A diferença entre analista de sistemas e de negócios

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Este texto é sobre a diferença entre analista de sistemas e analista de negócios (sem contar com a função analista programador, da qual não concordo).

Ao participar em uma consultoria para melhoria de processos de controle interno e administração em uma empresa da área médica, presenciei um acontecimento muito sintomático para exemplificar as atuações nos campos de análise de negócios e análise de sistemas.

Segue em resumo a conversa entre três atores da vida real: um coordenador de TI (contratante de um sistema), uma analista de sistemas (contratada do sistema a ser desenvolvido) e uma coordenadora de marketing (na baia de trabalho ao lado).

O coordenador e o analista discutem os requisitos e funcionalidades para uma parte de um sistema e repetem:

– Isso! Assim vai ficar ótimo.

A coordenadora, que escutava a conversa na baia ao lado (e que para o bem da empresa era intrometida), disse:

– Assim não vai funcionar, pois os médicos não vão usar desta forma por este e aquele motivo.

Nesta história a coordenadora agiu como a analista do negócio – pois conhece como os processos acontecem realmente e tem o domínio do negócio. Essa é a diferença entre analista de negócios e analista de sistemas.

Sou da área de TI, mas infelizmente é grande o número de profissionais que acreditam saber tudo e não lançam mão de analistas de negócios dentro da própria empresa para conhecimento e melhoria do que está sendo desenvolvido.

Analista de sistemas deve saber as melhores práticas de desenvolvimento, conhecer técnicas de desenvolvimento e levantamento de requisitos, mas não precisa conhecer de todos os ramos e nichos de mercado. Isso é para o (a) analista de negócio.

Na empresa deste caso existe um sistema cheio de problemas nos processos de negócios, pois foi usada a figura do analista programador. O resultado: os erros do programador estão sendo descobertos pelo cliente, pois a análise do criador na criação parece que não foi imparcial. Será que alguém acredita que existe análise imparcial nestes casos?

Será que existe engenheiro pedreiro? Por outro lado, muitos pedreiros chegaram a ser engenheiros.

Um bom programador pode e deve se tornar um analista e vai ajudar muito os programadores. Mas nada garante também que um bom programador será um bom analista e vice-versa, assim como nada garante que um bom vendedor de loja será um bom gerente.

Minha opinião neste assunto não é, e nem pretende ser, a única e a verdadeira. Não espero que ninguém concorde comigo e todas as críticas são bem-vindas e serão respondidas. Os comentários dos leitores da Webinsider são importantes e ajudam a melhorar e aprender mais com os leitores. Abraços a todos e até o próximo artigo. [Webinsider]

.

Ricardo Veríssimo (ricardo@rverissimo.com.br), é escritor, palestrante e presidente da RVeríssimo Suporte e Tecnologia. Membro do Conselho de Jovens Empresários da Firjan e da rede de empreendimentos Iniciativa Jovem. Autor do livro "20 Regras de Sucesso do Pequeno Empreendedor".

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29 respostas

  1. Concordo com você em relação ao analista programador. O Analista de Sistemas tem que ser também parcial, entender do negócio. Ele entendendo fica mais prático para fazer a análise e chegar numa solução.

  2. Olá, pessoal.
    Bom, estou estágiando como técnica em informática e fico mais na parte administrativa da empresa (TI). Provavelmente, quando for contratada serei Analista de Negócios. Gostaria de saber de vcs que são mais experientes qual a função de um analista de negócios. O que realmente uma analista de negócios faz para atuar na area. Li os comentários acima mais ainda fiquei em dúvida. Como é meu primeiro trabalho fico meio perdida.
    Desde já agradeço pela atenção.
    Ficarei no aguardo de resposta.
    Atenciosamente,

  3. Ótimo artigo, o Ricardo Veríssimo está de Parabéns! Sou graduado em Administração de Empresas e trabalho em uma empresa de soluções em TI para o mercado de Previdência Complementar.

    Trabalho com mapeamento e modelagem de processos, utilizando a metodologia BPM, além de apoiar no levantamentos dos processos para a implantação do sistema(ERP. Acredito que nesta função, atuo como analista de négocio, visto que trago a arquitetura dos processos organizacionais para o entendimento do alista, para que este desenvolva as rotinas do sistema, além disto, trago o ponto de vista do usuário e do gestor da entidade, o que acho muito importante para o sucesso da operação, principalmente em mercados cheios de especificidades.

  4. Realmente, hoje, está existindo uma prática com distorções de funções,fazendo uso do efeito de hallo, ou seja, o profissional que tem conhecimento em uma área se intitula como profissional de área semelhante e é isso que não pode acontecer. Você voaria em um avião pilotado por um exceloente motorista que não possui um brevê e habilidades suficientes para pilotr um avião? O analista de sistema deve ter conhecimento e habilidades que possa ouvir a pessoa com o conhecimento de sua área de negócios,e consiga mapear, redesenhar e modelar os processos de negócios daquela área de negócios em questão para apresentar um fluxo de trabalho de forma sistêmico, eliminando as rupturas e gargalos, deixando o sistema de forma que possa ser executado pelos responsávewis pelos processos.

  5. Excelente artigo!

    Me esclareceu completamente sobre as principais diferenças entre um Analista de Sistemas e um Analista de Negócios.

    Foi extremamente produtivo para mim neste momento.

    Obrigado,
    Atenciosamente.

  6. Acredito e concordo com o seu texto…

    o que precisamos é botar na cabeça dos empresários que assim como uma farmácia precisa de um farmaceutico, uma empresa por mais que seja uma micro precisa de um analista ou um administrador.

  7. Prezados,

    Percebi os diversos comentários sobre as questões relacionadas entre as profissões, ao meu ver, entendo que a tempos ocorreu uma mudança em questões hierarquicas, alguns devem saber que para chegar a ser ANALISTA era preciso não só um diploma mais sim experiência e tempo de profissão. Hoje o mercado esta totalmente prostituido e deturpado em relação as funções. Eu já presenciei Gerentes exercendo funções de analistas sem dar oportunidade do próprio analista exercer sua função. Como já presenciei guerras entre áreas TI X NEGÓCIOS, TI X MKT, ENGENHARIA X MKT…, acredito que o pior é ver pessoas que acreditam ser donas das empresas onde atuam e estas em busca de aparecer mais que devem. ( SE UM GERENTE CONTRATA UM ANALISTA, PARA QUE ESTE MESMO O FAZ SE NÃO O DEIXA EXERCER SUA FUNÇÃO, OU O PODA EM TODOS OS PROCESSOS ) SE O CARA TEM MEDO NÃO GERENCIA, SEJA ANALISTA!
    Acredito que o problema é não saber ouvir e escutar!, e entender a equação do erro – sendo o (planejado – realizado = erro), ou seja, a equipe faz melhor que o poder centralizado.

  8. Infelizmente a profissão de analista de negócios está deturpada em várias empresas, profissionais se escondem neste rótulo e não conhecem nem o negócio nem sistemas, portanto somente enganam atraves do conhecimento de teorias de metodologias.
    Criou-se uma nova função o enganador de sistemas senior.

  9. Boa Noite.

    Ai pessoal sou programador, mas recebi uma oportunidade para trabalhar como analista de negócio, eles me falaram q seria melhor, por que eu iria atender ambas as partes…

    o que voces acha disso?

  10. Pessoal, sei que escrevi demais já, mas gostaria de deixar uma provocação, uma pergunta.
    Também acho que não deve existir o Engenheiro Civil Pedreiro nem o Analista programador.
    Mas o que dizer do Engenheiro Civil Mestre de Obras?? Será que o Analista de Sistemas precisa mesmo ser o gerente do projeto de implementação dos sistemas? Pois são trabalhos de naturezas distintas, um mais elaborativo e criativo e o outro mais gerencial…
    Fica aí pra todos pensarem…
    Abraços.

  11. Interessante como esse assunto se mantem atual, li uma matéria de 2002 na Insight Informal que dizia a diferença de Analista de Sistemas e Analista de Negócios e como estava caminando para isso e hoje percebo que é assim desse jeito.

  12. Também estou meio fora de campo pelo mesmo motivo da Lucila, existe alguma confusão por parte dos gestores quanto ao que esperar de cada um dos profissionais descritos.
    Principalmente porque muitas empresas ainda se consideram implicitamente em estado de transição, mesmo que não haja clareza quanto ao motivo das mudanças, ou dos objetivos a atingir.
    Segundo me lembro, dentre os atributos do Analista de Sistemas estariam os conhecimentos relativos ao que se descreve hoje como sendo do Analista de Negócios; ou seja, existe alguma sobreposição. Mas, isso acarreta algum grau de especialização, assim o Analista de Sistemas acabaria dedicado a um determinado ramo de negócio, conforme o cliente. Imagino que a criação da função de Analista de Negócios tenha como objetivo uma maior especialização, assim o Analista de Sistemas (que vem absorvendo as funções do programador em muitas empresas) ficaria com a parte mais técnica (trabalhando como terceirizado), enquanto o Analista de Negócios ficaria encarregado de ter uma visão mais ampla, amarrado ao ramo de atividade do cliente.
    Acho que isso ajuda a esclarecer a questão.

  13. Atuo na área desde dezembro/1989 (geração mainframe).

    Estou, hoje, fora do mercado de trabalho graças a essa confusão de cargos e funções.

    Primeiro lugar é necessário saber a diferença entre CONHECIMENTO e EXPERIÊNCIA.

    É lógico que precisamos ter o CONHECIMENTO geral dos assuntos, pois todas essas funções tem um objetivo comum e para poder atingí-lo é necessário o trabalho em grupo.

    Essa falta de definição das funções se dá em função das empresas ter como objetivo o menor custo, assim exigem um super dotado, ou seja , o conhece tudo, faz tudo, operacionalmente existe difença entre analista de sistemas, programador, analista de negócios, analista de processos, analista de suporte técnico, analista de banco de dados e asim por diante.

    As próprias nomenclaturas das funções mostram a diferença, sem contar que existe, inclusive, diferença no nível de escolaridade.
    O analista de sistemas, pelo menos teóricamente, deve ter o nível superior, ser bacharel, ao passo que o programador é nível técnico. Esse é apenas um exemplo, mas isso também vale para as outras funções, ou seja algumas dessas funções citadas é necesário a formação nível superior (faculdade), enquanto outras é nível técnico (segundo grau com nível técnico).

    Infelizmente, essa confusão de cargos/funções é um dos problemas que estou tendo para o rtorno ao mercado de trabalho.
    Exigir EXPERIÊNCIA em manutenção de hardware, linguagem de programação, CMMI, entre outras para analista de Processos?

    Por mais que o Analista de sistemas se disponha efetuar levantamentos, será que é feito da mesma forma como é feito pelo analista de processos/O&m?
    Falam muito em analista de negócios, mas, insisto na bagunça que está o mercado, que grande parte, eu diria quase 90% das vagas de analista de negócios tem como exigência EXPERIÊNCIA na área comercial.

    Estou fazendo MBA em Tecnoclogia da Informação e pretendo ter como tema da minha monografia exatamente isso: A Unificação de Cargos e Funções na Informática.

    Desculpem por ter falado tanto, é que trata-se um assunto de meu interesse.

  14. Sou aluno de graduação em Sistemas de Informação e esse tema é pauta de discussão freqüente nas aulas e nos intervalos. Minha opinião é a seguinte:

    O principal insumo de qualquer organização moderna, independente do setor, é a informação. Por isso acredito que deva existir uma equiparação da área de TI, em termos de importância estratégica, com todas as outras áreas administrativas.

    Seguindo essa linha, fica muito difícil definir os limites entre: Administradores / Analistas de Negócios / Analistas de Sistemas / Analistas Programadores / Programadores.

    De uma forma muito simplista, poderiamos até propor que na camada de conhecimento das organizações, entre a camada Estratégica/Gerencial e a camada Operacional, exista uma escala entre um perfil totalmente técnico e um perfil totalmente orientado a negócios. Nos extremos dessa escala teriamos as especializações, tanto em TI como em negócios.

    As vezes parece que desejamos encontrar o ponto central dessa escala, para onde convergem ou onde se originam todas as dúvidas, uma espécie de elo perdido entre TI e Administração.

    Na verdade não existe um ponto ou sequer limites claramente definidos que nos permitam definir responsabilidades no processo de planejamento de um software. É uma lacuna repleta de riscos para os profissionais que pretendem ocupá-la, uma vez que poucos projetos e empresas são capazes de sustentar esse profissional. Além disso, termos como Consultor ou Analista estão muito desgastados e muitas vezes servem para definir um profissional que não faz, não manda e não ensina.

    Acredito numa abordagem mais orientada a desafios (ad hoc), onde o gestor do projeto deva procurar identificar, de um lado, os técnicos com maior capacidade de abstração e capacitá-los para discutir os processos do negócio, algo muito simples ou até banal para quem domina lógica, algoritmos e orientação a objetos, do outro lado, o do cliente, identificar os administradores mais metódicos e sistemáticos para discutir os requisitos da solução.

    Nesse processo de coalização de áreas, acredito que nós, profissionais oriundos das áreas de tecnologia, estejamos na dianteira, podendo conquistar cada vez mais espaço nas organizações, basta abrirmos a nossa mente.

    Disculpem por ter me extendido no comentário… acho que me empolguei…. []s.

  15. Caro Eloy,

    Creio que seja nesse ponto que entra o GTI (Gestor da Tecnologia da Informação), pois ele é o responsavél por obter toda e qualquer informação da qual um Administrador precisa para tomar decisões, bem como, o Anaslita para projetar e implementar um sistema.

  16. Boa tarde Pessoal!

    Realmente esta é uma discussão que ainda vai render muito…..a pergunta é, quem faz o que?
    Neste universo de profissionais de TI onde encontramos técnicos, analista de sistemas, analistas de infra-estrutura, programadores, gerentes de TI, e por ai vai…..Acho que a grande deficiência esta na formação destes profissionais, hoje em dia há uma precupação muito grande com o T e um esquecimento do I de INFORMAÇÃO que na minha opinião é o mais importante, claro que o analista de sistema tem que ter um conhecimento sobre linguagens de programação, redes, hardware mas também as regras de negócio são imprecindíveis, uma vez que as dados que serão tratados pelos seus SIs vão incidir de forma direta sobre os resultados dos negócios de quem contratou os serviçõs de TI. É importante lembrar também que o trabalho do analista em algumas empresas é muito difícil porque nem sempre consegue obter as informações valiosas sobre o funcionamento daquilo que necessita ser informatizado pela resistência de alguns profissionais que acham que com a chegada da tecnologia vão perder seus postos.
    Penso que o déficit maior esta na formação do profissional de TI mesmo, hoje ele não é capaz de compreender e interpretar os processos e desenvolve o sistema de dentro para fora, ou seja, sem compreender a necessidade do maior interessado que é o usuário de sistemas de informação.

  17. A questão imposta sobre analista de sistemas e negocios incrivel, mais como dito, analista de negocios poderia ser chamado de um interprete sim, ja que ele faz a comunicação falando assim entre as partes envolvidas.

    Porem podemos retirar desde artigo outra pergunta, O analista de negocio interpreta(), O analista de sistema mostra para o programador como fazer, e utiliza de metodologias para isso, e o programador executa tudo, cria os codigos, interfaces, etc…. pois bem!

    Agora vai a pergunta para todos, se nos os programadores temos que executar , fazer, então pq encontramos muitas vagas em sites conhecidos(APINFO) e muitas empresas reconhecida nesse meio pedindo o seguinte cargo, Analista de Sistemas com conhecimento em C#,Java, PHP, e uma infinidade de tecnologias que nos programadores deverias saber, e a ponto de muitas vagas de analista de sistemas não pedirem nenhum conhecimento em metodologias e afins.

    Será que tudo isso é por falta de conhecimento dos contratantes em não saber quem faz o que… ou simplesmente achar que vai pagar menos e ter uma pessoa que saiba tudo.. não minha opinião vc pode até ter pessoas com esse conhecimentos mais não terá uma eficiência e eficácia com qualidade….. o que vcs acham???

  18. Olá Ricardo, tudo bem?

    Coloquei uma resposta ao seu artigo no meu blog, link na URL.

    Fazendo um resumo: acho que a função de analista de negócios é só um outro nome para o velho Analista de O & M. O ideal, no meu modo de entender, é um desenvolvimento mais próximo do usuário (ou dos diversos tipos de usuário), pois nem sempre o tal analista vai saber, exatamente, o que precisa ser feito. E um profissional desses pode deixar a empresa em uma situação crítica, pois ele possui um conhecimento-chave para o funcionamento da empresa.

    Abraços

  19. Pois é Gustavo, com a competição acirrada a maneira com a qual uma empresa conduz seus processos faz uma enorme diferença, infelizmente não é comum encontrar empresas que ao menos tenham os processos mapeados, e como o que não se mede, não se gerencia, vão fazendo alterações ad hoc e os sistemas vão de arrasto.

    O fornecedor de TI pode até oferecer um serviço que não envolva a análise de negócios, mas assumirá o risco de confiá-la ao cliente. Alguns clientes são excelentes, alguns não sabem para onde vão, por isso grande parte da nota fiscal está indo para o item consultoria.

  20. O ponto central não seria a falta de entendimento dos contratantes tem quando contratam um serviço de TI?
    Acho importante lembrar que o dinamismo dos negócios, sobretudo na área de tecnologia, é o motor do capitalismo atual. Ganha quem vê uma situação e identifica nela futuras oportunidades e antigos defeitos, justamente o analista de negócios, figura chave nos dias de hoje.

  21. Muito bom Lucas, gostei do tradutor, ocorre que está ficando tão comum haver dificuldades de tradução que muitas empresas estão oficializando a função de analista de negócios e deixando ele incumbido tanto de melhorar o processo que será suportado pelo sistema quanto por efetuar a engenharia de requisitos utilizando casos de uso, diagramas de classes (só com propriedades, sem métodos) e máquina de estados.

    Hoje em dia os analistas de sistemas possuem um bocado de coisas para se preocupar do ponto de vista do como implementar e os que eu conheço ficam gratos em poder começar a trabalhar a partir da documentação gerada pelo analista de negócios uma vez que os requisitos estão estáveis.

    O trabalho deles não é pouco e já começa na criação do diagrama de seqüência dos casos de uso para começar a colocar os métodos nos seus devidos lugares.

  22. O ponto central da discussão é que os melhores sistemas são feitos por Analistas de Sistemas e programadores flexíveis o suficiente para aceitar sugestões e Analistas de Negócios hábeis o suficiente para conhecer o negócio alvo (mercado, público, produto) e com capacidade de se comunicar de forma eficiente para perceber eventuais resistências.

    Já me envolvi em projetos aonde o dono da empresa sabia muito sobre seu nicho mas não conseguia se comunicar com o programador, que continuava desenvolvendo rotinas estrambólicas que ninguém usava. Ali meu papel era Analista de Negócio, conhecendo melhor o mercado e o público alvo e sabendo a linguagem do dia-a-dia do programador para poder explicar para ele o que o diretor queria.

    Foi ali que descobri que comunicação (e PNL como instrumento) eram essenciais para o sucesso do projeto. E hoje coloco como pré-requisito autonomia e deixo claro os riscos que a falta de flexibilidade das partes podem trazer para o projeto. Analista de negócio podia se chamar também de tradutor-intérprete informatiquês / negociês (e haja vocabulário…)
    =)

  23. Pois é, essa discussão é antiga na construção civil e parece que vai longe em TI também.

    Evidentemente ninguém é melhor do que ninguém nessa cadeia de trabalho estruturada para termos bons sistemas.

    Ocorre que precisamos admitir que existem diferentes funções e que cada uma delas deve ser efetuada com excelência.

    Eu acredito na cadeia: Analista de negócios de TI, analista de sistemas e programador, acredito tanto que vivo disso.

    Essa cadeia é análoga ao conceito de trabalho em equipe:

    ?conjunto ou grupo de pessoas com habilidades complementares, comprometidas umas com as outras pela missão comum, objetivos comuns (obtidos pela negociação entre os atores sociais envolvidos) e
    um plano de trabalho bem definido?

    Os nomes das funções que utilizamos em TI são estereótipos que servem para definir claramente o escopo de cada uma dessas pessoas com habilidades complementares que estão comprometidas umas com as outras pela missão comum.

    Seus colegas não possuem habilidades complementares e não estão comprometidas uns com os outros pela missão comum? Então seu problema é outro (e mais grave).

  24. Também tem uma coisa, as empresas contratam pessoal de TI achando que tudo é a mesma coisa, desenvolvimento, infra-estrutura, negócios. Sem contar que o funcionário tem que saber tudo de tudo além de falar 15 idiomas, saber sobre negócios e topar tudo por R$ 1.000.

  25. O artigo estabelece uma espécie de nível evolutivo:

    Programador -> Analista de Sistemas -> Coordenador -> Analista de Negócios -> Gerente -> Diretor

    Como se fosse normal todo mundo se tornar diretor um dia.

    Nem todos foram feitos para fazer, para mandar ou para ensinar, calma eu explico.

    Um programador vai fazer de fato o trabalho real, ou seja, o código o software. Os analistas vão ensinar a fazer e o restante do pessoal vai mandar fazer.

    Algumas pessoas gostam de fazer a vida inteira e ganham muito bem por isso, outras de ensinar e outras de mandar. Mas são profissionais diferentes, não superiores ou inferiores uns aos outros.

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