Relacionamento com a marca é bom investimento

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Raciocine comigo: vale a pena gastar milhões de reais com ações de merchandising na televisão, inserindo produtos em cenários que são pura ficção para o telespectador?

Ou até mesmo continuar com aquele velho formato matutino e vespertino nos programas voltados para as donas de casa e adolescentes, geralmente desrespeitando a inteligência do telespectador ao cortar a parte mais legal da matéria no meio para nos impactar e nos vender algo que a gente geralmente não precisa?

A verdade é que para certos públicos esse impacto será negativo para a marca e também para o programa.

Mas como utilizar esta verba na web?

Hoje existem ferramentas que permitem que você descubra onde está o seu consumidor ideal. Permitem também que você conheça seus hábitos de consumo, ao saber o que eles lêem e os sites que visitam. Tudo muito claro.

Quem consome esportes vai aceitar melhor ser impactado pela Nike do que alguém que consome e navega por sites esotéricos ou de receitas culinárias.

A web permite um conhecimento mais profundo do perfil dos seus consumidores, além de proporcionar mais interatividade nessa relação tão delicada marca-consumidor.

Idealmente, o horário comercial, na televisão e em qualquer outro meio, deve ser tratado como um momento sagrado. É o lugar para belas campanhas publicitárias, das que ficam na memória, como aquela da margarina Mila com crianças nuas em Estocolmo, no início dos anos oitenta. Ou as ?carinhas divertidas? de Doriana e as campanhas de verão com muito sol e Tom Jobim criadas pela Coca-Cola. O cãozinho da Cofap e o ?Ah, seu lobo, faz com Cremogema?. Bons tempos da propaganda popular brasileira.

São marcas que nos remetem ao passado, têm perenidade e cheiro de infância.

Hoje, aquela marca que ?não tem preço? até convidou seu público-alvo a contar o que não tem preço para cada um e criou um hotsite para essa integração interativa.

E qual foi o prêmio que ofereceu? Nada demais, apenas o consumidor ter o prazer de se emocionar e emocionar os outros com suas ?histórias reais? que não têm preço. É um bom exemplo de como se comunicar e valorizar seu público-alvo.

A comunicação mundial pode ter mudado na forma, mas não no conteúdo. As pessoas continuam sonhando com valores muito próximos aos da infância, seja a sua infância nos anos cinqüenta, sessenta, noventa ou dois mil.

Hoje o consumidor quer contar suas histórias e a maioria das empresas quer saber. Milhares de hotsites estão sendo criados em busca de aproximação, dessa intimidade. Como consumidora, posso dizer que muitas marcas são íntimas do meu cotidiano, como minha pasta de dente, meu shampoo, meu absorvente e meu requeijão.

Queremos participar, já que a internet possibilitou essa liberdade de escolha para a comunicação e para todos. E então? Sua marca tem mesmo um relacionamento com seu consumidor? [Webinsider]

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Adriana Azevedo (@AdriAzevedo) é jornalista, PR e subeditora do Webinsider.

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7 respostas

  1. Achei sua matéria muito interessante, mas devo dizer que nao concordo 100% com ela. Acho complicado assumir tudo o que você disse sem analisar o cenário , target, produto e resultado que a marca pretende.
    O ideal seria a mescla dos dois mundos. Inclusive essa idéia de que os consumidores agora querem contar suas história é apenas uma maneira que nao diria nova de fazer algo que já foi feito.
    Trabalho em uma grande agencia com grandes marcas e posso dizer que o sucesso total da campanha e das vendas dos clientes da agencia que trabalho se dão exatamente pela mescla bem equilibrada das duas estratégias.

    Parabens pela matéria.
    Abs

  2. Adriana, acredito que vc esteja coberta de razão. As empresas estão perdidas hoje. Procuram uma identidade, procuram uma proximidade. Porém quando não se encontra tendemos a olhar para si, olhamos para dentro e percebemos que os valores internos, tanto do que as empresas querem quanto as pessoas almejam (e querem receber), são iguais. Daí que campanhas até atuais acertam em cheio em conceitos que vão além do seu público, como é o caso da OMO, com o maravilhoso: Se sujar faz bem. Precisamos nos re-inventar, pois no conteúdo estamos evoluindo pouco, já na forma estamos à passos largos.
    Parabéns! Abs.

  3. A interatividade chegou para ficar. E as empresas que não se libertarem dos velhos esquemas da mídia da mãe vão é acabar ficando órfãs.
    Mudar-mudança + integração + intimidade com o consumidor, são algumas das chaves para não perder o rumo na comunicação. E, claro, usar as ferramentas de medição que a web já tem.

  4. Muito boa a matéria! Que saudades daqueles tempos, até hoje ainda canto aquela musiquinha da Cremogema. È a coisa mais gostosa dessa vida…
    Até a próxima.

  5. Ótimo artigo!
    Realmente compensa muito mais, dependendo do tipo de público que se deseja atingir (em especial quando se trata de um nicho específico), que a empresa invista na construção de relacionamentos com seus clientes…
    Dessa forma, o cliente consegue visualizar melhor as reais intenções da empresa e se envolve muito mais a mensagem. Através da interatividade, a relação empresa/público é mais direta, gerando assim mais confiança do cliente em relação à empresa, já que esta se porta de maneira a demonstrar atenção e preocupação para com seu público.

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