Web 2.0 política: vamos eliminar os intermediários?

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Feito por nós pra nós mesmos, eliminação de intermediários, construção do conhecimento por colaboração e as demais características que foram introduzidas pela web colaborativa têm reflexos diretos na forma como vemos a representação política indireta.

É chegada a hora de repensarmos o modelo atual de representação indireta levada a cabo pelos políticos.

Da mesma forma que praticamente eliminamos a necessidade de especialista dicionarista para elaboração de um dicionário mundial, a Wikipedia, com a construção colaborativa, seremos capazes de começar o processo de enfraquecimento e quiçá chegar a eliminação da necessidade de representantes políticos indiretos.

Realmente necessitamos de representantes intermediários para decidir todas as grandes questões por nós?

Hoje já somos capazes de decidir determinadas questões pelo voto direto, sem que haja atravessadores para nos representar.

Temos condições, por colaboração, de indicar propostas, seja por iniciativa popular ou outras formas criadas por nós mesmos, e pautar o que deve ser levado à votação.

Temos como propor plebiscitos e referendos sem políticos intermediários e, da mesma forma, votar diretamente essas propostas, ampliando a participação direta.

É o momento de decidirmos nosso futuro de forma mais direta.

Devemos, a exemplo de outros países, praticar o voto diretamente pela internet.

Há algumas iniciativas nesse sentido, inclusive no Brasil:

Governo lidera na Estônia em primeira eleição ampla pela Internet no mundo (Folha Online de 4/3/2007).

Os curitibanos podem votar em iniciativas de cunho popular através da internet (Parana Online de 25/7.2010).

Outras notícias são anunciadas como esperança de que ocorram com mais frequência em futuro próximo:

Canadá pode ter eleições pela internet em 2013
(Parana Online de 25/7/2010).

Essas iniciativas tecnológicas, contudo, ainda sequer colocam em cheque a representação política indireta. A temática suplanta a mera tecnologia e invade questões culturais, existênciais e de confiabilidade.

A “cultura política brasileira” ainda exige que se compareça pessoalmente em ambiente controlado por instituição com credibilidade para votar. Imagine se cada um de nós pudéssemos votar e comprovar para terceiros interessados, no momento do voto, em quem estamos realmente votando. O brasileiro está preparado culturalmente para auto representar-se?

O ser humano naturalmente precisa visualizar outro semelhante como representante?

Qual será a instituição com credibilidade para propor e chancelar esse ambiente virtual?

A tecnologia existente é suficientemente madura de forma atender aos requisitos e tornar esse ambiente controlado virtual necessário uma realidade?

Queremos propor as questões a serem decididas e decidi-las sem os atravessadores. É relativamente fácil compreender a defesa da representação política da forma que se apresenta. É muito mais fácil exigir a contrapartida dos poucos representantes políticos patrocinados que de todos os representados – que somos nós – a sociedade.

Web 2.0 nas eleições já: o proposto por nós, decidido por nós e eliminação desses representantes políticos. Ganhamos nós, a sociedade. [Webinsider]

…………………………

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<strong>Daniel Filho</strong> é analista de sistemas e gerente do Projeto Portal da Justiça Eleitoral. Mais no <strong><a href="http://www.linkedin.com/in/daniellopesfilho" rel="externo">Linkedin</strong></a>.

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9 respostas

  1. Sidinei,

    Realmente viver também é administrar problemas.
    A outra opção sem problemas, é não viver.
    Com problemas e tudo o mais, a sociedade do conhecimento está progredindo.
    O quanto antes, creio, introduzirmos essa discussão na sociedade, mais chance teremos de quebrar a representação indireta como hoje se apresenta.

    Abraços,

    Daniel

  2. COMO SERIA BOM REALMENTE UMA SOCIEDADE FRANCA E LIBERAL EM TUDO, MAS SABEMOS QUE ISSO NÃO É POSSIVEL PELO MENOS NO ESTGIO ATUAL DA CIVILIZAÇÃO.
    PORQUE? VEJA BEM PRECISAMOS DE MULHER SÓ AI JA TEMOS UM PROBLEMA.
    SEGUNDO MULHER PRECISA DE HOMEM AI TA O PROBLEMA MAIOR.
    DEPOIS VEM …. TU NÃO VAI SAIR HOJE, TU NÃO VAI AO CHOPINHO ETC ETC.
    SE NO BASICO O HOMEM NÃO SE RESOLVE COMO PRETENDES TORNAR A SOCIEDADE BEM ABERTA.
    OLHA PARA O RIO DE JANEIRO. SO NA PORRADA.

  3. Luiz,

    Eu quero acreditar na sociedade e na força de uma suposta maioria com bons propósitos. Torço para que estejamos corretos em nossas análises. Como saber? Colocando à prova. Em algum momento da, espero, evolução, estaremos preparados.
    Creio que devemos introduzir essa discussão com muito mais frequência e torná-la factível.

    Abraços,

    Daniel

  4. A discussão é interessante e válida, quanto ao fato de poder haver corrupção do sistema é tão provável quanto o sistema atual, onde a intervenção sobre a vontade do indivíduo já ocorre. Mas na verdade, em princípio, a descentralização do poder de voto pode dificultar essa intervenção, já que este não estará mais nas mãos de dezenas ou centenas, como nas assembléias e câmaras legislativas, e sim nas mãos de milhares ou milhões de cidadãos engajados em cada causa.

  5. Por isso recomenda a liberdade X que elimine o dinheiro, os politicos e os partidos, assim jamais alguem pode comprar o próximo e a sociedade se governa sozinha a base de uma democracia de verdade.

    Faça vc tb um X pela liberdade:
    http://www.liberdadex.net

    o futuro já começou, agora sim temos uma alternativa.

  6. O voto pela internet como vem sendo implementado, realmente é realmente temerário, exatamente pelas razões que o Aurélio realça.

    A questão supera as discussões tecnológicas.

    Fico contente em saber que há várias iniciativas no sentido de que o sistema de representação seja quebrado, mas reconheço que a tarefa é árdua.

    Precisamos por esse assunto à discussão em grande escala.

    Abraços e sempre avante…

    Daniel

  7. O voto pela internet, em um país como o Brasil, teria duas consequencias:

    1 – Compra de voto. O eleitor recebe dinheiro e consegue provar ao candidato que votou nele (basta um cabo eleitoral ao lado).

    2 – Voto sob pressão – Um funcionário público, por exemplo, ter que votar na frente do chefe.

    Fico imaginando a felicidade de milícias e traficantes podendo controlar os votos nas áreas sob sua influência.

  8. Parabens por trazer este assunto novamente a discussao.

    O amigo Helder Ribeiro propõe como solução a Democracia Líquida:
    http://helderribeiro.net/?p=180

    Ele também iniciou este projeto(Me parece estar paralizado):
    http://trac.meuparlamento.org/

    Em referência ao conhecido projeto americano:
    http://www.opencongress.org/

    Em seguida aparece o projeto Vote na Web da empresa WebCitizens:
    http://votenaweb.com.br/
    http://www.webcitizen.com.br/

    A base tecnologica está montada, precisamos permiter a inclusao digital para que todos possam participar e tornar real uma democracia mais participativa.

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