O marketing é assunto muito presente em nossas discussões e faz parte de quase todos os aspectos da nossa vida profissional.
O marketing também rege muitas relações profissionais e mesmo pessoais – é como se cada um de nós tivesse um marqueteiro dentro de si. Todos desejamos ou necessitamos algo, investigamos o mercado, temos poder de persuasão e ferramentas discursivas para conseguir convencer quem está conversando conosco.
Separamos alguns filmes e documentários que falam sobre isso. Alguns de maneira mais informativa ou até panfletária, outros de forma mais cômica e divertida, mas todos são ótimos para refletir sobre a importância do marketing.
Eles podem ser encontrados na televisão por assinatura da Net, no Net Now, em canais de filmes (TNT, Warner, Telecine, HBO, etc), no Netflix e no YouTube.
Do que as mulheres gostam
Dirigido por Nancy Meyers, o filme conta a história de Nick (Mel Gibson), um homem extremamente machista que após um acidente doméstico adquire o poder de ouvir os pensamentos das mulheres.
Inicialmente chocado com o teor dos pensamentos que escuta, o personagem de Mel Gibson então faz uso desse poder para estabelecer melhor relação com sua chefe e se dar bem com as mulheres. E acaba mudando ao mesmo tempo, para melhor.
Na era do marketing 3.0 é imprescindível ouvir o cliente e considerar ele em todos os seus aspectos, inclusive o emocional e espiritual. E é exatamente isso que o personagem de Mel Gibson faz: escuta, analisa os desejos e necessidades de quem ele quer atingir e estabelece um relacionamento melhor.
O marketing da loucura: somos todos insanos?
O documentário questiona a parceria entre a indústria farmacêutica e a psiquiatria.
E critica o fato da psicologia rotular o comportamento humano e afirmar que problemas do dia a dia podem ser, na verdade, algum tipo de transtorno e devem ser tratados com medicamento.
Faz parecer, de fato, que somos todos insanos.
Com direção e roteiro do psiquiatra húngaro Dr. Thomas Szasz o documentário mostra o marketing sendo usado para persuadir, com a venda como único objetivo, o que pode ser danoso para o consumidor.
Obrigado por fumar
“Se você argumentar bem, nunca estará errado”. Essa é a fala de Nick Naylor (Aaron Eckhart) no filme “Obrigado por fumar”.
A comédia de Jason Reitman explora a história de um porta-voz representante da indústria de cigarros e dos discursos e debates que ele participa em defesa ao cigarro.
O poder de persuasão do protagonista para conseguir vender o produto é inegável.
No entanto, ele passa por um problema ético justamente pelo mau uso de seu poder de convencimento, voltado para vender um produto prejudicial ao consumidor.
Muito loucos (Crazy people) – 1990
Crazy People também entra nessa questão ética. Foi dirigido por Tony Bill e nos apresenta a história do publicitário Emory Leeson (Dudley Moore) que, após a morte da esposa, resolve fazer campanhas publicitárias que mostrem a verdade dos produtos.
Seu chefe Charles F. Drucker (J.T. Walsh) veta a ideia, obviamente. No entanto, por um engano, o material é impresso e veiculado. E a campanha é um sucesso!
O marketing envolve a venda, mas vai além dela quando pensa também no consumidor.
O marketing 1.0 tinha o objetivo somente de vender, mas hoje procuramos uma forma de vender um produto que além de gerar lucro, deve satisfazer o cliente e ser social e ambientalmente responsável em todos os sentidos. Não é pouco.
The greatest movie ever sold
Dirigido por Morgan Spurlock, The Greatest Movie Ever Sold satiriza o mercado publicitário e a política de financiamento de filmes.
Morgan tenta convencer marcas a patrocinar seu filme e a partir daí coloca em discussão a política do marketing cultural.
O filme, chamado de “o Inception dos documentários”, tem bastante foco no marketing indireto e mostra como as marcas colocam, de maneira sutil, seus produtos nas composições midiáticas.
1,99 – Um supermercado que vende palavra
Marcelo Masagão critica neste longa-metragem a sociedade de consumo.
A história acontece em um mercado onde pessoas compram palavras, frases e slogans.
A necessidade de compra vai além de produtos e chega a habitar o campo dos desejos, da qualidade de vida e da personalidade.
A produção nacional analisa a forma como o marketing pode implantar necessidades nas pessoas.
E que os produtos não são somente produtos, mas representações de uma filosofia que é vendida junto com eles.
Art & Copy
O documentário Art & Copy foi lançado em 2009 pelo diretor Doug Pray e tem a indústria publicitária dos EUA como tema.
O documentário traz entrevistas com profissionais que foram visionários culturais e revolucionaram a propaganda e criaram slogans geniais e anúncios que todos reconhecem.
Abre uma janela na história da publicidade, propõe uma discussão sobre o processo criativo e identifica os elementos essenciais que podem transformar uma ideia original em um fenômeno global.
Vale a pena conhecer e se inspirar nas ideias de criadores e de campanhas que entraram na história. [Webinsider]
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