O futuro da comunicação? Google quer que seja dele

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O futuro da comunicação é um assunto constantemente discutido pelo mercado e vem sempre à tona em blogs, sites especializados, seminários ou em encontros profissionais casuais. Cada um tem uma teoria, uma análise, um pensamento e uma opinião. Certos ou errados, pouco importa, pois só o tempo dirá quem tem a razão.

O interessante é que não há verdades ou mentiras. Na matemática, 2 + 2 = 4. Na comunicação, a resposta pode ser 1, 2, 3, 4, 5… Não há uma resposta exata.

Todas são discussões válidas. Sempre é bom saber como os anunciantes, veículos e agências vêem a comunicação e claro que cada um quer puxar a ?sardinha para o seu lado?. Há divergências nas opiniões, o que ajuda a enriquecer as diversas teorias da comunicação e marketing existentes até hoje, presentes em livros, artigos, sites, aulas, palestras e seminários.

Assim, gostaria de lançar mais uma entre as diversas já existentes.

O futuro da comunicação, na minha modesta opinião, será muito simples. Anunciantes e agências hoje possuem uma gama extensa de mídias (TV, rádio, outdoor, web, revistas…) representados por diversos veículos, separados por editoras, sites, emissoras e exibidoras de mídia.

Os profissionais de mídia têm diversos números para analisar, veículos e executivos para negociar, custos, análises de custo por mídia, custo por um, GRPs e TRPs, sempre com o objetivo de fazer ?mais por menos?, ou seja, mais impactos por menos dinheiro do anunciante.

No futuro ? e não muito distante ? os profissionais poderão olhar apenas para uma empresa e ter a certeza de que a sua campanha será um sucesso: para o Google, especificamente.

Veículos vão se adaptar ao sistema do gigante da web e tê-lo com um “parceiro necessário”.

Não é de hoje que aponto em meu blog que o Google tende a ser o grande centralizador da mídia online. Links patrocinados hoje representam apenas uma das inúmeras ferramentas da empresa. Amanhã este tipo de anúncio será apenas mais um dos recursos para as campanhas dos anunciantes impactarem o consumidor onde quer que ele esteja.

Diariamente temos notícias de quanto o Google está se movimentando. Seja comprando uma empresa de marketing digital como a Doubleclick, lançando novas ferramentas ou se preparando para ser uma empresa que comercializa mídia em jornais, rádio e TV. Ou ainda uma nova investida: a comercialização de um outdoor diferente, que conectado à internet exibiria anúncios de lojas locais.

A venda de espaço para os varejistas seria feita através da internet – seguindo o mesmo modelo que hoje o Google oferece a quem anuncia nos sites do serviço Adsense, o que demonstra a clara idéia do Google em expandir sua receita publicitária para além da internet.

A empresa já prepara também investimentos em outras mídias digitais como mobile marketing e games. As redes sociais que possui ? Orkut e YouTube – estão começando agora a comercializar publicidade, mas ainda com os links. O YouTube já tem canal patrocinado onde o anunciante pode colocar seu comercial de TV na home do site. Espera-se em breve novas formas de propaganda em toda a rede Google.

Com todas essas aquisições e investidas em áreas fora do digital, volto a afirmar que na minha modesta teoria o futuro da comunicação está cada vez mais fácil, alinhando aos conceitos de segmentação, regionalização e mercado de nichos. Bastará aos profissionais de mídia avaliarem sua verba e praça e ver quais ferramentas do Google se adequam à marca do seu cliente. Depois é negociar com o Google os famosos descontos e analisar os resultados – claro que com as métricas do Google, como o Google Analytics. [Webinsider]

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Felipe Morais é diretor da FM Consultoria em Planejamento. Coordenador do MBA de Marketing Digital e do MBA de Gestão de Ecommerce da Impacta. Autor do livro Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva).

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8 respostas

  1. Eu acredito que o futuro da comunicação vai ser extremamente simplista pois irá comunicar o que realmente um produto é!!!

    Acredito que a divulgação de um produto estará diretamente ligado à experiência obtida no consumo deste, seja na publicação imediata em algum meio virtual ou na transmissão pessoal para uma pessoa próxima!

    Sim, voltaremos aos anos XV onde a venda de produtos e serviços estará diretamente ligada às suas relações pessoais e não mais ao modelo de consumo de uma figura midiática, como um ator ou personalidade famosa!

    Ainda não chegamos a este patamar, mas um dia valerá mais as fotos no facebook de uma trip de um amigo seu com um Jipe Japonês do que o Neymar andando de Gol!

  2. Pingback: De olho no futuro: O que esperar da comunicação nos próximos anos? | Web diálogos | Comunicação Digital
  3. só quero que leiam dinovo o comentário do kleber acima. é vcs que respondem aqui, que conseguem analisar as falhas do google, poderão criar o concorrente em 10 anos. eu ajudo pensar em grupo. só não tenho dinheiro!

  4. Acredito que o maior concorrente do Google é o seu próprio modelo. Inovar em tudo e manter o que existe é extremamente difícil.

    Temos que assumir a possibilidade de coisas como links patrocinados simplesmente não funcionarem mais. Temos que ver o que a próxima geração fará com eles, no meu caso, ignoro completamente pois confio mais na ferramenta de indexação do que nos anúncios pagos.

    Eu já estou treinado para ignorar aqueles anúncios, e a próxima geração poderá ignorar ainda mais facilmente (usa os mesmos recursos do cérebro que o videogame usa).

    Todos aqui sabem que simplesmente aumentar a intensidade do estímulo não garante aumento na resposta, por isso eles estão se aproximando a mídia, digamos, tradicional.

    Quanto ao monopólio, existe uma regra do estudo do poder (John Kenneth Galbraith) que diz que para todo poder que se estabelece, estabelece-se naturalmente outro poder, de igual força, mas sentido contrário. Esse poder de sentido contrário pode estar centralizado ou na soma de diversos esforços. É por isso que até hoje ninguém conseguiu dominar o mundo todo ao mesmo tempo.

    Algo muito simples que pode assassinar o Google é simplesmente cansarmos dele, cansarmos de ter algo o tempo todo nos analisando e nos sugerindo o que comprar, mesmo que sutilmente. Está mais para a antropologia responder.

    Acho que acreditar que o Google vai dominar tudo é igual a acreditar, nos anos 30 que Josef Stalin era imortal, bem plausível na época, mas completamente impossível.

    Aposto que em cinco anos (2013) estaremos falando de outra empresa que surgiu com algo que não havíamos pensado ainda e que deixará até os caras do Google de cabelo em pé.

    É claro que a estratégia do Google é muito mais complexa e sutil, este vídeo da ZDNET dá uma ótima visão do que eles pretendem, mas você nota que a base de tudo é bem comum, e se ela falhar, tudo vai junto:

    http://news.zdnet.com/2422-13569_22-153779.html

  5. Já estão falando da poluição visual provocada pelas outdoors, imaginem quando surgirem os banners físicos, hehehe. Acho que a tendência é a comunicação pessoal, particular, definida por perfis do usuário.
    Vale a reflexão e a preocupação com o monopólio da Google.

  6. Realmente o futuro da comunicação será o Google e suas ferramentas. E essa história do banner físico ligado a internet que exibirá anúncios de diversas lojas é bem interessante, num futuro bem próximo poderá ocorrer isso.

  7. Teoria interessante e plausível, como muitas outras.
    Mas realmente o Google está investindo pesado na aquisição de meios de comunicação. Apesar de gostar muito dos seus serviços e constatemente utilizá-los de forma integrada, me pergunto se tudo não caminha para um monopólio.

    Hoje o Yahoo é um competidor forte, mas por quanto tempo conseguirão manter essa disputa?

    Competição é bom e eleva a qualidade dos serviços, espro que o google cresça, e muito. Mas que seus competidores também o acompanhem, e que novos cimpetidores surjam, com idéias inovadoras para apimentar ainda mais o mercado.

    Quando a possibilidade de outdoor com anúncios diversos vindos direto da internet…fantástico!

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