Você prefere ser atendido por máquinas ou humanos?

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Amo os homens que pensam, mesmo aqueles que pensam diferente de mim. Pensar já é ser útil; é sempre e em todo caso fazer um esforço para chegar a Deus.
Victor Hugo

Cena um.

“Machines should work, people should think”. Este foi um dos slogans publicitários da IBM, tempos atrás. Sem dúvida, uma frase brilhante para exprimir o conceito que a empresa procurava dar à função última dos seus produtos e serviços: deixar o ser humano livre para as tarefas mais importantes e edificantes do seu dia-a-dia como, por exemplo, pensar.

As empresas, hoje, estão cada vez mais atulhadas de computadores e sistemas automatizados servindo aos mais variados propósitos, de coadjuvantes na realização de projetos complexos até os prosaicos controles de recepção e portaria. O que nos leva a deduzir – aceitando como correto o slogan da IBM – que deve estar sobrando cada vez mais tempo para as pessoas pensarem nas suas vidas, no seu trabalho, nas suas aspirações.

Corta o filme. Cena dois. Flashback.

Em 1976, ainda garoto, fui estudar por uns meses em uma universidade norteamericana. Saindo da então pré-história tecnológica brasileira, chego lá e fico maravilhado com as máquinas de venda de chocolates, refrigerantes, cigarros e jornais. Comento minha fascinação com um professor razoavelmente idoso. Para meu desencanto, ele me diz que tudo era muito melhor quando as pessoas tinham todos os seus contatos com outras pessoas, que nada poderia ser mais agradável e proveitoso que o simples contato humano. Nunca me esqueci daquele comentário.

Corta o filme. Cena três. Hoje.

Telefono para importante empresa de software interessado na aquisição de um de seus produtos. Uma placa eletrônica atende minha chamada, desfia um longo rosário de instruções pré-gravadas e, só depois de alguns minutos de firme resistência de minha parte, a placa eletrônica me transfere para uma telefonista de carne e osso.

Digo a ela que gostaria de falar com alguém da área de vendas. E ela me transfere para outro conglomerado de chips que me instrui a deixar uma mensagem gravada que será respondida mais tarde. Desligo o telefone. Ligo novamente, enfrento outra vez a primeira placa, chego à telefonista e procuro ser bem claro: “Senhorita, eu gostaria de falar com uma pessoa de verdade. Não me leve a mal, mas me recuso a falar com computadores”. “Só um momento, senhor!”. E eis que sou novamente transferido àquelas irritantes partículas de silício. Desisti, vou tentar adquirir um software concorrente.

Corta o filme. Volta cena um. People should think.

Meu contato com a empresa de software me fez lembrar do velho professor americano, e também pensar que, a despeito de qualquer tecnologia (1), ainda somos seres incrivelmente humanos. Que não podemos prescindir do trabalho, da auto-estima e da cordialidade das relações humanas. E que somos nós, apenas nós, quem efetivamente produz alguma coisa de valor. Máquinas, sejam elas quais forem, apenas executam o que nossa engenhosidade e criatividade foram capazes de conceber. Nada além disso. Máquinas custam, não necessariamente valem.

No plano social, penso na necessidade premente que as sociedades modernas têm de resolver problemas como o desemprego e a exclusão. No plano econômico privado, penso nos esforços cada vez mais intensos que as empresas fazem pela conquista do cliente, esta preciosíssima e única fonte de receita. Estes esforços podem ser severamente prejudicados pelo simples fato de que uma máquina – engenho burro por definição – possa ser a primeira responsável pelo atendimento ao cliente que, ao que me consta, ainda é humano.

Ironicamente, e na contra-mão das nossas necessidades maiores, nos iludimos transferindo às máquinas não o “should work”, mas o “should think”.

Maravilhados com a parcela lúdica da tecnologia, e deslumbrados pela redução de custos que daí deriva, muitos administradores de empresas vêm atribuindo a computadores a fase mais importante do atendimento ao cliente, que é o primeiríssimo contato. Míopes, estes administradores simplesmente não percebem onde começa a economia burra.

Se isto se resumisse a um mero problema administrativo de companhias limitadas e sociedades anônimas, nada a comentar.

Porém, o acúmulo de pequenas decisões, a meu ver equivocadas, em favor da automação pela automação, alimenta uma cultura que exclui a priori o ser humano. Por conseqüência, também alimenta o descompasso social e tudo mais que daí emana. Com sarcasmo, me ocorre que o mais recente sonho de consumo destes administradores não poderia mesmo ser outra coisa que não um automóvel blindado.

Informatização, informatização,
A máquina evolui, o homem fica paradão.

Refrão do xote Informatização, do grupo Língua de Trapo.

Insisto que nada pode valer mais para nós mesmos do que nós mesmos, humanos. Alguns de nós têm filhos e procuramos criá-los com carinho e certo conforto; aos nossos amigos dedicamos atenção a compreensão, o que não nos exime, entretanto, de estender nossa parcela de responsabilidade a toda humanidade, não importando que não tenhamos tido a satisfação de ser apresentados individualmente a cada um dos simpáticos bilhões de seres que compõem nossa espécie.

Imagino, como exercício constante, uma boa pergunta para termos fixada na mente: em que momentos estamos empregando os avanços que obtivemos em benefício de nós mesmos, seres humanos? Pode parecer bobagem tamanha preocupação devido a um simples telefonema atendido por um amontoado de transistores. Contudo, isto é um fato sintomático do que vem acontecendo em grande escala. Máquinas são muito úteis, sem sombra de dúvida.

Mas merecem apenas e tão-somente executar o “trabalho escravo”. Toda e qualquer tarefa que exija ao menos um mínimo de raciocínio não-cartesiano primário deve, a bem da nossa continuidade, ser deixada a cargo de uma pessoa, mesmo tendo-se de tolerar suas imperfeições. Até porque o ser humano só evolui pelo convívio com suas imperfeições. É o velho processo de tentativa e erro. Que precede, é claro, o acerto.

Delegar tarefas dignas de um ser humano a estes primarismos mecânicos banais e estúpidos a que chamamos máquinas, computadores, etc. é suicídio e genocídio. Administradores públicos e privados que assim procedem estão, por ato, comprometendo a existência humana, não necessariamente na sua integridade física, mas em tudo aquilo que custou milênios de esforços para nos diferenciar dos demais primatas.

E, ao aceitarmos passivamente que um único ser humano seja injustamente substituído por uma máquina, contribuímos por omissão. É perverso substituir um homem por um mecanismo quando o custo secundário desta substituição é condenar este homem ao ostracismo e às suas piores conseqüências.

Por concordar incondicionalmente com a tese de que gente é para brilhar, não para morrer de fome, proponho que façamos diariamente pequenos exercícios de resistência à tecnocracia não-pensante, algo do gênero se queres mudar o mundo, muda-te a ti mesmo (Ou “conhece-te a ti mesmo” (gnothi seauton), na versão socrática).

1. Temos a internet. De vez em quando, não custa nada enviar um e-mail educadamente queixoso às empresas que não nos querem ouvir diretamente, transferindo-nos àquelas abstrações digitais estapafúrdias a que já me referi. Se sua queixa for por telefone, aproveite para fazer uma pequena maldade: pergunte o nome da pessoa cuja voz aparece nas gravações (provavelmente, ninguém saberá).

2. No comércio, por exemplo, onde houver máquinas para a compra de latas de refrigerantes, resista bravamente à sedução da tecnologia e peça ao atendente que lhe dê a lata em mãos, junto com o troco;

3. Assinaturas de jornais e revistas são um conforto. Uma vez por semana, ao menos, compre-os na banca e aproveite para bater um papinho com o jornaleiro;

4. Dê bom dia com entusiasmo ao porteiro de sua empresa;

5. Dê bom dia ao presidente de sua empresa (neste caso, evite excesso de entusiasmo para não ser taxado de puxa-saco). Aproveite e dê um jeito de desafiá-lo a criar mais empregos;

6. Vá pessoalmente a uma livraria, compre um livro de fábulas (Esopo, La Fontaine, Malba Tahan, etc.) e as leia para seus filhos. É incrível como isto surte efeito maior e mais duradouro que um videogame, além de ser infinitamente mais barato;

7. Vá à feira livre e regateie o preço de algumas frutas e verduras com o feirante, só pelo prazer de comprar depois de uma negociação sem stress;

8. Durante um congestionamento, desligue o rádio, desarme o espírito (é apenas trânsito, não uma batalha campal) e pergunte-se: o que eu posso conceber de criativo para amanhã?;

9. Aproveite o tempo disponível no congestionamento e tente inventar uma piada (é interessante como nós sempre ouvimos as piadas prontas; nunca contribuímos para o enriquecimento do anedotário);

10. Pense no que o outro poderá estar pensando.

11. Elogie alguém com sinceridade por alguma realização, pequena ou grande;

12. Desligue o computador. Faça uma carta manuscrita para um velho amigo. Vá à agência dos correios, compre o selo e entregue a carta nas mãos do funcionário;

13. Se alguma idéia já vier prontinha e todo mundo aplaudir imediatamente, desconfie.

14. Invente um montão de pequenas dicas como estas.

Acredito sinceramente que o homem pode e deve ir muito além do que o próprio homem imagina. People should think.

Tecnologia é uma palavra que vem sendo usada de modo cada vez mais abstrato. Tudo, hoje, é tecnologia. E não deixa de ser interessante notar que temos tecnologia para desde a invasão do átomo até a conquista do espaço; no entanto, toda essa “tecnologia” ainda não conseguiu dar um jeito para a má distribuição de renda e de alimentos aos famintos, ou de esperança àqueles que já nem podem mais sonhar. É a semântica contribuindo “para um futuro melhor”. [Webinsider]

………………………………………………………………………

Texto originalmente publicado no livro “Deus é inocente”, © 2004 Editora Atlas.

Zeca Martins é é sócio-diretor da Editora Livronovo.

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19 respostas

  1. Muito relativo. Depende do espaço/tempo(momento). A máquina se faz adequada em determinadas situações, o humano faz-se em outra.

    Mais fácil ter duas opções na vida: “aperte 1 para falar com uma máquina, aperte 2 para falar com um humano”.

    O fato é que o simples se torna complicado, pois nós(seres humanos), somos mestres em fazer isso.

    Forte abraco,
    Vitor Britto.

  2. Sinto que toda essa discussão tem um outro sentido para mim:

    As pessoas precisam se diferenciar das máquinas!

    Hoje fui atendida por uma vendedora tão mal-educada… se fosse atendida por uma máquina talvez estaria mais feliz!

    Mas creio que ela deve ser uma das pessoas que se dá melhor conversando por MSN e entende mais de orkut do que de ser um ser humano!

    Eu me valorizo como ser humano e gosto de um bom atendimento, pessoal, simpático e diferenciado. Gostaria que as empresas investissem mais em capacitar seus funcionários que implantar sistemas ultra modernos.

    Toda essa tecnologia tem sim seus méritos, mas ela vem impossibilitando que os seres humanos o sejam!

  3. TEM ALGUMA COISA ERRADA AQUI…!

    Estamos vivendo numa era de tremendas transformações e descobertas,
    a técnicologia e a própria transformação.

    Meu pai nasceu no lombo de um burro,
    Seu neto não sabe um que é um burro!

    Aceitamos a nova idéia ou seremos obsoletos em pouco tempo.

  4. EU ACHO Q ESSE AMBIENTE É MUITO MAIS REALIDADE DOS AMERICANOS DO QUE DO PRÓPRIO BRASILEIRO.

    BRASILEIRO CHEGA NA SEXTA DE NOITE DESLIGA O COMPUTADOR E SO OLHA PRA ELE SEGUNDA DE MANHÃ.

    E EU NAO ESTOU FALANDO POR FALAR. SOU ANALISTA DE SISTEMAS, DESENVOLVO PARA AS MAIORES CONSTRUTORAS DO ESTADO. TRABALHO DIRETAMENTE COM AS IMOBILIARIAS. ESTOU EM CONTADO COM MUITA GENTE COM DINHEIRO E QUASE TODOS ELE NAO TEM A MINIMA IDEA DE COMO DAR UM SHUT DOWN NO WINDOWS.

    AMERICANO= RICO E NEOROTICO.
    BRAZILEIRO = POUCO DINHEIRO MAIS MUITO FELIZ.

  5. Zeca,

    Excelente artigo, tudo o que você disse é uma realidade, fica muito de expressar nossa opinião em relação aos serviços por alguma empresa, quando somos atendidos por sistemas eletrônicos de atendimento mal planejados. Isso realmente deixa os consumidores muito frustrados.

    Atenciosamente,

    Jorge Luiz ( jlgomessouza@gmail.com )

  6. Sou um admirador fanático das criações humanas,
    da fantástica capacidade humana de inventar.
    Para o bem e para o mal. Êta livre arbítrio!

    O ato de inventar, tem que obrigatóriamente ter
    em vista o seu maior beneficiário, nós humanos,
    criaturas perfeitas, obra máxima Daquele que é
    perfeito.

    Qualquer propósito se desvirtua, quando não se tem
    em mente o beneficío para o HOMEM, seu alvo nº 1.

    Também odeio mortalmente falar com computadores.
    Mortalmente. Por mais adepto que seja, do novo,
    a meu ver ainda é indispensável-com todos os seus deslizes- GENTE FALAR COM GENTE.

    Nós, a criação maior, pelo nosso dote de alma, bom senso,e sensibilidade, podemos errar,
    corrigir, desculpar, perdoar,refazer.
    Essa nossa prerrogativa não se pode furtar.

    O receio único que tenho, é que em algum dia ou
    em alguma época qualquer, tenhamos que pensar sèriamente em
    HUMANIZAR O HUMANO.

    Sds, o tema é muito bom.

  7. Quando eu vejo exemplos de consumidores como aquela gravação que rola na internet de uma mulher louca que liga pra microsoft chingando todo mundo pq o windows PIRATA dela tava dando erro, ou aquele cara que ligou pro suporte pq o pc dele tava desligado pq a luz no predio tinha acabado, eu vejo que tem gente que tem que ser atendido por maquina mesmo.
    Não, não trabalhei em suporte, mas tenho muitos amigos que já trabalharam, e faltar de respeito com os atendentes parece ter virado direito do consumidor pela lei.

  8. Parabens pelo artigo…

    apenas 3 coisinhas

    1-Deus fez o homem a sua imagem e semelhança.
    2-o homem tenta fazer a maquina se tornar a sua imagem e semelhança.
    3-e os Curso de Telemarketing tentam fazer os homens a se tornar a imagem e semelhança das maquinas.
    4-O Homem tenta fazer Deus a sua imagem e semelhança.

    logo somos para as Maquinas o que Deus é para nós?
    ou somos para Deus o que as Maquinas são para nós?

    affffffffe……

  9. Eu sou viciado em tecnologia porém tem coisas as quais odeio. E falar com maquinas é uma delas. Nada pior do que fazer uma ligação e ser atentido por um computador Tecle X para falar com fulano… Já teclei todos os números para falar com fulano, e depois de completar a chamada tenho que teclar mais numeros para tal??

    Alem do mais, concordo que as máquinas vem tirado muito da emoção de se viver e defabafei isso a algum tempo em meu blog: http://www.chmod007.com/falta-calor-humano/

    Para aqueles que gostaram dessa matéria e querer ler mais, fica aí a dica e o link. Obrigado!

  10. Eu sinceramente não consigo mais distinguir o atendimento feito por uma máquina do atendimento feito por um desses atendentes de telemarketing que estão saindo dessas fábricas de robôs chamadas de Curso de Telemarketing.

  11. Desculpem-me por floodar aqui, mas, esqueci de mencionar que não há escapatória para esta questão.

    Cada dia mais, e cada vez mais, teremos que conviver com máquinas realizando tarefas humanas. E a razão por trás disto tudo é o dinheiro, o lucro, a eficiência. Ah! Mas o que é isso… é claro que vocês já devem saber…

    😛

  12. Prezado Zeca,

    Ótimo texto! Você foi um pouco longe no último parágrafo. Não se pode escrever sobre tudo em tão poucas linhas. Existem comentários que devem-se deixar para outras ocasiões… não que isto os invalide. De fato, evoluímos muito nosso conhecimento, porém, sempre sobe uma pespectiva ambiciosa e, nunca solidária (é uma pena!)

    🙁

    MAS!

    Acho relevante comentar no seu texto a questão da contextualização temporal. Explico:

    Agora, o atendimento eletrônico de uma central de vendas pode ser extremamente ineficaz e forçado, porém, há de chegar um momento onde não seremos capazes de distinguir entre o humano e o robótico… a partir daí… seu texto será uma triste constatação do desengonço inicial das máquinas em sua árdua tarefa de se tornar a nossa imagem e semelhança.

    Abs,

    😉

  13. O mais irônico é que quando precisamos dos serviços das grandes empresas eles nos atendem com uma máquina, mas quando são eles que querem nos vender algo eles nos ligam com seus humanos em centros de telemarketing que seguem scripts robotizados.

  14. Acredito que tudo depende da aplicação com inteligência da tecnologia. Todo estas opções existentes tendem a atender nossas necessidades. O que acontece é que nem sempre são empregadas da melhor forma. Quem aplica soluções tecnológicas deveria pensar muito nos prós e contras. A chave é o equilíbrio, sempre!

  15. Nem tanto ao mar (Zeca Martins), nem tanto ao campo (como o Cristiano). A Tecnologia está ai mesmo para facilitar nosso dia-a-dia. Eu acho inconcebivel por exemplo, escrever uma carta a mão, ir pessoalmente ao correio e postar… existem muitos inconvenientes nisso, o primeiro, mais importante é o tempo gasto com essa atividade… Levaria 2 horas para mandar uma simples carta, sendo que em poucos minutos eu posso mandar um e-mail, que chega mais rápido e não me ocupa um precioso tempo. Mas também acho ridiculo ser atendido por uma gravação… Eu sou a favor da otimização do tempo, e um atendimento humano ainda é mais rápido do que o atendimento eletrônico. Já tentou conseguir suporte na sua empresa de telefonia? Conte o tempo gasto apenas para chegar a um atendente humano… Isso devia ser considerado…

    T+

  16. Eu particularmente prefiro maquinas porque:

    1) Não te enchem o saco tentando empurrar algo
    2) Não precisa ser cordial. Não gostou, desliga na cara, apesar que faço isso com humanos também.
    3) Não jogam as coisas p/ o lado emocional.
    4) São curtas e claras, diferente de humanos que contam a história do mundo para depois de varios minutos entrar no assunto.
    5) Não dão pitacos, humanos sempre faz isso, mesmo quando não solicitado. Baixa estima?

    Poderia falar mais, mas tal como máquinas, prefiro ser curto e claro, mesmo que seja seco e estupido.

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