E-commerce: resenhas do consumidor são pra valer?

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Comprei uma tevê com 10 anos de garantia que deu problema na primeira semana. Sim, foi uma Gradiente 14 polegadas há cerca de seis meses nas Lojas Americanas.

O fabricante ofereceu garantia de 10 anos, a maior do mercado, algo realmente impressionante, que pesou muito na decisão final.

– Se eles oferecem 10 anos, o produto deve ser bom! – pensei.

Passada apenas a primeira semana, o televisor apresentou uma pane.

– Meu Deus, por que você não comprou uma Sony? – minha mulher reclamou.

O equipamento pifou por que esbarrei, sem querer na tomada. A tevê desligou sem retorno, começando a apitar.

Mandamos para a autorizada.

Lá, nos informaram que a Gradiente implantou um software, que protege o aparelho. O dispositivo é ativado por algum distúrbio na parte elétrica.

Objetivo, segundo deduzi, é proteger as partes mais sensíveis (e caras) do equipamento.

Pois bem, a tevê voltou de lá sete dias depois funcionando.

Seis meses depois apresentou o mesmo defeito.

(A tomada fica numa bancada perto da cama e de um cabide de roupas, no qual esbarra–se com uma certa facilidade).

Mais uma vez levei a tevê para “passear”. Resolvi reclamar do produto com o fabricante.

– Esbarrar na tomada é motivo para uma tevê pifar? – perguntei.

Ficaram de me dar retorno, assim que saia da autorizada com o detalhamento do conserto registrado no sistema.

Resolvi, então, aproveitar o novo serviço de resenhas do consumidor do Submarino – um dos principais sites de comércio eletrônico do Brasil, que segue a mesma linha da Amazon, abrindo espaço para os usuários comentarem produtos adquiridos no mercado, mesmo que não tenha sido com eles.

Entrei no link da tevê: TV 14 Polegadas c/ Rádio FM TV–1421 Gradiente. No rodapé, já existiam quatro comentários sobre a TV–1421, todos elogiosos. (Realmente, enquanto funciona, o aparelho é bom).

Para resenhar, é necessário ser usuário cadastrado no Submarino, o que implica fornecer do endereço ao CPF.

Fiz a resenha, narrando os problemas que tive e até elogiando a tevê em alguns aspectos. Em cinco dias, enviaram retorno, recusando–a, baseada na Política de Publicação de Resenhas.

Não, não especificaram o erro que cometi.

Não, o meu texto, aparentemente, não continha erros de português.

Não, não estava divulgando nada, não falava de outro produto e não era um “comentário de conteúdo duvidoso”, já que me responsabilizava pela crítica – até o meu e–mail permiti que divulgassem.

Afinal, eles me conhecem, incluindo meu histórico de compras!

Pedi esclarecimentos por e–mail ao setor de atendimento do site no dia 14/03/06. Me identifiquei como jornalista e disse que ia escrever um artigo – silêncio.

– Será que o Submarino só publica coisas boas sobre os produtos expostos?– fiquei me perguntando.

E fui além com minhas caraminholas, em relação às duas empresas:

Será que a Política de Publicação de Resenhas do Submarino não deveria aceitar todas, já que os usuários cadastrados e reconhecidos se responsabilizam por elas?

E, não seria de bom tom, quando houver a recusa pelo Submarino de alguma resenha, detalhar em que item fere a política adotada, dando chance ao usuário de reescrevê–la, evitando, assim, dúvidas sobre a veracidade das publicadas?

Será que os dez anos de garantia da Gradiente estão baseados na qualidade do aparelho ou no software de proteção, que não vai permitir queimar nenhuma peça, independente das dores de cabeça que vai causar aos usuários?

Será que ao adotar um software que trava o equipamento, não se deveria oferecer um botão de reset na área externa dos televisores, igual ao computador, para que os consumidores possam, sem necessidade de ir à autorizada, colocá–lo de novo operacional?

Soube ontem pela autorizada que estão atualizando o software do televisor para uma versão mais nova – não era o caso de um recall?

Respondam–me, por favor. [Webinsider]

Carlos Nepomuceno: Entender para agir, capacitar para inovar! Pesquisa, conteúdo, capacitação, futuro, inovação, estratégia.

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5 respostas

  1. Comprei uma impressora hp as pressas , porque precisava muito, meu filho de 22 anos fez a compra no submarino, e qual não foi minha surpresa ao saber quando chegou que não vinha com cabo usb. agora preciso dela e não consigo achar esse cabo, aqui onde moro é bairro, só no centro, faço faculdade e trabalho ta dificil ate para sair, comprei pela internet para adiantar meu tempo, acho que é falta de consideração da submarino que alias faço questao de não comprar mais nela e essa fabrica que não faz questão nenhuma de agradar seus clientes integrando este cabo a impressora nem que tenha que pagar mais, e olha que isso e obrigação dela mas é assim mesmo e depois falam porque não vao para frente.

  2. Parece que o Submarino resolveu o problema retirando do ar a parte de comentários dos clientes! Comecei a torcer para que a Amazon entre no Brasil e feche o Submarino.

  3. Há alguns meses comprei um notebook Amazon na FNAC que apresentou vários problemas (essa novela é muito longa e dolorosa, então vou resumir: após várias reclamações, troquei por um HP).

    Bom, o que interessa é que postei um comentário no site da FNAC e adivinhem?
    Não foi públicado e nem informaram a razão.

    Questionei por e-mail sobre essa política de só publico os elogios e não obtive retorno. Disse-lhes que,
    eu também sou consumidor do Submarino – que publicava todos os comentários…
    Acho que eu estava enganado.

  4. Eu acho uma grande SACANAGEM a impressora não ter o cabo, principalmente por se tratar de um cabo diferente se fosse um DB da vida tudo bem, mais este cabo é ruim de comprar, e vc não consegue monta-lo, já estou acionando o procom, pois a impressora não funciona sem o cabo, e espero que todos preocurem seus direito. Há proposito a impressora é da HP.

  5. Prezado Carlos,

    Ao ler seu comentário fiquei deveras preocupado, não somente com o site Submarino, mas também com todos que divulgam a opinião dos proprietários de produtos eletronicos no Brasil. Pude notar que raramente são divulgados comentários ruins sobre os produtos (será que os produtos brasileiros são tão bons ?) ao contrário do que acontece nos EUA onde é frequente encontrar comentários / opiniões bastante desabonadoras sobre muitos produtos, auxiliando realmente a escolha dos futuros compradores.
    OS consumidores brasileiros devem se impor, divulgar situações como a sua nas associações de defesa do consumidos (INC, Proteste, etc) mostrando a verdade sobre os produtos ruins, separando o joio do trigo.

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