Big Data: a informação e o seu alto valor estratégico

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Grandes volumes de dados são gerados diariamente por smartphones, sensores, câmeras de vídeo, medidores inteligentes e outros dispositivos conectados, somados à vasta quantidade de informações oriundas de fontes tradicionais.  Essa “avalanche de dados” representa uma possível mina de ouro em insights, mas um novo estudo encomendado pela Cisco revela que os profissionais de TI têm o desafio de extrair valor estratégico de seus dados.

O Cisco® Connected World Technology Report (CCWTR) entrevistou profissionais de TI em 18 países, incluindo o Brasil, para analisar a prontidão de TI, os desafios, as lacunas de tecnologia e o valor estratégico da implantação de projetos de Big Data.

Enquanto a maioria das empresas coleta, armazena e analisa dados, o relatório revela que muitas enfrentam os desafios de negócios e de TI do Big Data. Por exemplo, enquanto 60% dos entrevistados globalmente concordaram que o Big Data auxiliará na melhoria da tomada de decisões e aumentará sua competitividade, somente 28% relataram gerar atualmente valor estratégico a partir de seus dados.

Principais descobertas do Cisco Connected World Technology Report 2012 (CCWTR)

Big Data, grande potencial, grande prioridade

O Big Data pode proporcionar vantagem competitiva àqueles que puderem tirar proveito dos dados de maneiras novas e criativas.

  • Mundialmente, 60% dos entrevistados na pesquisa disseram acreditar que o Big Data pode ajudar negócios e países a melhorar a tomada de decisão e a competitividade global, sendo que os entrevistados na China (90%), México (85%), Índia (82%), Brasil (79%) e Argentina (78%) são os que mais confiam nos benefícios dos projetos Big Data.
  • Mais de dois terços dos gerentes de TI concordam que o Big Data será uma prioridade estratégica para suas empresas em 2013 e nos próximos cinco anos. As porcentagens mais altas foram encontradas na Argentina (89%), China (86%), Índia (83%), México e Polônia (ambos 78%). No Brasil foi de 76%.
  • O que é necessário? 38% no mundo e 32% no Brasil disseram que, mesmo tendo uma solução Big Data, eles ainda precisam de um plano estratégico para aproveitar o Big Data.

Obstáculos à obtenção de insights e à realização de valor

Os gerentes de TI indicaram diversos obstáculos à adoção das soluções Big Data: a segurança é a primeira da lista, seguida por orçamento e pessoal.

  • Mundialmente, mais de um em cada quatro entrevistados (27%) disseram que a segurança de dados e a gestão de risco são uma grande preocupação. Eles citaram o enorme volume de dados, as diversas formas de acessá-los e a falta de orçamento para segurança como as razões mais importantes pelas quais a segurança dos dados em projetos de Big Data é um desafio tão grande.
  • As preocupações com segurança predominaram na China (45%), Índia (41%), EUA (36%) e Brasil (33%).
  • Em conjunto, a falta de orçamento (16%) e a falta de tempo para estudar o Big Data (14%) são citadas por um terço dos entrevistados como seus principais obstáculos.
  • Quase um em cada quatro (23%) apontou a falta de pessoal de TI (13%) ou pessoal com experiência em Big Data (10%) como os principais problemas, especialmente no Japão (31%) e Brasil (30%).

Espera-se que o Big Data estimule investimentos em TI

Mais da metade dos entrevistados da área de TI crê que o Big Data afetará o aumento dos orçamentos de TI de suas organizações, tanto agora quanto no futuro, devido às exigências de tecnologia, pessoal e experiência.

  • Mais da metade dos entrevistados espera que as estratégias de Big Data aumentem seus orçamentos de TI em 2013.
  • Cerca de três em cada cinco (57%) disseram que o Big Data aumentará seus orçamentos nos próximos três anos. Esta é a opinião de 73% dos profissionais de TI entrevistados nos Brasil.
  • Mais de quatro em cada cinco entrevistados (81% globalmente e 87% no Brasil) disseram que todos ou alguns projetos Big Data exigirão capacidades de computação em nuvem.
  • Assim, a adoção da nuvem poderá afetar a taxa de adoção – e os benefícios – dos esforços de Big Data.
  • Cerca de metade dos gerentes de TI (48%) estimou que as cargas de suas redes dobrarão nos próximos dois anos, especialmente os entrevistados na China (68%) e Alemanha (60%). No Brasil, 42% compartilham a mesma opinião.
  • Aproximadamente um em quatro (23%) espera que as cargas de suas redes tripliquem nos próximos dois anos. Expectativa para 32% dos entrevistados no Brasil.
  • Somente dois em cada cinco entrevistados (40%) relataram estar prontos para um aumento no tráfego de rede.  No Brasil 33% dos entrevistados têm esta percepção.
  • Mais de um em cada quatro (27%) disseram que precisarão de melhores políticas de TI e medidas de segurança. Entre os brasileiros, 42% compartilham desta mesma opinião.
  • Mais de um em cada cinco (21% no mundo e 18% no Brasil) disseram que precisarão de mais banda.

Impacto em TI

O Big Data expande o papel da TI: mais estratégico, mais parcerias

O Big Data oferece à área de TI uma oportunidade de agregar valor e criar parcerias mais fortes nas linhas de negócios que ajudam nos resultados e no aumento da receita. Os projetos de Big Data podem ajudar a oferecer oportunidades para que o departamento de TI se torne um parceiro mais estratégico em suas organizações.

  • Como esperado, três em cada quatro entrevistados (73% no mundo e 76% no Brasil) disseram que o departamento de tecnologia de informação promoverá sua estratégia de Big Data.  No entanto, os entrevistados da pesquisa nos 18 países informaram que outras linhas de negócios também se juntarão à área de TI na liderança de Big Data, incluindo: Finanças (24%), Pesquisa e Desenvolvimento (20%), Operações (20%), Engenharia (19%), Marketing (15%) e Vendas (14%).

Big Data e pessoal de TI

Muitas empresas estão descobrindo que os projetos de Big Data precisam incluir múltiplas linhas de negócios, o que exige novos níveis de colaboração interempresarial. E, ainda que a tecnologia seja importante para as soluções Big Data, é necessário encontrar pessoas com o conjunto de habilidades especiais e com criatividade para imaginar e realizar o potencial pleno dos dados. É cada vez mais necessário que mais profissionais de TI sejam treinados nessa área especializada: por exemplo, os “cientistas de dados” que transformam dados brutos em informações que levam à descoberta e aos Insights, que informam o que descobriram de formas criativas e visuais e que sugerem o impacto sobre o negócio.

  • Quase um em cada quatro gerentes de TI no mundo (22%) disse que os projetos de Big Data afetarão de maneira significativa seu pessoal de TI e mais da metade (56%) disse que o Big Data terá no mínimo algum impacto.
  • Quando perguntados se estavam pessoalmente prontos para aproveitar as oportunidades de Big Data, 35% sentiram-se incondicionalmente prontos, 36% expressaram sua prontidão, mas achavam que as tecnologias e soluções eram deficientes, e um em cada quatro (24%) não se sentia nem um pouco preparado.

Data in Motion: nova fonte de dados leva a novas oportunidades

Um importante, porém amplamente inexplorado tipo de dado é o dado gerado por dispositivos, sensores e vídeo, que nos permite tomar ações em tempo real que geram valor, até então impossível de se capturar: o que é chamado pela Cisco de Data in Motion. A rede pode fornecer informações contextuais úteis para o Data in Motion, tais como a localização, a identidade e a presença de uma pessoa ou dispositivo (quer estejam “disponíveis” ou não). Esses dados podem ser usados por aplicativos na tomada de decisões ou ações que sejam imediatamente relevantes ou até mesmo na previsão de eventos futuros. A comunicação máquina-a- máquina (machine-to-machine) na automatização de fábricas é um exemplo de onde o Data in Motion pode ser extremamente valioso na otimização de um processo de produção. De acordo com o Cisco Visual Networking Index Global Mobile Data Traffic Forecast for 2012 to 2017, haverá mais de 1,7 bilhão de conexões máquina-a-máquina em 2017.

  • 73% dos entrevistados global e 85% no Brasil planejam incluir os dados dos sensores digitais, medidores inteligentes, vídeos e outros “dispositivos inteligentes” não tradicionais de suas redes em seus planos de Big Data.
  • A adoção ainda está em estágio inicial: Mundialmente, somente um terço dos entrevistados na pesquisa (33%) tem um plano em vigor para aproveitar essas novas fontes de dados.
  • As exceções são China (64%), Índia (59%) e Argentina (50%), onde os gerentes de TI relataram que suas empresas já implantaram planos para o uso dessas novas fontes de dados. O percentual no Brasil é de 39%.

O dilúvio de dados: de onde vêm todos os dados?

Muitos tipos de informações são coletadas e/ou usadas atualmente, incluindo tanto dados estruturados quanto não estruturados.

Os entrevistados na pesquisa citaram as fontes de dados abaixo como as mais comuns para suas empresas:

  1. 74% no mundo e 81% no Brasil estão coletando dados atuais.
  2. 55% no mundo e 66% no Brasil coletaram dados históricos.
  3. 48% no mundo e 44% coletam dados de monitores e sensores.
  4. 40% aproveitam dados em tempo real, que são usados e depois descartados. Os países com os mais altos usos de dados em tempo real foram: Índia (62%), EUA (60%) e Argentina (58%). No Brasil somente 35% aproveitam dados em tempo real, que são usados e depois descartados.
  5. 32% no mundo e 28% no Brasil estão coletando dados não estruturados, tais como vídeo. Com 56%, a China encontra-se muito acima da média global de coleta de dados não estruturados.

Sobre o estudo

Terceiro em uma série anual, o 2012 Cisco Connected World Technology Report, foi encomendado pela Cisco e realizado pela InsightExpress, empresa independente de pesquisa de mercado baseada nos Estados Unidos. O estudo global é composto por duas pesquisas: a primeira, que se concentra em estudantes universitários e trabalhadores com idades entre 18 e 30 anos, e a segunda, com foco nos profissionais de TI. Cada pesquisa inclui 100 entrevistados de cada um dos seguintes 18 países: Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, Argentina, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Rússia, Polônia, Turquia, África do Sul, Índia, China, Japão, Coreia do Sul e Austrália.

Estudo da Geração Y

O primeiro estudo no 2012 Cisco Connected World Technology Report (CCWTR) descobriu que 90% dos entrevistados da Geração Y no mundo disseram procurar frequentemente por atualizações de e-mail, mensagens e sites de mídia social em seus smartphones antes de saírem da cama. O relatório examina como a Geração Y usa a internet e os dispositivos móveis para se conectar com o mundo à sua volta e com os enormes volumes de dados gerados diariamente por smartphones, sensores, câmeras de vídeo, monitores e outros dispositivos conectados. [Webinsider]

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Vicente Tardin (vtardin@webinsider.com.br) é jornalista e criador do Webinsider. É editor experiente, consultor de conteúdo e especialista em gestão de conteúdo para portais e projetos online.

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