Errando na mosca: quando o outro não entende nada

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Idéia inovadores, que promovem quebra de valores e revoluções na vida das pessoas comuns, costumam sofrer, num primeiro momento, a reação de um ceticismo que pode ser assustador. Mais que alinhar a mente ao vetor da criatividade, buscando sempre novas idéias, é fundamental também aprimorá-las e, principalmente, encontrar argumentações fortes para defendê-las.

A razão dessa reatividade? A zona de conforto e o medo de mudanças em que todos nós, cedo ou tarde, nos metemos. E o pior: muitas vezes sem percebermos. Aceitar pequenas alterações na nossa forma de pensar e agir já é algo trabalhoso. Que diremos de aceitar grandes mudanças, aquelas capazes de transformar a vida e alterar o ritmo das coisas ao nosso redor. Muitas vezes, quem se deixa levar pela reação ao novo, pode acabar errando na mosca.

?Voar com máquinas mais pesadas do que o ar é inviável e insignificante, se não impossível?. Acredite se quiser, mas tal frase foi pronunciada por um astrônomo famoso à sua época, Simon Newcomb, em 1902.

Harry Warner, um dos Warner Brothers, em 1927 também julgou premeditadamente e errou feio quando perguntou ?quem diabos iria querer ouvir um ator falar?, num momento em que, por pura falta de tecnologia, ainda imperava o cinema mudo.

Thomas Watson, presidente da IBM em 1943, tinha lá suas razões para afirmar que ?no mundo não haveria mercado suficiente para mais que cinco computadores?. Tudo bem… a época era um tanto limitada em se tratando de informática. Mas o que dizer da afirmação de Ken Olsen, presidente da Digital Equipment Corporation, já em 1977: ?Não há qualquer razão para as pessoas terem um computador em casa?.

Em 1962, John, Paul, Ringo e George saíram cabisbaixos da Decca Records, ao ouvirem de um dos seus principais executivos que ?os grupos com guitarras já estavam acabando. Obrigado e passar bem!?. Já imaginou se os Beatles desistissem ali, e cada um procurasse seu canto, para ocupar-se com uma atividade que não lhes rendesse prazer?

Em tempos de I-pod, MP3 players e outras tecnologias, é também no mínimo curioso saber que, em 1808, um dos grandes inventores do mundo subestimou a capacidade de sua própria idéia. Tomas Edison, o ?gênio da lâmpada?, após criar o fonógrafo, deprimiu-se ao constatar que tal aparelho não tinha valor comercial.

Mais do que criar, é preciso acreditar. Mais que acreditar, é fundamental encontrar, ainda hoje, os argumentos que tornam nossas idéias críveis, acelerando a percepção daqueles a quem as submeteremos. Pode ser que, quando estiverem prontos para entendê-las, alguns dias, meses ou anos já tenham se passado. [Webinsider]

.

Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

6 respostas

  1. Uma pena que a maioria dos que deveriam, não tem sequer a percepção de que não conseguem perceber, ignorando até mesmo a possibilidade, quem dirá para o restante.

  2. Muito interessante a matéria Eduardo. Realmente ao percorrer fatos passados, percebemos que antes de certa tecnologia ser implantada, antes gerou grande polêmica, quase desistência por parte dos desenvolvedores. Nós podemos usar como argumentos de convencimento, histórias passadas como as que você contou para afirmarmos nossa idéia, tornando-a mais concreta.

  3. Uma das coisas mais bacanas que li, a cronica acima, pois o criador da TV foi um agricultor americano, que impressionado com a descoberta do rádio na época pensava em emviar filmes através das ondas de rádio. Foi arando com uma junta de boi que teve a idéia de mapear o filme e enviar em frequencia radiofonica estava então inventada a TV. veiculo de maior uso na midia atual. sem falar que até hoje se usa o mesmo sistema.
    Pense, tente, invente sempre terá algo diferente.

  4. Excelente post Eduardo, concordo com tua visão. Nosso time vivenciou isso a cada novo empreendimento que lançamos. O mais novo está vindo aí com uma boa proposta de mudança. O trabalho de encontrar os argumentos que tornam a idéia possível é complexo, mas extremamente estimulante.
    Quando a idéia visa resolver algum grande problema, ou tenta melhorar a vida das pessoas fica mais fácil.

  5. Olá Prof. Eduardo!

    Seu artigo confirma algo muito relevante. Não importa a formação cultural do individuo, ele é um ser pensante. Um caipira da roça as vezes contribui com alguma idéia que nem um profissional do ramo conseguiu ver. Assim, também, um operário na fábrica, etc.
    A boa lição de seu artigo está no fato de que todos somos capazes de idealizar em qualquer ambiente do conhecimento humano. Acreditar numa idéia, expô-la a critica, é uma forma de aperfeiçoa-la e não de inviabilizá-la.

    Vivo isso, sou um criador de idéias. É sensacional!

    abraço.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *