Aprimoramento da rede local com novo roteador

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Adicionar um roteador separado torna a rede local muito mais produtiva e versátil. Com o tempo e as necessidades do usuário, basta trocar o roteador externo por outro mais avançado

As operadoras instalam aparelhos do tipo modem/roteador na casa do usuário, mas adicionar um roteador separado torna a rede local muito mais produtiva e versátil. Com o tempo e as necessidades do usuário, basta trocar o roteador externo por outro mais avançado.

 

Quando se contrata uma velocidade elevada de sincronismo na banda larga, a primeira providência a ser tomada é se obter o melhor espalhamento de sinal e o maior throughput de dados possível dentro da rede local.

Via-de-regra, o provedor, seja lá qual for, fornece um modem/roteador cujo espalhamento de sinal é habitualmente limitado, e mesmo que assim não o fosse, a inserção de um bom roteador por parte do usuário final garante duas coisas: a primeira, que a transmissão de sinal no ambiente local é muito melhor, e a segunda, que, em futuro próximo, o roteador poderá ser substituído por um modelo mais avançado, se assim for conveniente. O resto da rede permanece o mesmo ou pode sofrer um outro tipo de aprimoramento.

A tecnologia neste momento à disposição do usuário, que tem, na minha avaliação, a melhor relação custo/benefício é a do Wi-Fi 6. A propósito, quando os primeiros roteadores deste tipo foram lançados, nem os fabricantes tinham noção se valeria a pena trocar os roteadores mais recentes da época (protocolos b/g/n/ac). A troca se mostrou compensadora, principalmente em função do emprego de novas tecnologias (OFDMA, por exemplo) e as antigas (MU-MIMO, por exemplo) aperfeiçoadas e otimizadas. Todos estes aprimoramentos foram incluídos já nos primeiros chipsets.

Até recentemente, eu vinha utilizando o roteador TP-Link Archer AX50, dotado de moderno chipset Intel, que me foi enviado pela TP-Link na época do seu lançamento, anos atrás. Até então, este foi o melhor roteador que eu já tinha usado. A Internet das Coisas (IoT) doméstica viu o melhoramento imediato do espalhamento de sinal e do respectivo throughput.

É fato conhecido que todos os adaptadores de rede dos dispositivos conectados na rede local variam tremendamente em performance, independente, às vezes, do tipo de adaptador (g, n, ac). O AX50 introduziu uma tecnologia batizada de Smart Connect: quando acionada, o roteador determina todos os parâmetros de transmissão mais adequados para cada tipo de adaptador, e com isso pode-se obter o máximo de cada um deles.

Uma vez precisando trocar de roteador, eu escolhi o TP-Link Archer AX73, modelo mais recente desta linha no mercado. Ele trabalha com 5400 Mbps de sinal, divididos nas bandas de 2.4 e 5 Ghz. Além disso, uma série de recursos novos foram introduzidos no firmware, me obrigando a tomar conhecimento deles, no momento da instalação.

O processo de instalação é simples, mas bem mais trabalhoso do que aquele encontrado no AX50. Neste, bastava entrar no endereço 192.168.0.1, digitar o tradicional “admin” no prompt do roteador, e pronto. No AX73 foram levados em consideração o e-mail do usuário e uma senha nova, para poder entrar no setup. Mas para se conseguir alguns recursos é preciso agora entrar com os dados da chamada TP-Link ID, que identifica o usuário na nuvem. A novidade é que os algoritmos proprietários de proteção do roteador, que são agora chamados de HomeShield, estão ligados a esta identificação.

Entretanto, mesmo assim, o roteador franqueia apenas a proteção básica. Se o usuário quiser uma proteção estendida, terá que assinar um pacote, que contém novos recursos e um antivírus da Avira. Uma das possíveis vantagens neste caso seria a proteção aos dispositivos da Internet das Coisas (IoT).

A mudança na prática

Em um passado bem recente, eu já havia introduzido e testado duas importantes modificações na minha rede local: a primeira, com a instalação de um adaptador PCIe de 2.5 Gbps na placa mãe do computador desktop usado para o meu trabalho, e a segunda, refazendo a conexão anterior de 1 Gbps e colocando os dois adaptadores no modo bridge, pelo Windows 11.

Por isso, não foi surpresa medir a mesma velocidade no acesso do computador, obtida com as modificações já feitas:

A diferença principal de performance entre o AX73 e o AX50 está na capacidade do primeiro em transmitir um sinal Wi-Fi de maior velocidade, de 5400 Mbps.

Para fazer esta comparação, eu rodei o aplicativo Speedtest instalado em um Apple TV, e tirei uma foto. Notem que o aparelho está “escondido” em uma prateleira, e relativamente distante do roteador. Enquanto que com o AX50 a velocidade medida era de aproximadamente uns 350 Mbps, ou algo em torno disso, com o AX73 ela passa dos 400 Mbps:

Faz diferença na visualização de programas do streaming? Na prática, não faz, porque a faixa de recepção é muito alta. Por outro lado, é possível que em adaptadores Wi-Fi mais fracos haja alguma diferença na recepção de sinal. Mas, na minha experiência, pelo menos, em casos críticos de recepção, resultados bem melhores são conseguidos com repetidores de sinal, dotados de saída Ethernet. Eu uso um deles, o TP-Link RE450, para uma aplicação em um aparelho que precisa de sinal de Internet para funcionar e que tem um receptor Wi-Fi muito fraco. Neste caso, o RE450 tem a desejada saída de rede Ethernet, que faz uma conexão direta e de melhor rendimento.

O AX73, eu percebi depois, tem dois recursos interessantes, mas que eu não vou precisar usar: um deles é o emprego de rede com extensor OneMESH:

 

O outro recurso é a agregação de portas Ethernet, para o aumento do tráfego de dados: o AX73 reserva as portas LAN1 e LAN2 para esta finalidade. Porém, é preciso que o dispositivo de destino seja capaz de aceitar este recurso, ou seja, ele também precisa ter duas portas disponíveis para a agregação. Esta agregação segue um protocolo específico, que pode ser habilitado no setup do roteador:

O protocolo de controle (LACP) do link de agregação permite aliviar o congestionamento de sinal na rede, aumentando a largura de banda, e aumentando a segurança nos links de comunicação:

O recurso é útil para determinados tipos de rede, e deve ser usado se a rede local permitir.

De qualquer forma, mesmo sem uso imediato, novos recursos existem para situações onde eles são indispensáveis. E a expansão das redes se torna, por causa deles, factível, até para o usuário amador no assunto, guardadas algumas restrições de conhecimento na construção de uma rede local.

Do meu lado, aperfeiçoamentos serão sempre bem vindos. A Internet das Coisas (IoT) tende a aumentar de tamanho, e o único recurso é estar preparado para este aumento. [Webinsider]

 

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Uso de mais de um adaptador de rede no mesmo computador

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Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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