As diferenças entre o Bard e o Chat GPT

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As diferenças entre o Bard, do Google, e o ChatGPT, da Open AI

Um dos maiores players tecnológicos do planeta finalmente liberou sua própria ferramenta de inteligência artificial (IA) para a maioria dos países. O Bard, criação do Google que já vinha sendo testada em algumas regiões do mundo desde fevereiro, agora também pode ser acessado no Brasil.

Isso significa que, além de entrar para a corrida das IAs de maneira contundente, o Google oferece o primeiro grande concorrente ao ChatGPT da OpenAI, em alta escala, gratuitamente e com propósitos similares — porém, com novas funcionalidades que podem fazer bastante diferença para o usuário final.

O Bard utiliza uma nova versão do modelo de linguagem do Google, chamado PaLM 2. Assim como o ChatGPT, ele se baseia em um modo de interação chamado  LaMDA (“Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo”, em inglês), o que facilita o contato e torna conversas fluídas e simplificadas.

É algo bastante impressionante: o treinamento geral da IA foi feito utilizando mais de 1,56 trilhões de palavras!

É claro que, como o próprio Google avisa, a ferramenta está em fase experimental. É importante considerar que entramos agora em um período que pode conter falhas, principalmente porque o português, bem como outras dezenas de idiomas, foram incorporadas este mês e podem precisar de mais uso para serem devidamente absorvidas pela IA. Conversas com nativos, afinal, sempre são mais do que apenas ortografia e gramática corretas de uma língua.

De qualquer maneira, o Bard já chegou com mudanças impactantes para quem se acostumou a usar o ChatGPT na versão gratuita. A principal, certamente, é a capacidade de verificar informações em tempo real através da conexão com o próprio buscador do Google. Portanto, a base de conhecimento público à qual o Bard tem acesso é a maior de toda a internet.

Esse avanço traz dois pontos fundamentais: o primeiro é que isso permite que a ferramenta seja utilizada de maneira ágil para encontrar informações recentes, sem que isso exija uma busca minuciosa  e sim apenas alguns simples comandos. O segundo é que é possível, com um botão direto, confirmar o que foi informado pelo Bard no próprio Google.

Esse último fator é de alta relevância, visto que toda inteligência artificial gerativa pode fornecer informações trocadas, exageradas ou inteiramente erradas, como muito se viu acontecendo no ChatGPT. Ao fornecer uma maneira rápida de verificação, o Google já está se precavendo contra esse problema. Também é possível ver outras opções de respostas que o Bard gerou para cada prompt (comando), na aba “rascunhos”, o que mostra diferentes caminhos gerados e pode esclarecer melhor determinadas perguntas.

Certa temáticas já terão resultados bem expressivos. O Google treinou a IA com milhares de soluções que as pessoas costumam buscar, como roteiros pré-definidos de viagens, cronogramas de estudos ou de exercícios, entre inúmeras outras dicas cotidianas.

Mas há outros avanços que também valem a pena ser mencionados. Durante as conversas com o Bard, o usuário pode selecionar diferentes tons para as respostas — longo, curto, profissional ou casual, por exemplo —, facilitando seu uso na geração de textos variados. Além disso, há mais recursos de acessibilidade, como a leitura das respostas em voz e a possibilidade do usuário também fazer suas perguntas pelo microfone.

Outra funcionalidade muito aguardada é a avaliação de imagens enviadas pelo usuário. Com a tecnologia Google Lens, o Bard consegue identificar e analisar imagens, inclusive mantendo a leitura da resposta em voz, o que também colabora para a acessibilidade. Contudo, o upload de imagens, até o momento, não está liberado na versão em português. Ao mudar as configurações da conta do Google para o inglês, o usuário já consegue ver e utilizar essa função.

Há também a integração com serviços Google como Gmail e Google Docs, que devem ser implementadas e aprimoradas em breve. Há, ainda, a promessa do Bard ser integrado também ao Google Ads, o que pode revolucionar todo o mercado de marketing digital. Mas ainda é cedo para essa conversão.

O importante é entender que a inteligência artificial segue abrindo caminhos e está contando com a forte atuação das maiores corporações do mundo nessa corrida (não podemos esquecer que a OpenAI recebeu investimentos da Microsoft). Ou seja: o Bard chegou para mostrar novas possibilidades e expandir o território, e é exatamente o que ele está fazendo. Cabe a nós ficarmos de olho e aprendermos junto com ele. [Webinsider]

 

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Qual será o futuro dos desenvolvedores?

Leandro Furlan é gerente de Tech da agência full service Adtail, formado em Automação Industrial e possui de experiência com tecnologia, mensuração de dados e desenvolvimento de sistemas

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Uma resposta

  1. “Google oferece o primeiro grande concorrente ao ChatGPT da OpenAI”. Meu Deus! Está longe, muito longe disso!

    O Bard é realmente MUITO fraco, infelizmente. E digo isso com toda sinceridade; eu valorizo demais a Google (alguns colegas dizem até que respeito em excesso). A redação dele é fraca, a criatividade muito baixa… enfim, não chega nem perto. De verdade, não o considero um concorrente. É apenas uma ‘outra plataforma’ disponível, mas que nem sequer se enquadra como ‘concorrente’, pois, de fato, não oferece o mesmo serviço – nem de longe.

    Já o tinha testado para ajudar a elaborar textos (emails, conteúdos de treinamentos, etc.) e o resultado foi, no mínimo, medíocre. Mas uma das grandes decepções foi na questão do “conhecimento em tempo real”. Precisei de sugestões de um novo fornecedor (o atual foi desqualificado por má qualidade, problemas na entrega, etc.) e tive que buscar alternativas. Devido à promessa de atualização em tempo real do Bard, pensei: “Vamos testar, deve ser perfeito nisso!”

    O resultado? Decepcionante… NENHUM dos fabricantes listados de fato produzia o que eu solicitei… com exceção de um, que era exatamente o que tinha dado problema (e que eu usei como referência)!

    Para esclarecer, a ‘query’ foi: “Me cita fabricantes alternativos à XXXXX* na região de São Paulo” (*omitindo aqui, obviamente, o nome da empresa que é um fabricante bastante “famoso”).

    Testei a mesma pergunta no ChatGPT e, mesmo com o corte em Set/2021, 100% das sugestões eram pertinentes (e, claro, não listou a própria empresa que queria evitar).

    Não estou aqui para desacreditar a capacidade da Google de melhorar e otimizar o Bard no futuro. Porém, pelo menos por enquanto, afirmar que ele é um concorrente à altura do ChatGPT é, na minha visão, precipitado.

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