Em Fubar Schwarzenegger vive um astro da TV

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Em Fubar, seriado Netflix, Arnold Schwarzenegger aparece como um astro de TV. O roteiro é uma repetição divertida dos inúmeros clichês dos filmes onde o ator foi protagonista e aproveita para mostrar o lado confuso e desastrado das famílias.

 

Depois de tantos filmes e tantos anos neste tipo de plataforma, Arnold Schwarzenegger aparece agora como um astro de TV, no seriado Fubar, uma mistura típica do ator, ação com comédia, recheada de clichês intencionais, que ajudam a estória a fluir.

Fubar é uma expressão norte-americana da época da segunda guerra mundial. Nesta época havia se criado um mito de que o exército americano era muito organizado. A expressão Fubar virou uma espécie de comentário irônico desta suposta superioridade das forças americanas.

Fubar vem de “FUcked up Beyond All Recognition”, que talvez pudesse ser traduzida como “esculhambado a ponto de não ser reconhecido. A expressão apareceu junto com “Snafu” (Situation Normal, All FUcked up), da mesma época, caracterizando algo confuso e descontrolado. Ambos os termos pejorativos foram muito usados em curtas de animação.

No seriado atual, o termo está mais ligado à confusão descontrolada, que ocorre quando o chefe de família (Schwarzenegger), que trabalha escondido na CIA, descobre acidentalmente que a filha (Monica Barbaro) supostamente uma “moça de família”, daquelas que sequer fala um palavrão, fuma ou bebe, também trabalha lá. É a partir daí que a comédia se desenrola.

O seriado é agradável e fácil de assistir. Nele, Schwarzenegger se parodia a si próprio. Ele já havia feito isso no filme “Last Action Hero” (no Brasil, O último grande herói), quando ele repete a frase icônica de Terminator (O exterminador do futuro) “I’ll Be Back!”. Há citações também ao outro filme de James Cameron “True Lies”, de 1994, porque neste filme o marido trabalha escondido como espião. Não por coincidência, o ator Tom Arnold participa em um papel secundário em Fubar.

A intenção de Fubar é somente divertir

Arnold Schwarzenegger, com aquele sotaque inconfundível que ele nunca perdeu, deve ter se dado conta de que muitos dos seus personagens chegam a ser caricatos. Mas, com toda justiça, ele personificou com dignidade o papel do exterminador em Terminator. E porque não fazer troça de si mesmo, e tornar os seus antigos personagens como objeto de comédia. Afinal, cinema é basicamente fantasia, um faz de conta realçado pelas lentes das câmeras.

E no caso específico de Fubar, a paródia se mistura bem com as cenas de ação. O tema principal nem é esse, mas sim os conflitos entre pais e filhos, no caso Luke pai com Emma filha, vista no início como “moça bem comportada”, e também do marido dedicado ao trabalho, que acaba perdendo a mulher, que se sente insatisfeita e desprezada.

Na minha visão, Fubar, se encaixa no aspecto de crítica à estrutura de família onde os pares não dão espaço um ao outro, e onde os filhos nunca são vistos como adolescentes que são rebeldes por natureza. A ideia da trama é que, por força de suas ocupações, pai e filha mentem e se ocultam de maneira a que o restante da família não saiba o que estão fazendo.

Fubar, literalmente, é o resumo e o fim da estória, que eu me reservo de contar, porque senão o seriado perde a graça para quem ainda não viu. Outrolado_

 

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Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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