Porque ignorar a web 3.0 e apoiar a web 2.0

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O nome web 2.0 criado em cima do conceito de um novo paradigma é repleto de polêmicas, tanto que no meio dos ?entendidos? é preferível falar em mídias sociais e colaboração do que no temido nome, que pode gerar reações de imprevisíveis conseqüências por parte do público ouvinte.

No entanto, sempre defendi e ainda defendo o termo web 2.0, pois ele foi um conceito necessário para que as pessoas que lidam com a internet de alguma maneira (todas as pessoas e de todas profissões praticamente) saibam separar o joio do trigo.

Isso significa para quem trabalha com tecnologia saber que deve se pensar nas pessoas e na simplicidade, enquanto para o mercado significa perceber que os projetos de web devem ser encarados de uma forma diferente, mais aberta à participação das pessoas. Para os profissionais de marketing saberem que banner é uma coisa e ?buzz em blogs? é outra e até para o usuário que acessa para diversão de casa se acostumar a colocar conteúdos na web em vez de só visualiza-los.

Esse termo, apesar da chiadeira, foi importante pois tornou claro e didático um novo paradigma para todos, desde quem programa sites, pertence ao RH das empresas, lidera uma equipe ou simplesmente gosta de por vídeos engraçados no Youtube.

É impressionante quando se explica sobre web 2.0 para algumas pessoas que ainda têm dúvidas e não raramente dizem ?interessante, pena que a maioria das pessoas da minha empresa têm uma cabeça 1.0?. Que legal! Não estamos falando de uma nova moda, mas sim de um novo paradigma que se encaixa perfeitamente no dia-dia da sociedade, das empresas e até da pessoa como individuo.

Mal a polêmica em torno da web 2.0 veio e surgiu a web 3.0 para desespero geral da nação dos amantes de tecnologia e dos que acompanham as tendências da web em geral. Trata-se da web semântica que seria a capacidade de sistemas diferenciarem os sentidos das palavras, um nível a mais na indexação de informação além da palavra simples.

Também ultimamente o termo web 3.0 é associado ao uso de computadores em nuvem, podendo qualquer um gerar um aplicativo na web e pagar centavos de acordo com o seu uso, o que torna acessível criar tecnologias para qualquer um.

Porém, dessa vez o termo realmente é apenas uma modinha desnecessária. Por um simples motivo: a chamada web 3.0 é um novo paradigma tecnológico e não social e de relacionamento entre pessoas, algo que impacta apenas as pessoas de tecnologia de forma significativa.

Ela é o que se chama tecnicamente de ?transparente? para as pessoas comuns que não estão escovando bits. Nesse caso faz mais sentido chamar simplesmente de web semântica e computação descentralizada. Assim, esses dois conceitos serão e já estão sendo de grande impacto para os usuários da web só que ao contrário da web 2.0 ela acontece de forma discreta e quase invísivel.

Em contrapartida, a idéia de web 2.0 precisa ser cada vez mais amadurecida entre todos para aumentar o sucesso de nossos projetos e de nossas tarefas, assim como diminuir os riscos que ela traz pela super-exposição de milhões de pessoas com o microfone na mão.

Portanto, a web 2.0 envolve, em parte, tecnologia. É sua face mais tangível, mas como não devemos julgar o todo pela parte fica para nós a lição que a web 2.0 não é como a web semântica, mas sim um novo paradigma de negócios e comunicação. [Webinsider]

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Diego Monteiro (diego@directlabs.com.br) é consultor de redes sociais da Direct Labs.

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13 respostas

  1. Achei o artigo interessante mas para mim,acho que poderia ser mais aprofundado.Acredito que ele foi mais direcionado para quem já esta dentro do assunto,e é ai onde reside a essência do meu comentário.Estou a fazer um trabalho de pesquisa para a universidade,sobre web 3.0 para as empresas,precisava de informação para o desenvolvimento deste trabalho e estou quase tendo um colapso piis tudo que encontro é apenas superficial.Não sei se alguém me poderia ajudar.Já agora deixo uma parte do enunciado proposto pelo professor,
    Pretende-se com este trabalho que sêja explorada possiveis vantagens para as empresas a quando da chegada da web 3.0,o trabalho deve explicar o conceito de web 3.0 e apresentar pelo menos três exemplos detalhados de aplicações vantajosas para as empresas que aderirem a esse novo negócio.

  2. Não entendi..
    o criador da web está totalmente empenhado no desenvolvimento web semântica e vcs são contra…

    Ou simplesmente por causa da sigla, do termo? (!!!!!!)
    é mais falta do q fazer msmo….

  3. Carla,

    Web semântica se trata dos computadores interpretarem melhor as informações inseridas por nós humanos.

    Assim, o seu exemplo, se trata de uma possibilidade da web 2.0, e não da web semantica

    Diego

  4. Pode ser meio tarde para comentar, mas.. Como assim a Web 3.0 não impacta no dia-a-dia daqueles que não lidam com tecnologia?
    A Web 3.0 é sim revolucionária, e trará possibilidades de mercado que – me arrisco a dizer – ainda não estamos preparados para receber. Imagine-se colocando sua empresa produtora de camisetas em meio á uma conversa de moda? Colocando uma atriz, em um capítulo de novela, usando sua marca de óculos solares?
    É uma potencialidade infinita.

  5. Oi Diego,

    Eu não disse que é para ignorarmos nenhum dos dois conceitos… apenas os melhores nomes (marcas) que devemos usar para cada um. Por isso meu artigo tem mais a ver com o marketing da tecnologia do que a tecnologia em si.

    Abraço

  6. Olá Diego,
    Tudo bem?
    Não quero começar nenhum flame war, nem criticar gratuitamente, mas achei o artigo um pouco parcial demais no aspecto conceitual.
    Ambos são conceitos densos, bastante elaborados e coesos. Não entendo o porquê de ignorar um e privilegiar outro, pois eles não são concorrentes. Mesmo no conceito mais voltado para cloud computing, não acho que seja modinha, aqueles que o defendem tem argumentos sólidos, pois realmente ocorreram mudanças significativas após o surgimento do 2.0. O que ocorre é uma mudança na amplitude da abordagem. Concordando ou não com qualquer um dos termos acho ingenuidade aconselhar as pessoas a ignorar um e privilegiar o outro. Deixe que as pessoas escolham o conceito que elas concordam e o abraçar.

    Abraço do leitor Xará,

  7. Ghad,

    É verdade o termo Web 2.0 se mostrou muito mais forte do que as percepções isoladas de cada estilo de pessoa.

    Tom,

    O meu artigo foi mais para pensar sobre os termos e nomenclaturas do que dizer propriamente o que virá no futuro. Agora na minha visão pessoal e sem muito embasamento para tal, acredito que a maior inteligência que existe é a coletiva (web 2.0), que tem muito mais potencial do que a de computadores da tal web semântica.

    Sandro,

    O uso de firewall é tranparente para o usuário, apesar de muita gente poder trabalhar de casa graças ao firewall da empresa, de muitos usarem uma senha do firewall para acessar a Internet e de entrar nos custos das empresas. Porém, é transparente em comparação com a Web 2.0 que penetra em todas as áreas até na gestão de pessoas.

    Diego,

    Está certo diego, mas acho que o Tom quis dizer nesse sentido… e não na definição exara de inteligencia articial.

    Thiago,

    A idéia do termo Web 2.0 não é criar algo novo ou algo que nunca existiu, mas sim deixar bem claro que temos duas maneiras paradigmas de trabalhar com pessoas e web. Agora se um é velho e outro novo, se os dois são velhos não entra no mérito da questão.

  8. Não gosto do termo web 2.0, vejo isso (em simples palavras) como uma evolução natural, e não como uma nova etapa ou tecnologia que surgiu do nada… muitas coisas que são utilizadas já existiam a tempos! Quanto a Web3.0 irrita ainda mais… claro que é uma questão de opinião como o colega disse, mas sempre irá gerar polêmica… No Youtube um jornalista pergunta sobre web 3.0 ao presidente do Google, e ele responde: Pra mim web 3.0 é um termo que vc acabou de inventar…rsrs. Resumindo, marketing e interesses comerciais acabam sempre se prevalecendo e criando aberrações afim de se promoverem… Abraço a todos

  9. Nova era da inteligencia artificial? Não entendi!
    Pode ate ser que esteja nascendo novos metodos de armazenar e recuperar informações, mas não vejo ligações disso com inteligencia artificial.

  10. Olá Diego, tudo bem?
    Parabéns por este artigo (e pelos outros também, costumo acompanhar as suas publicações).

    Concordo com a necessidade de utilização do termo Web 2.0, por mais controversas e amplas que possam ser suas dimensões. Precisamos pontuar este períodos de mudança histórica com nomes pois isso nos ajuda a entender melhos os fenômenos de mudança, não só na internet, mas em tudo o que vira história (Ex.: Idade da Pedra, Período Jurássico etc).

    Mas discordo de vc quando diz que o conceito de Web 3.0 é transparente pra quem não escova bits. Mais especificamente me relação ao cloud computing, é um tipo de mudança q pode impactar e muito o dia-a-dia das pessoas. Não usar office? Não pagar pelo pacote (ou comprar um cdzinho no camelô)? Ao invés disso pagar alguns centavos (ou nada – https://buzzword.acrobat.com)…

    Isso não é transparente para o usuário comum, e principalmente para as empresas. E se isso impacta no bolso das pessoas, há consequências sociais envolvidas…

    Bom, acho que é isso.

    Parabéns novamente e um abraço!

    Sandro Salles

  11. Gostei do artigo, fala bem de como o termo web 2.0 é bem interessante para os profissionais, seja na forma de diferenciar profissionais sérios ou para ver o quão esses profissionais se mostram xiitas.

    Muitas vezes vi brigas enormes devido a utilização do termo por fileiras que se dividiam basicamente em:

    1. Os verdadeiros que não aceitavam um nome tão comercial, os puros e originais que adoravam dizer que esse nome (web 2.0) apenas servia para definir algo que eles já faziam a tempos.

    2. Os descoladões, que defendiam o uso e reforçavam suas fileiras com a safra dos últimos cinco anos que tivemos na web, orkut, youtube, até mesmo conceitos visuais de simplicidade.

    No fim das contas o termo pegou, embora muitos puristas o odeiem, não é um termo que consiga ser derrotado agora.

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