TikTok e Reels repetem os Nikelodeons 100 anos depois

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Os nickelodeons ofereceram o primeiro entretenimento de massa acessível para pessoas urbanas de baixa renda e, portanto, tornaram-se extremamente populares durante as primeiras décadas do século 20.

No início do século passado as pessoas assistiam filmes curtos nos Nickelodeons, o entretenimento de baixa renda da época. Hoje TikTok e Reels fazem este papel.

 

Atribui-se a criação do termo “nickelodeon” a Harry Davis, um empresário de Pittsburgh, em 1904, nos Estados Unidos. A palavra é a união de “níquel” (a moeda de 5 cents) e “odeon”, teatro em grego.

Os nickelodeons ofereceram o primeiro entretenimento de massa acessível para pessoas urbanas de baixa renda e, portanto, tornaram-se extremamente populares durante as primeiras décadas do século 20.

Como negócios, eles eram mais fáceis para operar do que os onipresentes fliperamas (“penny arcades”), que apresentavam imagens em movimento em um “peep show” à manivela (geralmente filminhos eróticos) mas que podiam acomodar apenas um espectador por vez em cada máquina.

A ascensão do Nickelodeon marcou uma transição entre os fliperamas e os shows de Vaudeville, e foi a primeira instituição a considerar o cinema como uma forma confiável e viável de entretenimento por si só.

Embora os nickelodeons não exibissem as primeiras imagens em movimento, que apareciam como parte do entretenimento oferecido em shows de vaudeville desde a década de 1890, eles representaram os primeiros esforços para criar um novo local em que imagens em movimento seriam exibidas como atração principal.

Os nickelodeons viveram seu apogeu entre 1903 e 1915. Em 1908, havia entre 8.000 e 10.000 nickelodeons espalhados pelos EUA. Os primeiros empreendedores incluíam homens que se tornariam futuros magnatas do cinema, como Marcus Loew, Adolph Zukor, os irmãos Warner e William Fox.

E hoje?

Corte rápido para o presente. Os vídeos curtos da internet se assemelham muito aos antigos peep shows e nickelodeons. O TikTok foi lançado em 2014, o Reels surgiu no Instagram em 2019 e o Shorts do YouTube é de 2021.

Vídeos curtos, sobre temas variados (nada de sexo, são outros tempos). A maioria mudos, para serem vistos em ambientes ruidosos ou onde o som do celular é proibido. Não são filmes produzidos por profissionais do ramo, a maioria é criada pelos próprios usuários.

Não se paga 5 cents para assistir – mas há anúncios e um aspirador contínuo de dados pessoais. Os empresários de hoje ganham muito mais dinheiro oferecendo entretenimento barato para as massas. [Webinsider]

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Sergio Kulpas (sergiokulpas@gmail.com) é jornalista e escritor.

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