A dupla Tim Burton e Michael Keaton

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O cineasta Tim Burton insistiu em colocar Michael Keaton no papel título (o estúdio não queria), sugerindo uma dupla personalidade do herói.

 

O cineasta Tim Burton começou a sua carreira nos estúdios de Walt Disney, depois de ter cursado uma escola de arte na California. Inicialmente, especializou-se em animação stop-motion, que usou em muitos dos seus futuros projetos. Seus estudos de animação se ampliaram na Disney, fazendo um pouco de tudo.

A técnica do stop-motion aparece já no século 19, e ao longo dos anos foi um meio de realização de cinema bastante eloquente. Em épocas mais recentes da mídia americana, nomes como Ray Harrihausen despontaram e ganharam fama junto aos fãs, sendo venerado por animadores tradicionais até hoje, vide os filmes da Pixar.

Outro cineasta de grande notoriedade foi George Pal, diretor e animador, com um trabalho sofisticado no filme em Cinerama “The Wonderful World of the Brothers Grimm”:

Burton sempre teve uma visão diferente de personagens, nem sempre agradável aos seus produtores. Em Batman, por exemplo, Burton insistiu em colocar Michael Keaton no papel título (o estúdio não queria), por evidenciar a figura de um homem comum, com uma personalidade violenta nos momentos em que a figura do morcego entrava em ação, sugerindo uma dupla personalidade do super herói.

Tim Burton já havia feito Beetlejuice com Michael Keaton e sabia do seu potencial em fazer papéis de personagens insólitos. Keaton começou sua carreira como comediante, no filme “Night Shift” (no Brasil, Corretores do Amor), onde ele já mostrava o seu talento.

A figura violenta de Batman é cheia de ironias. No seriado da TV, a violência do personagem fica disfarçada em uma comédia, mas no filme de Burton Batman não tem pena de quem enfrenta.

Técnicas de stop-motion são usadas em diversos dos seus filmes, seja como produtor, seja como diretor. Em Beetlejuice, a animação enfatiza e realça o lado cômico das cenas de horror, desmistificando o gênero. E para isso, ele de novo conta com a participação de Mich

Beetlejuice em Blu-Ray 4K

Beetlejuice (no Brasil, Os Fantasmas Se Divertem) foi lançado em Blu-Ray em 2008, e deixou um pouco a desejar. Primeiro, porque a relação de aspecto original do filme (1.85:1) foi mudada para 1.78:1; segundo, porque o detalhamento e o contraste da imagem é inferior ao que poderia ser apresentado.

Na nova edição em 4K, a Warner voltou aos negativos de câmera e transcreveu o filme em 4K, com a restauração da imagem para 1.85:1 e com tratamento refinado para HDR10. Além disso, a trilha sonora original (Dolby Stereo), que já havia sido transcrita para Dolby TrueHD 5.1 em 2008, foi remixada e remasterizada para Dolby Atmos.

O resultado das novas modificações é simplesmente espetacular. Alguns dos efeitos sonoplásticos enchem o espaço da sala, em som 3D de altíssima qualidade, dando assim realce às cenas cômicas de terror.

Logo no início do filme em 4K o tratamento com HDR10 já mostra as suas virtudes, com os créditos apresentados em altíssimo contraste, Todas as cenas ao ar livre ressaltam não só o contraste, mas a saturação exemplar das cores e um detalhamento da imagem, sem qualquer traço de limpeza de grãos feita digitalmente, o conhecido DNR.

Eu já assisti este filme em várias mídias, tipo videocassete, videodisco, DVD, e depois Blu-Ray. Nenhuma delas chega perto da qualidade do disco 4K.

É uma pena que para ver um filme neste formato só importando o disco, e aturando o preço e as agruras da importação. Sinceramente, eu até hoje não entendi o porquê disso. Ao longo desses últimos anos, eu cansei de ver gente dizendo que a mídia ótica já morreu, mas não é isso que se vê lá fora, portanto evidencia-se que nada desta estatística está correta.

Pode-se assistir 4K, Dolby Vision ou HDR10, mais Dolby Atmos nos serviços de streaming, mas eu garanto que a reprodução de um disco UHD 4K é vastamente superior em som e imagem. [Webinsider]

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William Friedkin, cineasta até o fim

 

A greve dos sindicatos que assustou Hollywood

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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