A educação é o efeito borboleta transformador

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A educação 'o efeito borboleta trabnsformador

A educação é o efeito borboleta transformadorAlgo tão leve e sutil como um simples bater de asas de uma borboleta no Brasil pode desencadear um tufão no Texas.

É o “efeito borboleta”, que se refere a uma dependência sensível às condições iniciais dentro da teoria do caos.

Foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz, para uso na previsão do tempo, mas com os anos tornou-se uma metáfora usada na ciência e fora dela. Pequenas causas podem produzir grandes efeitos.

Segundo a “Teoria do Caos”, um evento determinado pode ter consequências imprevisíveis no que se refere a fenômenos naturais, como um tsunami, por exemplo.

Assim, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e talvez provocar um tufão do outro lado do mundo.

Essa pequena curiosidade serve de introdução às próximas palavras que virão, de modo a comparar o que a “educação” pode fazer na vida de quem mergulha fundo em suas águas. Abrir um livro, folheá-lo, lê-lo, já irá causar neste indivíduo um tufão de sensações, emoções e conhecimentos.

Evoluir e transformar

É pela educação e somente por ela que todos podem ser transformados. O “ir” à reflexão gera mudanças profundas e irreparáveis. Nunca mais a pessoa será a mesma que um dia foi.

A educação é o efeito borboleta transformador
Diagrama da trajetória do sistema de Lorenz para determinados valores. O efeito borboleta ou a dependência sensitiva de condições iniciais é a propriedade de um sistema dinâmico que se expande arbitrariamente.

A educação consiste em transformar pessoas por meio de conhecimentos teóricos e práticos, permitindo que os indivíduos que dela se apossam desenvolvam suas habilidades e competências, tornem-se autônomos e indivíduos ativos e atuantes na sociedade; cidadãos prontos para a sociedade.

Aquisição de conhecimentos gera autonomia e liberdade e quando alguém a experimenta pela primeira vez nunca mais conseguirá voltar atrás. O conhecimento já foi adquirido. O velho mundo ficou no passado. A partir de agora, tudo é novo, tudo é diferente. A mudança realmente aconteceu e foi efetiva.

Suas reflexões serão mais críticas, construtivas; sua práxis agora inclui mais responsabilidade ética.

A vida em sociedade

Toda ação educativa perpassa por alguns caminhos para se conseguir chegar no objetivo almejado. Quando nos conscientizamos do nosso papel enquanto cidadãos atuantes no meio que vivemos, conseguimos por em prática os trabalhos planejados. Sabemos da importância que temos na sociedade enquanto cidadãos que precisam valer seus direitos, mas reconhecer também que precisamos cumprir com nossos deveres.

Esse processo educativo, de aquisição do saber, não pode ser chato, metódico, superficial, autoritário. Requer alegria, dinamismo, disposição, compreensão, respeito ao que antes se sabia, diálogo, respeito com o tempo para a absorção e assimilação dos novos conteúdos.

Não é uma transferência de conhecimentos, mas uma construção do saber dia após dia, uma compreensão e também o reconhecimento que ninguém sabe tudo; todos somos seres inacabados e assim sempre seremos. Estamos todos, o tempo todo em processo de desenvolvimento.

Pedagogia

Na área da educação, a Pedagogia é a ciência que estuda métodos, técnicas, estratégias e princípios para o processo do ensino-aprendizagem e é, portanto, o pedagogo o profissional capacitado para interagir com os seres humanos quando o assunto é educacional.

Recebeu formação acadêmica para isso. A ele é atribuída à capacidade de se relacionar com os demais e ser ponte para que também a comunicação entre todos seja efetiva.

A partir disso podemos acreditar que a educação é realmente a chave para o sucesso, uma vez que a mediação do saber está sendo executada por um professor com habilidades motivacionais e relacionais, porque este profissional não ensina apenas conteúdos de apostilas, ele vai sempre além.

Prática docente

Outro ponto importante no desempenho do saber e que contribui para o sucesso efetivo e não podemos deixar de fora é a prática docente.

Ela não pode ser alienada nem alienante. O professor precisa ter bom senso. Humildade para reconhecer que não sabe tudo. Reconhecer que o educando também trás consigo informações que recebeu no decorrer de sua vida.

Aprender a dialogar com seus discentes, tanto porque o trabalho do educador deve ser junto com o trabalho de seus alunos. O professor sozinho não se basta, não consegue trabalhar, pois ele necessita do aluno para a realização de seus projetos, suas aulas.

Na verdade, um precisa do outro. Um não existe sem o outro. Deve ser um conjunto; trabalho em equipe. Na prática docente, a alteridade vale mais e engrandece os resultados. Vale lembrar ainda que a coerência deve ser outro ponto chave da práxis docente; coerência no que diz e no que faz.

Capacidade de transformação

Por fim, é fato que a educação forma e transforma. Estamos no mundo e precisamos ser indivíduos detentores de direitos e deveres para a efetiva compreensão de que somos seres históricos com capacidade para conhecer o mundo e intervir nele com ética e respeito por si mesmo e pelo outro.

Assim nos tornamos pessoas com atitudes e ideias que, por mais que não sejam as mesmas de outra pessoa, terão, darão e receberão o respeito.

Assim nos tornamos pessoas por inteiro, integralmente, prontas para agir e interferir na sociedade, que pode colaborar para a construção de um mundo mais humano e melhor, novo e renovado, sem ter que usar as outras pessoas como escada, pois será capaz de desenvolver um bom trabalho e conquistar seu espaço, mostrando suas potencialidades.

O mundo, a sociedade e o mercado de trabalho estão cada vez mais exigentes e o quadro de exigências só aumenta, com os tsunamis da globalização, da economia e da tecnologia.

Só se destaca quem está preparado, quem tem criatividade, quem sabe trabalhar em equipe, quem é dinâmico e autônomo. Muitas vezes temos dificuldades de desenvolver tais habilidades, às vezes por falta de estímulo, e isso acaba nos tornando egoístas, egocêntricos e narcisistas.

Nesse quadro encaixam-se os pedagogos, que têm a tarefa de fazer com que esses indivíduos desenvolvam estas habilidades e competências, a fim de alcançar resultados positivos, agregando valores éticos e morais, alavancando um ao outro pela motivação e bem estar, com mudanças de postura, comportamentos e visão de mundo.

Referências bibliográficas

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo. 43º Ed. Paz e Terra, 2011.

TIBA, Içami. Pais e Educadores de Alta Performance. São Paulo. 2ª Ed. Ed. Integrale, 2011.

BOIMARE, Serge. Crianças impedidas de pensar. São Paulo. Paulinas, 2011.

[Webinsider]

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Leia também:

http://br74.teste.website/~webins22/2016/07/09/educacao-distancia-reforca-bases-do-conhecimento/

Cíntia Oliveira de Souza Pires é coordenadora pedagógica e Docente Universitária .

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2 respostas

  1. Parabéns professora Cíntia muito significativo para os futuros pedagogos esse artigo. Trazendo consigo a reflexão da importância da leitura e a formação do indivíduo, fortalecendo o papel exencial do educador.

  2. Professora Cíntia, maravilhoso sua matéria. A educação é a chave para o sucesso profissional e transformação da sociedade. Percebi que para as pessoas o Ter é mais importante do que o Ser.

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