Condicionadores de energia são necessários para o home theater?

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Condicionadores de energia sempre tiveram a fama de purificar a alimentação elétrica e o som dos equipamentos ligados a ele, mas parece que não é bem assim.

 

Eu usei durante anos a fio um aparelho da SMS chamado sofisticadamente de “Home Theater Protector”, e parei de usá-lo quando, em uma obra na minha casa, o aparelho caiu no chão e espatifou o gabinete de plástico. E como a SMS havia descontinuado a sua produção há vários anos, e não tinha peças de reposição, a única opção foi descartá-lo completamente.

Eis um aí, de um colecionador:

 

E aconteceu que o meu equipamento de áudio e vídeo ficou durante muito tempo ligado diretamente na tomada. Um belo dia, a minha super cara TV Samsung parou de funcionar. O técnico veio na minha casa, abriu a TV, e rapidamente viu que a fonte de alimentação havia queimado, e eu imediatamente suspeitei de surto de energia, raciocínio semelhante ao do técnico, que também achou a mesma coisa.

A solução de salvaguarda de todo o equipamento que me parecia mais óbvia seria instalar um condicionador de energia, mas conversando com amigos, experimentados conhecedores de eletrônica, eu fui desestimulado a investir (pesado) em um deles. Na opinião deles, este tipo de equipamento não vale o alto preço que custa.

A segunda solução, que eu adotei, depois de vencer a minha ignorância no assunto, foi a de instalar um sistema de alimentação elétrica com filtragem, me servindo de um aterramento feito por um eletricista.

E acabei comprando uma régua da Upsai modelo FHT-1200, com tolerância de 1200 VA/Watts na saída, para tensão de 127 Volts e 10 ampères. Funcionou tão bem, que eu até esqueci do assunto. Nunca mais tive problema com surtos, me poupando assim de uma despesa alta de manutenção.

O antigo credo dos condicionadores de energia

Eu sempre soube que audiófilos tinham uma imensa preocupação com a alimentação elétrica fornecida aos seus equipamentos de áudio, porque o que entra dentro de casa é uma corrente elétrica cheia de anomalias, as quais supostamente prejudicam a reprodução do som. Eu conheci um audiófilo que fez carga (sem trocadilho) na Light, nossa fornecedora de energia, para alterar o transformador da rua, porque ele achava que estava prejudicando o caríssimo som que ele tinha.

E mais adiante, dentro da mesma filosofia, acreditou-se que era obrigatório instalar um condicionador de energia, de maneira que a energia que entra em casa chegue “pura” o suficiente para garantir a qualidade do som reproduzido. E tal raciocínio, é claro, se estende aos home theaters modernos!

Mas, ainda outro dia, eu ouvi o dono da PS Audio Paul McGowan, que dá todo o tipo de conselho a quem pede, nos vídeos do YouTube, em um canal da sua empresa, falar sobre o assunto “condicionador de energia”.

A ele foi questionado se um condicionador de energia era necessário para a boa reprodução do som. E ele emenda a pergunta, questionando as alternativas entre a ligação do equipamento em um condicionador ou direto na rede elétrica. Veja só:

 

 

Ele diz que após muitos testes, verificou que o condicionador retira por completo a “alma” da música, se referindo a detalhes ausentes da gravação original. E em outro vídeo ele comenta que muita gente que gosta de música está descartando os seus condicionadores, pelos mesmos motivos!

Tudo isso que ele fala corre em direção diametralmente oposta ao que se acreditava anteriormente, de que condicionadores de energia melhoram a qualidade do áudio reproduzido.

A eletrônica que não convence

Partindo do princípio de que a purificação da energia é benéfica ao áudio, então seria aconselhável testar e saber se de fato um condicionador de energia realmente desempenha esta função, que é a de tirar todos os ruídos da rede elétrica.

Sobre isso, vários vídeos no próprio YouTube são apresentados com testes de pureza de energia da rede elétrica, feitos com o uso de um medidor de interferência eletromagnética (em inglês, EMI ou ElectroMagnetic Interference), como este mostrado aqui:

 

A surpresa de todos que fizeram este teste foi a de que o medidor acusa pouca ou nenhuma limpeza da rede elétrica. Os testes são convincentes, porque  eles começam com a medição do ruído na tomada de energia, e depois nas tomadas do condicionador.

Em alguns poucos casos, o nível de ruído medido mostrou um valor baixo nas tomadas de maior capacidade de alimentação, indicadas para amplificadores, receivers e subwoofers, que puxam mais corrente.

Fora essas tomadas, todas as outras mediram valores de ruído muito elevados. Na prática, isto significa que cai por terra o argumento de que condicionadores de energia beneficiam o áudio pela retirada das impurezas da rede elétrica, como se acreditava antigamente!

E vou mais além: se o condicionador não purifica nada e se, de tabela, ele tira do áudio a qualidade necessária à boa reprodução de instrumentos gravados, a relação custo-benefício desfavorece radicalmente o investimento em um aparelho desses. Aqui no Brasil, por exemplo, o custo de um condicionador qualquer sobe fácil acima de mil reais, principalmente se for um modelo importado.

Então, fica no ar a pergunta: o que fazer?

A proteção dos equipamentos sensíveis às oscilações abruptas e ruídos da rede, não só os de áudio e vídeo, podem e devem ser protegidos com filtragem adequada, em uma régua ou similar, que inclua um dispositivo contra surtos (tipo DPS III), e um mínimo de filtragem contra interferências do meio ambiente onde a energia circula. Se for o caso, pode-se usar anéis de ferrite nos cabos de condução de sinal. Notem que alguns cabos HDMI já vêm com esses anéis incorporados à fiação.

Mas, para tanto não é preciso se usar um condicionador de energia. Um bom filtro de linha, na capacidade da potência consumida, faz este papel e, de preferência, com retardo de alimentação quando a energia volta de um apagão. Esses filtros podem ser encontrados em abundância no comércio e com custo muito baixo.

Protetores contra surto devem cobrir preferencialmente as interações entre fase-neutro, fase-terra e neutro-terra. Linhas de alimentação sem fio terra podem ser usadas, mas aí se perdem as proteções de varistores entre terra e fase, principalmente.

Alguns filtros de linha acusam a ausência ou presença do aterramento, ou então a inversão entre fase e neutro, que é comum em muitas instalações prediais mal feitas.

Micro disjuntores ou fusíveis são sempre incluídos em réguas de boa qualidade, para evitar o risco de queimar um equipamento por causa da sobrecarga na rede. E o ideal é que a alimentação elétrica seja monitorada pelo filtro na interrupção e na volta da energia, uma das principais causas de surtos na rede elétrica, fora raios e trovoadas.

De qualquer forma, como sempre, conselhos podem ser dados, mas a decisão da compra de qualquer coisa fica a critério de quem instala. Na minha casa, a minha decisão foi aquela amparada na opinião e aconselhamento dos meus amigos que conhecem o assunto muito melhor do que eu, e assim, no final, eu nunca instalei um condicionador, vendo agora todas as fortes evidências de que ele na realidade nunca foi necessário.

Post Scriptum (23/10/2022):

Eu fiz uma revisão criteriosa deste texto, e achei por bem deixar claro ao leitor que eu não sou contra o emprego de condicionadores em uma instalação de um home theater.

Condicionadores bem projetados focalizam muito mais na proteção do equipamento, do que em qualquer outro fator. Aconteceu um incidente no prédio onde eu moro: o cabo do neutro se rompeu, e saiu queimando equipamentos, porque, quando isso acontece a tensão da rede sobe a valores estratosféricos, no caso, a 160 Volts. E aí quem não correu para desligar tudo correu o risco de danos. Reclamar com a Light sobre o prejuízo é inútil. Eles alimentam a rede da rua com 130 a 132 Volts e são cobertos pela Aneel.

O meu protetor da Upsai queimou o fusível, de modo a proteger o que estava ligado nele. Eu decidi aposentar o FHT-1200, por conta de suas várias alimentações. Fazendo uma pesquisa no mercado eu conheci a Engeblu, e fui muito bem atendido por eles. Aumentei a proteção do meu equipamento com um modelo deles, que atende a 1900 Watts, e estou, por enquanto, mais tranquilo. O aparelho não tem fusível, usa um disjuntor, eliminado assim a inconveniência da troca do fusível, quando se mais precisa dele. O circuito interno monitora a rede em tempo real e protege a saída com vários recursos.

Um condicionador não é o único modo de proteger equipamentos sensíveis, mas até agora me pareceu a melhor opção. Outrolado_

 

. . .

 

Protegendo o trabalho em casa

 

Conectores para vídeo

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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18 respostas

  1. Olá, excelente matéria, mas tenho uma dúvida.

    Quando ligo o chuveiro eletrônico meu equipamento, com troca discos, emite um zumbido da comutação dos tiristores do chuveiro, um filtro de linha reduziria esse ruído, você já teve essa experiência?

    Obrigado

    1. Oi, Wagner,

      Nunca tive, porque eu ainda uso aquecedor de passagem com gás. Mas, na minha opinião (e note que eu não sou técnico desta área) a fiação de qualquer chuveiro elétrico deve sempre estar em linha de alimentação isolada e com disjuntor apropriado. O ruído que você descreve claramente mostra que a fiação do chuveiro não está isolada.

      Eu não saberia te dizer se a filtragem de um condicionador seria suficiente para eliminar o ruído que você ouve, inclusive porque eu não conheço que tipo de ruído é esse, mas, de qualquer forma, um bom condicionador te trará benefícios no tocante à quase maioria das interferências de rede elétrica, protegendo os equipamentos ligados a ele. Nesta época do ano, os problemas de rede elétrica são críticos, devido ao maior consumo e dos raios e trovões que a gente ouve quando chove.

      Eu sugiro que, neste caso, que é específico, você entre em contato com o suporte técnico do condicionador que você planeja comprar. Eu uso um modelo da Engeblu e fui muito bem atendido pelo Marcelo, o qual é o engenheiro responsável pelos projetos. Basta mandar um e-mail para lá e dirimir a sua dúvida.

  2. Olá.
    Caí nesta matéria por acaso, afinal estava pesquisando sobre condicionadores de energia, e nada poderia ser mais atual do que esta própria matéria para, quem sabe, ter tirado (de certa forma) um pouco da dúvida que eu tinha. Não sei de onde tirei a ideia de “voltar a cismar” com a aquisição de um condicionador, talvez pelo fato de estar em vias de trocar o meu rack e aí já aproveitaria para fazer a instalação do zero.
    Coincidentemente uso um filtro FHT-1200, e isso há alguns anos, tanto é que já foi enviado uma vez para o fabricante com a intenção de ser consertado em razão de, sem mais nem menos (como se pudéssemos prever), uma queda de energia ter feito com que ele “soltasse fumaça”.
    Comprei esse filtro para substituir um simples “ampliador de tomadas” onde ficava tudo ligado (tv, decoder, vcr, dvd, ht), porém assim como com o “ampliador”, sempre usei ligando os equipamentos somente no momento do uso, ou seja, no caso da tv, decoder, vcr, estes estão sempre conectados, já no caso do player e ht, são plugados no filtro quando vou realmente usá-los e logo depois do uso já volto a desligar; resumindo: o filtro protege o que está ligado, e com aquilo que não está plugado naquela hora nem me preocupo por estarem totalmente fora de perigo. Pergunta: optei por fazer o certo durante todos esses anos? Ainda faço isso, porque se for deixar tudo ligado no filtro o tempo todo, vai faltar tomada!
    E ainda tem toda aquela questão de estar tudo devido e perfeitamente instalado em relação a rede elétrica na residência; aqui, por exemplo, não tenho aterramento (instalação antiga), daí não sei se o condicionador iria funcionar à contento sem esse recurso.
    Em suma, permaneço feliz com o meu FHT-1200, esqueço completamente o condicionador (economizando dinheiro), e continuo operando do modo como faço? Às vezes é incômodo ter que fazer isso (ligar/desligar), porém garanto 100% a proteção do equipamento.
    Enfim, se puder esclarecer as questões aí colocadas e ainda acrescentar algo que venha a melhorar, será de grande ajuda e ficarei muito agradecido.

    1. Olá, Humberto,

      Este assunto está longe de ser esgotado e eu, por coincidência, neste momento, elaborando um texto com outros tipos de abordagem no quesito alimentação elétrica versus proteção dos equipamentos com fontes mais sensíveis.

      Em não sou técnico em eletrônica, estudei muito pouco desse assunto, mas aprendi que todos os aparelhos que preveem a alimentação da fonte em modo de espera (o conhecido standby) foram introduzidos para evitar o comprometimento eletrônico da fonte, principalmente dos capacitores, que tendem a se deteriorar quando não carregados. Além disso, um dos motivos importantes para deixar o aparelho em standby foi o de evitar surto na inicialização do equipamento. Por causa desses dois motivos, eu sempre recomendei aos meus familiares e amigos nunca retirar este tipo de aparelhos da tomada. E vi gente próxima, que continuou fazendo isso, se surpreendendo com o não funcionamento de um aparelho deixado fora da tomada por um longo período de tempo.

      Eu agradeço o seu depoimento, e peço, por gentileza, que aguarde o próximo capítulo, o qual espero lhe ser útil. Como você já viu no meu PS eu instalei um condicionador Engeblu, e pretendo discutir a sua aplicação. Infelizmente, eu continuo vendo gente falando bobagem sobre proteção, com opiniões ou conselhos que em nada ajudam a quem precisa deste recurso em casa.

      1. Grato por colocar o seu ponto de vista em cima dos meus questionamentos.
        Então vamos concluir que nenhum modo é seguro para manter os eletrônicos protegidos; adotei o método de desligar após o uso pelo simples fato de praticamente ter perdido um HT-IN-A-BOX (no longínquo ano de 2003 ou 2004) , isso porque ele ficava ligado direto em stand-by, daí com uma queda de energia monótona ouvi um estouro que não soube de onde tinha vindo, até que no momento que fui usá-lo percebi que não estava funcionando perfeitamente e então descobri quem tinha sofrido o prejuízo. Nem lembro mais qual foi o problema, sei que o KIT era da marca GRADIENTE e aquele modelo foi meu sonho de consumo por um bom tempo. Finalmente quando havia conseguido comprar, não usei por 1 mês e tive esse infortúnio. O estouro veio do SUBWOOFER, e como era ele que abastecia as demais caixas, foi levado para o conserto. Na mesma hora já foi dito que o problema não estava só ali, mas também com o receiver (que era conectado ao subwoofer por um cabo grosso parecido com um cabo VGA de PC). Após 1 mês de reparo, voltou e constatei que não estava igual… Encurtando a história, a empresa me ofereceu um modelo similar que era muito inferior àquele que havia comprado, pois o tal já estava saindo de linha. Desde então era assim: vai usar, pluga, acabou de usar, despluga! O meu HT seguinte, adquirido em 2006 (porque fiquei um bom tempo sem player e subsequentes; mas e o HT que foi dado em substituição? Também não durou muito, deu “pau” no leitor – Gradiente tinha esse problema por padrão. Ao “zerar” tudo de vez e esquecer/ignorar essa marca de forma definitiva, optei por tudo separado, ou seja, player é player e HT é HT. Se der problema em um não dá no outro), viveu todos esses anos dessa forma, tanto é que foi aposentado no ano passado (ainda está aqui guardado e funciona, mas dá um estrondo quando desliga – não houve conserto, pelo menos não pelo técnico que averiguou – o HT parece ter ficado com esse problema intermitente, às vezes acontecia e outras não – acho que a partir daí se tornou um “chamado” para coisas novas).
        Conclusão: o condicionador é algo caro que talvez não faça perfeitamente o que lhe cabe; achei que com ele poderia deixar tudo ligado direto sem me preocupar em “pluga/despluga” já que possui os blocos independentes. No caso estava analisando o modelo ACF1700 da UPSAI (seminovo), nele constam os bloco A (sempre ligado) e bloco B (chaveado – onde ficaria justamente os aparelhos que desligo geral), embora mesmo assim não sei se teria confiança total em deixar plugado com esse bloco desligado.
        Sei que alguns dias atrás fui tirar certas dúvidas com a própria empresa, e de acordo com uma das perguntas que fiz, disseram que eu poderia até usar o FHT ligado ao condicionar para ganhar algumas tomadas mais (óbvio que respeitando o total de watts do condicionador e filtro).
        Ainda permanece a minha dúvida: o condicionador seria uma boa aquisição ou consigo me manter com o filtro do mesmo modo que tenho feito? Alguns dizem que o condicionador pode ser usado normalmente sem aterramento, outros dizem que não faria diferença já que não está aterrado. Se não está aterrado, na varredura que fará na rede ao ser iniciado, vai constar que não está “perfeito para uso” piscando algum led, não é isso? Daí como vai ser funcional “constando que não consta”?
        Uma das primeiras opções que me chamou a atenção foi um modelo mais robusto da marca PANAMAX (nem sei ao certo o modelo, só sei que tinha 16 tomadas e visor – também seminovo), mas já fui descartando pelo mero fato da pessoa que o vende não se mostrar muito interessada em tirar dúvidas com relação ao seu anúncio e produto.
        Enfim, o que fazer realmente?

        1. Humberto, eu até entendo a sua necessidade de desligar o equipamento da tomada, mas acho isso imprudente, a não ser que eles fiquem desligados por um período de tempo pequeno.

          Os condicionadores são caros, e isso desanima, mas dependendo do design eles são bem mais robustos na proteção. Eu fujo desta discussão sobre aprimoramento da reprodução do som, o que se tem que procurar nas especificações é a capacidade de proteção levando-se em conta a carga. E instalando um modelo que atenda ao que vai ser ligado nele.

          Existem vários protetores no mercado com os mesmos recursos e você deve escolher o que melhor se aplica ao seu caso. Eu estou em vias de colocar na pauta uma série de comentários a este respeito. Se tudo correr bem, estará na pauta do nosso editor amanhã. Caso você queira e tenha interesse, nada lhe impede de pedir a prioridade da publicação.

          Uma coisa já lhe adianto: observe se o condicionador que você planeja comprar atende às características de fornecimento elétrico do nosso país. É bem possível que condicionadores ou estabilizadores importados sejam planejados para condições bem diferentes das nossas, e isso pode acabar não resolvendo a proteção que você quer. Cada país tem voltagem e tolerância determinadas por lei. Todo design feito aqui tem que observar isso com precisão, caso contrário o fabricante não poderia garantir a proteção oferecida.

          Sobre o aterramento, se você não pode mandar fazer uma linha só para isso, o condicionador, estabilizador ou filtro de linha irão funcionar, mas sem a proteção relativa à ausência do aterramento, ou seja, pelo menos um dos varistores ficará inútil. É sempre bom se informar sobre isso com os fabricantes antes de comprar.

  3. Olá.
    Caí nesta matéria por acaso, afinal estava pesquisando sobre condicionadores de energia, e nada poderia ser mais atual do que esta própria matéria para, quem sabe, ter tirado (de certa forma) um pouco da dúvida que eu tinha. Não sei de onde tirei a ideia de “voltar a cismar” com a aquisição de um condicionador, talvez pelo fato de estar em vias de trocar o meu rack e aí já aproveitaria para fazer a instalação do zero.
    Coincidentemente uso um filtro FHT-1200, e isso há alguns anos, tanto é que já foi enviado uma vez para o fabricante com a intenção de ser consertado em razão de, sem mais nem menos (como se pudéssemos prever), uma queda de energia ter feito com que ele “soltasse fumaça”.
    Comprei esse filtro para substituir um simples “ampliador de tomadas” onde ficava tudo ligado (tv, decoder, vcr, dvd, ht), porém assim como com o “ampliador”, sempre usei ligando os equipamentos somente no momento do uso, ou seja, no caso da tv, decoder, vcr, estes estão sempre conectados, já no caso do player e ht, são plugados no filtro quando vou realmente usá-los e logo depois do uso já volto a desligar; resumindo: o filtro protege o que está ligado, e com aquilo que não está plugado naquela hora nem me preocupo por estarem totalmente fora de perigo. Pergunta: optei por fazer o certo durante todos esses anos? Ainda faço isso, porque se for deixar tudo ligado no filtro o tempo todo, vai faltar tomada!
    E ainda tem toda aquela questão de estar tudo devido e perfeitamente instalado em relação a rede elétrica na residência; aqui, por exemplo, não tenho aterramento (instalação antiga), daí não sei se o condicionador iria funcionar à contento sem esse recurso.
    Em suma, permaneço feliz com o meu FHT-1200, esqueço completamente o condicionador (economizando dinheiro), e continuo operando do modo como faço? Às vezes é incômodo ter que fazer isso (ligar/desligar), porém garanto 100% a proteção do equipamento.
    Enfim, se puder esclarecer as questões aí colocadas e ainda acrescentar algo que venha a melhorar, será de grande ajuda e ficarei muito agradecido.

    1. Olá, Humberto,

      Este assunto está longe de ser esgotado e eu, por coincidência, neste momento, elaborando um texto com outros tipos de abordagem no quesito alimentação elétrica versus proteção dos equipamentos com fontes mais sensíveis.

      Em não sou técnico em eletrônica, estudei muito pouco desse assunto, mas aprendi que todos os aparelhos que preveem a alimentação da fonte em modo de espera (o conhecido standby) foram introduzidos para evitar o comprometimento eletrônico da fonte, principalmente dos capacitores, que tendem a se deteriorar quando não carregados. Além disso, um dos motivos importantes para deixar o aparelho em standby foi o de evitar surto na inicialização do equipamento. Por causa desses dois motivos, eu sempre recomendei aos meus familiares e amigos nunca retirar este tipo de aparelhos da tomada. E vi gente próxima, que continuou fazendo isso, se surpreendendo com o não funcionamento de um aparelho deixado fora da tomada por um longo período de tempo.

      Eu agradeço o seu depoimento, e peço, por gentileza, que aguarde o próximo capítulo, o qual espero lhe ser útil. Como você já viu no meu PS eu instalei um condicionador Engeblu, e pretendo discutir a sua aplicação. Infelizmente, eu continuo vendo gente falando bobagem sobre proteção, com opiniões ou conselhos que em nada ajudam a quem precisa deste recurso em casa.

      1. Grato por colocar o seu ponto de vista em cima dos meus questionamentos.
        Então vamos concluir que nenhum modo é seguro para manter os eletrônicos protegidos; adotei o método de desligar após o uso pelo simples fato de praticamente ter perdido um HT-IN-A-BOX (no longínquo ano de 2003 ou 2004) , isso porque ele ficava ligado direto em stand-by, daí com uma queda de energia monótona ouvi um estouro que não soube de onde tinha vindo, até que no momento que fui usá-lo percebi que não estava funcionando perfeitamente e então descobri quem tinha sofrido o prejuízo. Nem lembro mais qual foi o problema, sei que o KIT era da marca GRADIENTE e aquele modelo foi meu sonho de consumo por um bom tempo. Finalmente quando havia conseguido comprar, não usei por 1 mês e tive esse infortúnio. O estouro veio do SUBWOOFER, e como era ele que abastecia as demais caixas, foi levado para o conserto. Na mesma hora já foi dito que o problema não estava só ali, mas também com o receiver (que era conectado ao subwoofer por um cabo grosso parecido com um cabo VGA de PC). Após 1 mês de reparo, voltou e constatei que não estava igual… Encurtando a história, a empresa me ofereceu um modelo similar que era muito inferior àquele que havia comprado, pois o tal já estava saindo de linha. Desde então era assim: vai usar, pluga, acabou de usar, despluga! O meu HT seguinte, adquirido em 2006 (porque fiquei um bom tempo sem player e subsequentes; mas e o HT que foi dado em substituição? Também não durou muito, deu “pau” no leitor – Gradiente tinha esse problema por padrão. Ao “zerar” tudo de vez e esquecer/ignorar essa marca de forma definitiva, optei por tudo separado, ou seja, player é player e HT é HT. Se der problema em um não dá no outro), viveu todos esses anos dessa forma, tanto é que foi aposentado no ano passado (ainda está aqui guardado e funciona, mas dá um estrondo quando desliga – não houve conserto, pelo menos não pelo técnico que averiguou – o HT parece ter ficado com esse problema intermitente, às vezes acontecia e outras não – acho que a partir daí se tornou um “chamado” para coisas novas).
        Conclusão: o condicionador é algo caro que talvez não faça perfeitamente o que lhe cabe; achei que com ele poderia deixar tudo ligado direto sem me preocupar em “pluga/despluga” já que possui os blocos independentes. No caso estava analisando o modelo ACF1700 da UPSAI (seminovo), nele constam os bloco A (sempre ligado) e bloco B (chaveado – onde ficaria justamente os aparelhos que desligo geral), embora mesmo assim não sei se teria confiança total em deixar plugado com esse bloco desligado.
        Sei que alguns dias atrás fui tirar certas dúvidas com a própria empresa, e de acordo com uma das perguntas que fiz, disseram que eu poderia até usar o FHT ligado ao condicionar para ganhar algumas tomadas mais (óbvio que respeitando o total de watts do condicionador e filtro).
        Ainda permanece a minha dúvida: o condicionador seria uma boa aquisição ou consigo me manter com o filtro do mesmo modo que tenho feito? Alguns dizem que o condicionador pode ser usado normalmente sem aterramento, outros dizem que não faria diferença já que não está aterrado. Se não está aterrado, na varredura que fará na rede ao ser iniciado, vai constar que não está “perfeito para uso” piscando algum led, não é isso? Daí como vai ser funcional “constando que não consta”?
        Uma das primeiras opções que me chamou a atenção foi um modelo mais robusto da marca PANAMAX (nem sei ao certo o modelo, só sei que tinha 16 tomadas e visor – também seminovo), mas já fui descartando pelo mero fato da pessoa que o vende não se mostrar muito interessada em tirar dúvidas com relação ao seu anúncio e produto.
        Enfim, o que fazer realmente?

        1. Humberto, eu até entendo a sua necessidade de desligar o equipamento da tomada, mas acho isso imprudente, a não ser que eles fiquem desligados por um período de tempo pequeno.

          Os condicionadores são caros, e isso desanima, mas dependendo do design eles são bem mais robustos na proteção. Eu fujo desta discussão sobre aprimoramento da reprodução do som, o que se tem que procurar nas especificações é a capacidade de proteção levando-se em conta a carga. E instalando um modelo que atenda ao que vai ser ligado nele.

          Existem vários protetores no mercado com os mesmos recursos e você deve escolher o que melhor se aplica ao seu caso. Eu estou em vias de colocar na pauta uma série de comentários a este respeito. Se tudo correr bem, estará na pauta do nosso editor amanhã. Caso você queira e tenha interesse, nada lhe impede de pedir a prioridade da publicação.

          Uma coisa já lhe adianto: observe se o condicionador que você planeja comprar atende às características de fornecimento elétrico do nosso país. É bem possível que condicionadores ou estabilizadores importados sejam planejados para condições bem diferentes das nossas, e isso pode acabar não resolvendo a proteção que você quer. Cada país tem voltagem e tolerância determinadas por lei. Todo design feito aqui tem que observar isso com precisão, caso contrário o fabricante não poderia garantir a proteção oferecida.

          Sobre o aterramento, se você não pode mandar fazer uma linha só para isso, o condicionador, estabilizador ou filtro de linha irão funcionar, mas sem a proteção relativa à ausência do aterramento, ou seja, pelo menos um dos varistores ficará inútil. É sempre bom se informar sobre isso com os fabricantes antes de comprar.

  4. Olá Paulo…
    Que alegria ver a foto do meu “antiquado mas eficiente” Home Theater Protector da SMS na sua matéria. Eu o considero aquele tanque de guerra que com seus circuitos muito eficientes, mantém protegido um alto investimento dos meus equipamentos das barbeiragens da minha operadora de energia elétrica, sem contar daqueles vizinhos do meu prédio que sempre estão com furadeiras ligadas causando interferência na rede elétrica. O gerenciador e regenerador de energia é na minha opinião, um “tipo de seguro de vida” barato que você pode oferecer aos seus equipamentos. Parabéns pela matéria.

    1. Oi, Rogério,

      Já aqui em casa a situação também não é boa, porque a rua é pequena e o transformador da Light fica muito próximo, entregando 130-132 volts todo dia, aí todo cuidado é pouco. Pedindo ajuda a um técnico da Light ele me disse que não pode fazer nada, porque o transformador fica muito próximo e serve para várias ruas, embora ele tenha concordado comigo, que a tensão na rede é alta demais!

      Eu gostava muito desse aparelho da SMS, custei para achar uma loja para comprar na época, mas mesmo com o gabinete quebrado ele continuou funcionando. Infelizmente, a SMS não dava mais suporte nem tinha peças de reposição em alguma oficina.

      É duro quando algo deste tipo acontece. Eu estava agora esta semana prestes a tentar restaurar fotos antigas, usando o Adobe Lightroom 6. Ao rodar o programa a tela inicial aparece e o programa entra em crash e não roda. Ao fazer contato com a Adobe fui informado que eles descontinuaram o programa, porque ele não funciona no Windows 11, me sugerindo instalar em um Windows anterior. E você acha que eu vou fazer isso? Nem máquina virtual me anima, ao mesmo tempo que eu acho um vexame fazer isso com o consumidor. Ironicamente, eu tinha um LR5, que instalei de volta e roda perfeitamente, acredita?

      1. Verdade Paulo, para as empresas de software para Pc, é mais vantajoso comercialmente desenvolver novos programas, do que atualizar versões que já foram lançadas, e quando surgem novas versoes eles descontinuam o suporte das antigas, a saída que eu adotei foi manter um notebook jurássico funcionando com Windows XP, para rodar alguns poucos programas de utilidade do meu interesse. Pois se formos seguir a onda dessas empresas de software, ficaremos naquela situação do cachorro ficar correndo atrás do próprio rabo. Nesse país o consumidor é tratado com total desdém pelas empresas, essa é a verdade.

        1. Pois é, Rogerio, eu reconheço como legítima e compreensível a situação de defasagem entre software e hardware ou software e sistema operacional, mas supostamente o Windows te dá a chance de modificar a compatibilidade, e isso nunca funciona!

          O chato ainda é você se habituar a usar um determinado programa e depois ter que enfrentar outra “curva de aprendizado” com outro!

          Bem que a Adobe poderia ser um pouco mais realista, mas, aparentemente, eles não estão nem aí, e eu li na Internet muita gente se queixando da falta de suporte para o LR 6. É o mesmo que malhar com ferro frio, concorda, porque a maioria dos usuários não sabe ou não quer se envolver com máquina virtual. E eu não posso falar nada, porque também acho um saco!

  5. Olá Paulo…
    Que alegria ver a foto do meu “antiquado mas eficiente” Home Theater Protector da SMS na sua matéria. Eu o considero aquele tanque de guerra que com seus circuitos muito eficientes, mantém protegido um alto investimento dos meus equipamentos das barbeiragens da minha operadora de energia elétrica, sem contar daqueles vizinhos do meu prédio que sempre estão com furadeiras ligadas causando interferência na rede elétrica. O gerenciador e regenerador de energia é na minha opinião, um “tipo de seguro de vida” barato que você pode oferecer aos seus equipamentos. Parabéns pela matéria.

    1. Oi, Rogério,

      Já aqui em casa a situação também não é boa, porque a rua é pequena e o transformador da Light fica muito próximo, entregando 130-132 volts todo dia, aí todo cuidado é pouco. Pedindo ajuda a um técnico da Light ele me disse que não pode fazer nada, porque o transformador fica muito próximo e serve para várias ruas, embora ele tenha concordado comigo, que a tensão na rede é alta demais!

      Eu gostava muito desse aparelho da SMS, custei para achar uma loja para comprar na época, mas mesmo com o gabinete quebrado ele continuou funcionando. Infelizmente, a SMS não dava mais suporte nem tinha peças de reposição em alguma oficina.

      É duro quando algo deste tipo acontece. Eu estava agora esta semana prestes a tentar restaurar fotos antigas, usando o Adobe Lightroom 6. Ao rodar o programa a tela inicial aparece e o programa entra em crash e não roda. Ao fazer contato com a Adobe fui informado que eles descontinuaram o programa, porque ele não funciona no Windows 11, me sugerindo instalar em um Windows anterior. E você acha que eu vou fazer isso? Nem máquina virtual me anima, ao mesmo tempo que eu acho um vexame fazer isso com o consumidor. Ironicamente, eu tinha um LR5, que instalei de volta e roda perfeitamente, acredita?

      1. Verdade Paulo, para as empresas de software para Pc, é mais vantajoso comercialmente desenvolver novos programas, do que atualizar versões que já foram lançadas, e quando surgem novas versoes eles descontinuam o suporte das antigas, a saída que eu adotei foi manter um notebook jurássico funcionando com Windows XP, para rodar alguns poucos programas de utilidade do meu interesse. Pois se formos seguir a onda dessas empresas de software, ficaremos naquela situação do cachorro ficar correndo atrás do próprio rabo. Nesse país o consumidor é tratado com total desdém pelas empresas, essa é a verdade.

        1. Pois é, Rogerio, eu reconheço como legítima e compreensível a situação de defasagem entre software e hardware ou software e sistema operacional, mas supostamente o Windows te dá a chance de modificar a compatibilidade, e isso nunca funciona!

          O chato ainda é você se habituar a usar um determinado programa e depois ter que enfrentar outra “curva de aprendizado” com outro!

          Bem que a Adobe poderia ser um pouco mais realista, mas, aparentemente, eles não estão nem aí, e eu li na Internet muita gente se queixando da falta de suporte para o LR 6. É o mesmo que malhar com ferro frio, concorda, porque a maioria dos usuários não sabe ou não quer se envolver com máquina virtual. E eu não posso falar nada, porque também acho um saco!

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