As práticas de redação da realidade hiperconectada

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as práticas de redação da realidade hiperconectada

O texto na web hojeÉ inegável que o fluxo de informações atual é intenso e nos pressiona a ler cada vez mais uma variedade imensa de informações e em formatos distintos.

Tudo para nos manter atualizados e melhorar nossas práticas como profissionais e como pessoas.

Nesse cenário, jornalistas, redatores e profissionais que usam o texto como atividade central de seu trabalho estão revendo suas práticas de redação, já que o texto vem assumindo novas roupagens para se manter atrativo e condizente com a realidade hiper conectada.

Podemos destacar algumas mudanças importantes nos textos.

Captar a atenção do leitor no primeiro parágrafo

Como há muita oferta de textos para ler, é fundamental que o leitor seja fisgado logo no início. Para isso, a depender da natureza e do foco, apresenta-se uma narrativa instigante para, então, apresentar o tema principal ou uma síntese da ideia central, que será desenvolvida ao longo do texto.

Vale ressaltar que a leitura em F é cada vez mais usual e consiste em ler o primeiro parágrafo, o início do segundo e, se o texto não for atrativo, abandoná-lo sem chegar ao final. Por isso, cada novo parágrafo precisa manter o leitor atento, caso contrário, ele abandona o que está lendo para abrir uma nova aba ou acessar uma rede social.

Estruturar frases e parágrafos curtos

Como a leitura na tela difere da leitura em material impresso e há mais distrações ao alcance do dedo, frases curtas, diretas e objetivas garantem maior clareza e retenção das informações.

Pode-se perceber que até mesmo os parágrafos estão ficando mais curtos, para dar fôlego ao leitor e mantê-lo atento até o final.

Recorrer ao visual

Imagens ilustrativas, infográficos, tabelas explicativas e frases destacadas são formas de sintetizar as informações do texto de uma forma mais visual, impactante e atrativa. Muitas vezes, esses recursos são usados para dividir partes do texto ou blocos de informação e dar um respiro ao leitor.

Há pesquisas apontando que as novas gerações leem, primeiro, o infográfico, por exemplo, para, depois, decidir se irão ou não ler o texto completo.

Usar hiperlinks

A leitura é, sem dúvida, mais fragmentada do que antes do advento da internet. Em uma reportagem, há links para vídeos, outras matérias, explicações de conceitos e palavras para que o leitor tenha seu próprio percurso de leitura.

O alerta é que nem sempre o texto será lido por completo, já que um link leva a outro, que leva a outro, que leva a outro. Além disso, o uso de links faz parte da lógica de buscadores e métricas de acesso de sites.

Adequar a linguagem à identidade

Uso de hashtags, emojis, vocabulário informal ou frases de efeito são comuns em textos nos mais diversos canais.

O importante é dosar formalidade, correção gramatical e estrutura lógica a um tom cada vez mais próximo da linguagem cotidiana e condizente com a identidade que se quer criar na internet e nas redes sociais. [Webinsider]

Vivian Rio Stella é doutora em Linguística pela Unicamp, pesquisadora de Pós-Doutorado no grupo Atelier da PUC-SP, consultora e diretora da empresa de treinamento executivo VRS Cursos.

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