Marketing de produto: quando o produto falha

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Desenvolvendo produtos de ponta, empresas de know-how disparam no mercado produtos que geram retorno financeiro e uma sequência de acertos.

Outras vezes o tiro sai pela culatra, alterando todo o trabalho de marketing de produto e consequentemente deixando a desejar não somente a marca, mas mudando o foco inicial, que é vender qualidade e imparcialidade da marca.

Será mesmo que a qualidade está caminhando em paralelo nesta corrida frenética ao consumidor final?

Todos os dias nossas escolhas se multiplicam em diversos segmentos: alimentos, higiene pessoal, diversão e tecnologia. Somos expostos e direcionados a incontáveis escolhas e o que nos resta é o discernimento.

Na disputa pela preferência, focar e saber conduzir são as palavras de ordem de uma empresa preocupada em manter consumidores, fidelizar clientes e aproximar fregueses.

Para algumas marcas, lançar produtos está explicitamente ligado a testar a paciência e o bom senso de todos; infelizmente observamos que testar o cliente significa tê-lo como aliado.

É preciso dosar a medida no que diz respeito ao desejo x valor percebido. Não devemos esquecer que produto, preço, promoção e praça são mais que conceitos, são suportes que fazem parte de uma estrutura bem fundada.

Essa corrida desenfreada em busca de liderança, carrega não apenas erros primários, mas inaceitáveis.

Um exemplo é a Apple que recentemente lançou o iPhone 4. Em um dia foram vendidos 1 milhão e meio de aparelhos e com eles uma enxurrada de reclamações questionando e provando a ineficiência de sinal e outros recursos tecnológicos do aparelho.

Tendo em vista tal fato, uma resposta da assessoria foi lançada, mas ainda com certas ressalvas:

“Segurar qualquer telefone celular vai resultar em uma diminuição da performance da antena. Certos lugares serão piores que outros, dependendo da distribuição das antenas. Esse é um fato que ocorre em qualquer telefone wireless. Se o seu iPhone 4 está passando por isso, evite segurá-lo na parte de baixo da ponta inferior, de uma forma que cubra os dois lados da faixa branca de metal, ou simplesmente use uma das muitas capinhas disponíveis.”
(Resposta enviada ao site Engadget)

Mas com essa intensidade? Além do mais, um telefone deveria funcionar bem com ou sem capinha, não é mesmo? Se isso de fato é um problema depende se o dono está disposto a segurá-lo de outra forma e nunca usar a mão esquerda. O que deve ser bem chato, principalmente se você gastou 300 dólares somente no aparelho.

Erro de estratégia é o mínimo que podemos citar como problemática. Uma marca consolidada não testa seu produto no mercado, isso é fato.

Este talvez seja um bom exemplo a ser discutido: marca x consumidor. Existe aí uma barreira intransponível que fica clara na medida em que acordamos e nos deparamos com inúmeras opções, mas poucas de retorno. [Webinsider]

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Daniela Maimone (danielamaimone@gmail.com) é publicitária, escritora e fotógrafa. Mantém o blog Vivendoja e o Twitter @dani_publica. Confira seu portfolio.

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3 respostas

  1. Indepente de produto, é sempre bom esperar passar a primeira leva. Onde e em que condições foram feitos os testes dos IPhones nessa leva de mão de obra barata (e desqualificada)? Nas felizes fabricas chinesas? O ponto aqui não é defendar ou atacar a Apple, mas analisar a industria. Alguem se recorda do Ford Pinto, que foi vendido nos EUA e que em caso de colisão traseira jogava gasolina nos passageiros e vários morreram queimados? Não é de hoje que isso ocorre. Senhores, Apple, Microsoft, Ford GM, Pfizer ou Bayer, todos são empresas, todas prezam o lucro e nenhuma delas é sua mãe para te querer bem. Acordem!

  2. Daniela,

    Não podemos ter outro tipo de conclusão? Ao invés de “assumir” o erro e rebater a crítica de uma meia-duzia que sempre reclama dos seus produtos, a Apple com o prestígio que tem, preferiu explicar a limitação da técnologia – a que todos os celulares estão expostos.

    Pelo que sei o tal problema só acontece onde o sinal é realmente ruim e a recepção do iPhone – mesmo com o problema – é superior aos demais aparelhos.

    Talvez assumir que o aparelho tivesse realmente uma falha técnica prejudicaria ainda mais a imagem da empresa.

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