que pra mim, o conteúdo que leio todos dias no Reader, é muito, muito superior aquele que pago 10 reais todo mês pela Info Exame.

  3. Bruno,

    Teu texto é muito coerente. Não acho que os editores irão desaparecer. Como disseste no teu comentário acima, eles serão especialistas em suas áreas (nichos?) [como sempre foram, não?]

    Os profissionais editores têm hoje uma facilidade muito maior pra publicar suas úteis opiniões. Os blogs de especialistas em diversas áreas são vertentes disto: quantos deles nós lemos? Provavelmente vários.

    O Digg é, sem dúvida, um movimento tecno-social incrível, mas eu também fico me questionando sobre ele estar passando a real. Quando abro o tópico design e vejo que as primeiras notícias são sobre os novos brushes do photoshop, tenho a impressão que há algo errado nisso. Ou mal categorizado, ou mal filtrado, ou mal taggeado pelos usuários. Ou então sou eu não estou conseguindo buscar a informação no lugar certo… Mas tanta gente busca ela ali (!)… hehehe

    É a velha história da Wikipedia. É ótimo ver a colaboração dos usuários. Mesmo assim, há horas em que é preciso moderar, editar e restringir a edição pra garantir fidelidade. E isso assusta.

  4. Hum… Vamos por partes…

    Primeiro, repito o que eu comentei lá em cima: sempre será preciso alguém para arrumar uma estante recheada de livros – **sem para isso, é óbvio, precisar mexer no conteúdo das obras**.

    Repito: **sem para isso, é óbvio, precisar mexer no conteúdo das obras**.

    Digo isso para não cairmos na armadilha do papo manjado não-são-apenas-os-jornalistas-podem-escrever-para-a-Rede… E a questão aqui também não é fulano-pode-rearrumar-o-texto-dos-outros?…

    A história é mais complexa, e diz respeito a pessoas (ou um grupo de pessoas) selecionando o que é mais relevante para **um determinado grupo** em diversos universos de informação (informação que, por Deus, vai muito além de texto, bem sabemos).

    Esse é o novo editor.

    Se é jornalista, médico, advogado ou jorgador de basquete, tanto faz. Ele, pela experiência na área, não apenas seleciona as melhores informações, mas as organiza – como na estante que falei acima.

    Agora…

    Ir ao Digg, por exemplo – que fala com todo mundo, agora -, e encontrar matérias sobre a Paris Hilton no topo da fila é *péssimo*.

    É um espelho da Rede? Nossa, que legal. Mas não necessariamente é para ter orgulho.

    Como um site como o Digg é uma das pontas do iceberg da Web 2.0, a parishiltização do site 😉 acaba sendo sopa no mel para quem não quer levar *a evolução* da web – a *evolução*, não a web como um todo – a sério. É uma metralhada e tanto na credibilidade da Rede.

    Como dizia a Tancinha, personagem da Cláudia Raia em uma novela das sete de cem mil anos atrás, eu me sinto di-vi-di-do ;-)))))))))

    Acho ridículo continuar com esse papo de editor/texto/jornalista/web/canudo/tira-a-mão-do-que-é-meu… Uaaaaaaa (bocejo).

    Mas também acho que achar que tudo novo na Rede merece um visão sociológica – ooohhhhhh!!!, ahhhhhhhh – como se observássemos um organismo alienígena se desenvolver livremente, sem podermos criticar ou tocar no bicho, é de um romantismo desanimador…

    Ás vezes, o que é novo é passageiro. À vezes, é só uma coceirinha. Às vezes, é ruim.

    O Digg é ruim?????? Não, absolutamente. Só acho que, muitas vezes, falta crítica ao novo pelo medo de nos sentirmos ultrapassados.

    E além disso, nada precisa ser 100% perfeito, concordam?

  5. Na minha opinião, os argumentos do autor em seu livro, segundo o que consta no artigo, não passam de argumentos vazios de quem desconhece o que combate.
    Como em todos os processos evolutivos sempre haverá os que criticarão o as conseqüências do desenvolvimento em virtude de sentimentos retrógrados.
    Foi assim em todos os perídos de transição de escolas literárias e artísticas. Monteiro Lobato repudiava o movimento modernista, ainda que tardio comparado a Europa.
    Não creio que a figura do editor se extingua, mas que deve aproveitar a situação para ser repensada e possa se adequar ao fluxo natural das coisas.

  6. Pensar nesta divisão entre o editor x comunidade é uma forma de maniqueísmo. Como se uma coisa automáticamente excluísse a outra.

    Mesmo em ambientes de produção escrita colaborativa, existem pessoas que cumprem o papel de editores. A relação entre editor e produtor(es) não obedece uma regra rígida. Sempre vai depender de que tipo de material está se produzindo e de que tipo de ambiente.

    No YouTube não é preciso de editores. Na verdade, os editores são aqueles que filtram e contextualizam o que é publicado no YouTube para republicação em seus Blogs pessoais.

    A questão principal é, em que etapa da produção intelectual o editor precisa se envolver? No começo, no meio ou no final?

  7. Também acredito que o editor tradicional está fadado a ter sua importância extremamente reduzida.

    No lugar dele devem ficar os filtros que consigam classificar toda essa enxurrada de informação que os usuários geram. Esse filtro pode ser um bom algoritmo ou o tal do editor-amador.

    A riqueza das visões múltiplas gera maior capacidade crítica nas pessoas. A idéia do discurso jornalista imparcial – que nunca foi acreditada 100% – deve sumir (ou ser muito reduzida) junto com o editor tradicional.

  8. O editor que dá a palavra final certamente desaparecerá. Nesse rompante de Web 2.0, cada vez fica mais cabal que não existem verdades únicas, que a riqueza do conhecimento está nas múltiplas visões. As pessoas estão percebendo isso e, principalmente, valorizando o seu próprio ponto de vista.

    Deu no Jornal Nacional já não soa mais com aquela autoridade de outrora. O que é recortado pelo JN continua importante, mas conforme as pessoas descobrem como a mídia funciona em suas entranhas através da participação ativa, elas passam a entender o porquê do recorte do JN. E aí, é claro, vem a crítica.

    Alguns, como eu e alguns amigos, podem simplesmente decidir não assistir ao JN porque a edição é ruim: parcial e não assumida.

    A edição que esconde seu ponto de vista em nome de um discurso de imparcialidade estará fadada a desparecer. Cada vez mais vemos os veículos assumirem seu posicionamento, o que é muito saudável e honesto. Assim fica mais fácil para o leitor-jornalista montar o quebra-cabeça das notícias a partir dos diferentes veículos e, dessa forma, ter uma visão mais completa do todo.

    O problema é que isso dá muito trabalho. Aí que entra a figura do editor-amador. O seu amigo que seleciona notícias e publica num blog; o líder da faculdade que escrever um jornal acadêmico; os voluntários administradores da Wikipedia; os catalogadores de links do delicious e por aí vai.

    Acredito não na extinção da edição. Pelo contrário, acredito na explosão da edição como uma competência e atividade a ser desenvolvida por todas as pessoas. Observem como os adolescentes lidam com a mídia. Eles podem responder melhor do que nós.

  9. Ufa, achei que só eu pensava assim, Bruno! Acredito que o conteúdo gerado pelo usuário pode se tornar uma grande pentelhação e uma baita torração de filme se não for filtrado, editado.

    E sobre a novidade para os paulistanos, em agosto, espero que seja verdade, porque eu vivo te cobrando que faça o curso aqui e vc nunca vem! : )
    Me avisa por email, se puder?

    Parabéns pelo artigo.

  10. Acredito que a função do editor sempre existirá. Não adianta falar que os usuários têm a total liberdade para publicar, isso seria uma verdade se todos os usuários soubessem escrever de uma forma objetiva e conseguissem expor suas idéias sem se confundirem com suas próprias argumentações.

    Erros ortográficos, problemas na coesão e coerência dos artigos, acabam sendo tratados pelo editor, que é o especialista também em línguas e como melhorar a forma que a idéia de um determinado texto quer passar.

  11. Tenho dúvidas de que o tal conteúdo colaborativo possa matar a figura do editor (que na sequencia mataria a figura do jornalista).

    Para mim, conteúdo produzido por usuário NÃO É SINÔNIMO de qualidade, muitas vezes é justamente o contrário. Exemplos são inúmeros (e incluem Digg, Wikipedia e afins). O chamado conteúdo colaborativo (mantra entoado por 9 entre 10 especialistas em Web 2.0) ainda precisa amadurecer muito para poder ser comparado à qualidade do conteúdo gerado por jornalistas e/ou filtrados por editores. Mesmo que este conteúdo passe por processos de pseudo-meritocracia, como é o caso do Digg (onde conteúdos são selecionados pelos próprios usuários).

    Estamos vivendo (parafraseando Jaron Lanier) uma espécie de movimento maoísta, que idolatra o coletivo, como se a escolha de uma multidão fosse sinônimo de qualidade (nossos políticos e o processo democrático que o digam). Vivemos uma adoração quase religiosa (afinal é cult e pop ser Web 2.0) de que o coletivo supera qualidades individuais, incluindo geração de conteúdo.

    No caso específico do Digg, a notícia que recebe muitos Diggs é destacada como sendo um conteúdo de primeira, significativo, representativo, blá, blá, blá… Na ESMAGADORA maioria das vezes as notícias lá destacadas não interessam para a maioria do público e usuário de Internet (sua irmã, seu sobrinho, etc). No Digg quase tudo só tem a ver com tecnologia: Internet, linux vs. alguma coisa. Em resumo: só interessa a nerds como nós. Mesmo assim o Digg é citado como exemplo máximo dessa coisa de inteligência coletiva da Web 2.0… Os gurus da Web 2.0 entoam o Digg e a Wikipedia como mantras sagrados… Oras bolas, a Wikipedia está CHEIA de problemas, e o Digg… bem… sinceramente eu prefiro muito mais o Google News que é burro e usa inteligencia artificial do que o Digg com suas notícias descoladinhas. No Google News (ou em qualquer site noticioso mantido por jornalistas e editores (ou robôs que selecionam textos de jornalistas e editores) talvez eu encontre algo mais interessante e relevante para o meu mundo do que no Digg.

    Lá talvez eu encontre textos feitos por jornalistas e editores (uuu… estes déspotas que precisam ser decapitados em nome do coletivismo e da inteligência coletiva) que estudaram e que são jornalistas por alguma razão (independente dos problemas que jornalistas possam causar ou mesmo não entender). No Digg eu provavelmente encontraria como destaque e indicativo de qualidade um post de um blog qualquer, escrito por um adolescente no estilo miguxo ou hacker rulez, que ensina como destravar o Playstation 3, ou então discute como o Wii é melhor que o XBox 360… Francamente, isso não é sinônimo de qualidade, pelo menos não na vida que eu conheço.

    Leitura recomendada:

    DIGITAL MAOISM:
    The Hazards of the New Online Collectivism
    By Jaron Lanier

    http://www.edge.org/3rd_culture/lanier06/lanier06_index.html

    E uma discussão semelhante no CFGIGOLO sobre o Jornalista Paulo Amorim: http://www.cfgigolo.com/archives/2007/05/conversa_fiada.html

  12. Caros,

    Na minha opinião, o editor deve ser mantido para o bem geral da nação internet.

    Do jeito que a coisa anda hoje, a falta de confiabilidade da internet vai causar sua decadência.

    Não estou falando de textos mal escritos, com erros grosseiros de grafia, etc. Estou falando de confiabilidade e qualidade.

    Qualquer um coloca o que quer na internet e vários assumem como verdade. E vários aprendem errado com isso. E aprender o errado é a pior coisa que existe.

    É como uma enciclopédia com diversas mentiras em suas páginas? Você a utilizaria para estudar? É como um jornal ou revista que divulga boatos alarmantes. Você leria ou confiaria nesse jornal?

    Enfim, toda liberdade é boa. Se bem utilizada, constrói. Mas temos que tomar cuidado para a liberdade não virar anarquia, não virar bagunça, e perder a função.

  13. Excelente tema e excelente artigo.

    Acho que não podemos generalizar. Tipo, morte aos editores e viva a anarquia. Cada cenário (mesmo na web) vai ditar a necessidade ou não de um editor.

    Um exemplo, utilizar o Wikipedia como referência em trabalhos acadêmicos é totalmente repudiado. Não é aceito. Por que? Porque não é considerado um conteúdo sério, bem desenvolvido, confiável. Eu mesmo já tive vários problemas com o Wikipedia devido a sua natureza mutável e desorganizada.

    Conteúdos não controlados, naturalmente serão valorizados pelo público. Quem é blogueiro e escreve muito mal, com certeza não será popular. Já blogs (como o Webinsider) que possui um grande número de excelentes profissionais, e na maioria escrevem muito bem e com muita propriedade são reconhecidos e visitados pelo público.

  14. Muito bom artigo, sem dúvida este é um tópico delicado. Acredito que o profissional qualificado para editar o conteúdo seja importantíssimo, mas isso entra em conflito com uma das bases da nova internet: colocar o usuário no controle.

    Realmente, se o YouTube tivesse um editor, muitos processos judiciais seriam evitados, mas o site não teria nem uma parcela dos adeptos que tem hoje. Os usuários se sentiriam censurados pelos editores.

    Como disse o Cadu, essa é a graça da coisa. Quando a pessoa publica um conteúdo no YouTube – ou em outro site do gênero – é como se um pedaço da internet pertencesse a ela. Agora essa pessoa pode falar para os amigos: Tá vendo isso? EU que fiz!

    É uma utopia, onde todos podem se expressar sem limites. A idéia é muito bonita, mas a prática vai em direção ao caos… Complicado.

  15. Acredito que o editor continua – e continuará – sendo útil, ainda, e por muito tempo. Mesmo que em termos de web. Os usuários da internet selecionam o que querem ler. O leitor quer informação de qualidade. E nada como um texto polido pra satisfazer isso. Em revistas, jornais e meios não eletrônicos, ele continua tendo papel fundamental – e há quem se engane que ninguém mais lê impressos nesse país. Calma, editores: nem tudo está perdido.

  16. Ainda que o editor seja vital para a profissionalização de um texto sua figura acaba limitando o que o que chegará ao público.

    Nunca teremos editores suficientes para ler, corrgiir e filtrar aquilo que é útil ou não ao leitor mesmo porque isto deve ser feito pelo próprio.

    Cabe a cada um saber selecionar, seja por que é bem redigido, engraçado ou informativo.

    O interessante da WEB 2.0 é o surgimento do prossumer e como em qualquer negócio, aqueles que não tem qualidade, não sobreviverão.

  17. Obvio que para um livro existe a necessidade de um editor, pois as pessoas estao comprando isso, e querem um padrao que ja estao habituadas, a internet eh o contrario, as pessoas estao habituadas a este meio diverso, sem meias palavras, sem necessidade de cortes politicamente incorretos, pra evitar perdas com vendas, na internet o que prevalece é a opiniao verdadeira sem mascaras ou enfeites na maioria dos casos.

  18. O motivo pelo qual eu não publicaria meu livro direto em meu blog é porque eu preciso da figura de um editor, é ele que faz meu amadorismo funcionar, e me faz escrever textos mais densos e coerentes.

    Faltou ele dizer que isso é importante para que o livro dele venda. E essa é a principal diferença.

    Vocês acham que um livro recheado de erros de grafia, concordância e outras normas da língua, seja ela qual for, poderia fazer sucesso, se tornar best-seller (embora eu acredite que, na maioria das vezes, isso é jogada de marketing)?

    Na web, o conteúdo gerado pelo usuário é gratuito: os vídeos do YouTube, as notícias no Digg, os textos dos blogs, e por aí vai. E é aí que está a graça da coisa.

    Imaginem editores controlando os vídeos do YouTube? Provavelmente muitas batalhas judiciais teriam sido evitadas. Será que a Daniela Cicarelli teria conseguido ficar tão exposta na mídia?

    No Digg, os próprios usuários são os editores. Ainda assim, eles ajudaram a promover o código de proteção que permite a quebra de DRM do Blue-Ray e HD-DVD.

    E os blogs? O que dizer deles? Provavelmente, a Bruna Surfistinha ainda estaria trabalhando na esquina. Filme pornô dela só se ela filmasse e mandasse pro PornoTube. Ainda assim ela seria uma mera desconhecida.

    Enfim, na Web, os editores somos nós. Nós fazemos a web. Nós publicamos, nós controlamos, nós fazemos praticamente tudo. É só nos dar as ferramentas para tal.

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