Ideias longas vão mais longe do que grandes ideias

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Nós, brasileiros, sempre nos gabamos da nossa criatividade e das nossas grandes ideias. No último festival de Cannes, em que o Brasil teve uma performance ruim em cyber, a GoViral parece ter trazido em uma apresentação a dica do que mudou: não são as grandes ideias que interessam, são as “ideias longas”.

O exemplo mais óbvio é o Nike+: uma plataforma digital que entrega o posicionamento da marca em um relacionamento de longo prazo com o consumidor em que a propaganda não é uma interrupção, mas algo de valor para o usuário.

Fundamentada em pesquisas e dados concretos, a GoViral demonstrou que o impacto de uma ação aumenta muito depois de um certo tempo de campanha. Aqui já não funcionam os hotsites lindos em que o usuário faz uma única experiência, compartilha e pronto. É preciso criar uma plataforma que se desenvolve, que evolui, que se adapta à resposta do consumidor, que conta uma história longa e passa a fazer parte da vida das pessoas.

Para se adaptar a esta realidade, as agências não podem mais investir somente em excelentes criativos, precisa também investir muito em gente que entenda profundamente de tecnologia e em uma operação muito redonda e muito sólida.

Uma grande ideia, com a duração de dois meses, pode até funcionar mesmo com uma gestão capenga, com um escopo mal definido, “na raça”, como se diz. Ou ainda, pode ser desenvolvida de maneira rigorosa, seguindo cada passo das etapas tradicionais – conceito, escopo, wireframe, layout, desenvolvimento, QA, pronto, próxima ideia.

Mas uma ideia longa, baseada em uma plataforma e com sofisticação técnica, como foram os melhores exemplos de long ideas que ganharam prêmios este ano em Cannes, precisa de um time de gestão de projetos que saiba liderar um time de bons desenvolvedores, usar metodologias ágeis que permitam uma rápida e segura adaptação a mudanças e que incentivem a inovação.

Não se pode trabalhar em uma ideia que se prolongue com sucesso por mais de um ano tentando prever tudo que vai acontecer antecipadamente, é preciso trabalhar como uma startup: com ondas rápidas de lançamentos e uma grande capacidade de ouvir os usuários e corrigir a rota para melhorar os resultados.

Mais do que nunca, se queremos continuar competitivos no mercado global de publicidade digital, precisamos ir além da nossa criatividade incrível e alcançarmos também operações impecáveis, e aí não tem sacadinha de última hora que nos salve. [Webinsider]

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Gilberto Jr (gilbertojr@gmail.com) tem experiência no mercado digital como designer de produtos, fundador de duas startups, gerente de projetos em agências digitais e gerente de produto no Scup. Agora procura um novo desafio. Veja mais no Linkedin.

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